Fundos de logística são destaque e Ifix fecha com pequena alta de 0,15%

GGR Covepi Renda lidera as quedas, com recuo de 3,8% na sessão

Ana Paula Ribeiro

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O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – encerrou a sessão desta quarta-feira (3) em leve alta de 0,15%, aos 2.863 pontos, com destaque para os fundos de logística.

Essas carteiras estão entre as maiores altas do índice e também estão entre os fundos que acumularam as maiores desvalorizações da sessão.

Com ganhos, destaque para as cotas do Vinci Logística VILG11, que subiram 3,64%, e do VBI Logístico LVBI11, que tiveram valorização de 2,82%.

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Já o GGR Covepi Renda GGRC11 liderou a queda do índice, com recuo de 3,8%. O XP Industrial XPIN11 caiu 1,65%.

Apesar do destaque para os fundos de logística, os de papel estão cada vez mais presentes no Ifix. Na atualização da carteira, a B3 divulgou a entrada de cinco novas carteiras, todas de títulos e valores mobiliários – ou seja, que aplicam em ativos financeiros ligados ao setor.

Dos que saíram, apenas dois são dessa categoria. Com isso, os fundos de papel passam a responder por 48 das 111 carteiras que fazem parte do índice – antes eram 45.

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A nova carteira é válida entre maio e agosto de 2023. Entraram as cotas do Cyrela Crédito (CYCR11), JPP Capital Recebíveis Imobiliários (JPPA11), JS Ativos Financeiros (JSAF11), Vinci Credit Securities (VCRI11) e Kinea Creditas (KCRE11). Todos esses são de papel.

Já as cotas do Hedge Office Income (HOFC11), CRI Integral Brei (IBCR11), Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11), Rio Bravo Crédito Imobiliário (RBHG11) e REC Logística (RELG11) saíram do Ifix.

O IBCR11 e o RBHG11 são de papel. Dos demais que saíram, o HOFC11 é de lajes corporativas, o NSLU11 é do segmento de hospitais e o RELG11 é de logística.

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Da carteira que irá vigorar até agosto, o Kinea Índice de Preços (KNIP11) é o que possui a maior participação, representando 6,90%. Em seguida aparece o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), com uma fatia de 5,21%. Em terceiro aparece o CSHG Logística (HGLG11), com 3,59%. Os dois primeiros são fundos de papel e o terceiro, de logística.

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Maiores altas desta quarta-feira (3):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
HGRE11 CSHG Real Estate Lajes coporativas 3,87
VILG11 Vinci Logística Logística 3,64
ARCT11 Riza Arctium Real Estate Híbrido 3,10
LVBI11 VBI Logístico Logística 2,82
KNRI11 Kinea Renda Imobiliária Híbrido 2,40

Maiores baixas desta quarta-feira (3):

Ticker Nome Setor Variação (%)
GGRC11 GGR Covepi Renda Logística -3,80
HCTR11 Hectare Títulos e Val. Mob. -2,92
XPIN11 XP Industrial Logística -1,65
DEVA11 Devant Títulos e Val. Mob. -1,64
XPML11 XP Malls Shoppings -1,60

Fonte: B3

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RZTR11 conclui venda de terras por R$ 16,2 milhões; BRIM11 irá distribuir mais de R$ 4 milhões

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

RZTR11 conclui venda de terras em Goiás

O Riza Terrax RZTR11 irá receber R$ 16,257 milhões pela compra de terras do fundo pelo Grupo Cereal Ouro. As três propriedades ficam em Rio Verde (GO) e o aditamento das matrículas será feito em cartório da cidade. A operação não terá impacto no rendimento do fundo.

Além disso, o fundo irá receber R$ 487,7 mil referente a multa da transação. Esse valor terá impacto de R$ 0,04 por cota do fundo, segundo fato relevante divulgado pela Genial, administradora, e a Riza Gestora.

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Os valores recebidos serão investidos preferencialmente em ativos dentro da estratégia “land equity”, ou seja, não estará prevista opção de venda ao arrendatário das terras.

“A gestora informa ainda que os recursos recebidos serão realocados preferencialmente em ativos através da estratégia de Land Equity, ou seja, não será dada a opção de compra para o produtor parceiro. Essa estratégia busca retornos através de valorização imobiliária e assimetrias no mercado de terras no Brasil”, segundo o documento.

O fundo informou ainda que permanece com a titularidade das duas propriedades em São José do Xingu (MT).

RELG11 renova dois contratos de locação

O REC Logística RELG11 conseguiu a renovação de dois contratos de locação, segundo fato relevante da administradora da carteira, a BRL Trust.

Foram renovados os contratos de locação da TCI BPO, empresa em recuperação judicial, referente ao galpão G4 (área de 1.520 metros quadrados) do complexo Queimados Industrial Park, e da V-Log Transportes e Logística, referente a uma área de 1.644 metros quadrados no Terminal Multimodal de Camaçari.

O primeiro contrato tem vigência até março de 2024 e o segundo, até janeiro de 2026.
“Com essas renovações, a taxa de vacância do portfólio do Fundo permanecerá inalterada em 22,59%”, segundo o fato relevante.

SRVD11 reduz valor dos ativos da Gramado Parks

O fundo Serra Verde SRVD11 fez uma atualização dos ativos, reduzindo em 98,65% o valor contábil dos certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) da Gramado Parks.

A reavaliação foi feita pela auditoria independente Baker Tilly Partners e terá impacto no valor patrimonial do fundo, segundo fato relevante divulgado nesta quarta-feira (3).

HCTR11 reavalia participação no Serra Verde e comunica impacto negativo

O fundo de papel Hectare HCTR11 informou que foi feita uma reavaliação da carteira do fundo pela B2R Capital em relação à participação no Serra Verde.

Essa reavaliação do fundo investido terá um impacto negativo de 2,42% na cota do Hectare na data de 30 de dezembro 2022.

TORD11  tem impacto negativo de 2,42% na cota

O Tordesilhas TORD11 informou, em fato relevante, que foi feita uma reavaliação dos investimentos em cotas do Serra Verde pela empresa B2R Capital Assessores Financeiros.

Essa reavaliação resultou em um impacto negativo de 2,42% na cota do fundo na data de 30 de dezembro de 2022.

CJCT11 fará amortização parcial das cotas

O Cidade Jardim Continental Tower CJCT11 informou que recebeu os recursos referente à alienação de imóveis comunicada em outubro de 2022 e que por isso fará uma amortização das cotas.

Segundo fato relevante, a amortização parcial será de R$ 17,55 por cota e será efetivada no dia 5 de maio.

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Giro Imobiliário: Iguatemi registra lucro; julgamento da correção do FGTS

Iguatemi registra lucro

A administradora de shoppings Iguatemi (IGTI11) divulgou nesta terça-feira (2) ter registrado lucro líquido de R$ 48,8 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T23), revertendo prejuízo líquido de R$ 16,4 milhões da mesma etapa de 2022.

O lucro líquido ajustado atingiu R$ 66,5 milhões no 1T23, 72,7% acima do 1T22.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 174,5 milhões no 1T23, um crescimento de 20,6% em relação ao 1T22.

A margem Ebitda atingiu 65,3% entre janeiro e março deste ano, alta de 1,2 ponto percentual (p.p.) frente a margem registrada em 1T22.

Julgamento da correção do FGTS no STF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou na terça-feira (2) que ligou para Kassio Nunes Marques, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e o agradeceu pelo pedido de vista no julgamento sobre a revisão do rendimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O julgamento foi suspenso com 2 votos a favor de equiparar o rendimento do FGTS à poupança, mas ainda faltam os votos de 8 ministros. Haddad afirmou que o pedido de Nunes Marques dará ao governo “o tempo necessário para fazer as contas sobre o impacto em relação ao FGTS, que é um patrimônio do trabalhador”.

Nunes Marques pediu vista da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5090 no dia 27 de abril e suspendeu o julgamento logo no início da sessão. O ministro seria o próximo a votar, mas disse que precisava de mais tempo para analisar o caso, após ter recebido documentos do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal (CEF), por meio da AGU.

Hipotecas nos EUA

Os pedidos de hipotecas nos Estados Unidos caíram 1,2% na semana encerrada em 28 de abril em relação à semana anterior, de acordo com dados da pesquisa semanal Mortgage Bankers Association (MBA) divulgados nesta quarta-feira (3). A taxa de juros fixa para hipotecas de 30 anos caiu cinco pontos-base, de 6,55% para 6,50%, o que ainda é 114 pontos-base maior do que a dano anterior

Segundo a MBA, o índice de refinanciamento de hipotecas aumentou 1% em relação à semana anterior e está 51% abaixo do verificado na mesma semana do ano anterior.

O índice de compras ajustado sazonalmente caiu 2% em relação à semana anterior. O índice de compras não ajustado recuou 1% em comparação com a semana anterior e está 32% menor do que na mesma semana de 2002.

Para Joel Kan, vice-presidente e economista-chefe adjunto da MBA, as taxas elevadas continuam a impactar o acesso dos compradores de imóveis e enfraquecem a demanda por refinanciamento.

Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney