Três FIIs para investir em outubro mesmo com avanço dos juros futuros, aponta a Levante

Em entrevista ao Liga de FIIs, Felipe Souza, analista da Levante, destacou o que esperar para este mês no mercado de fundos imobiliários

Wellington Carvalho

Publicidade

O segmento de FIIs acumula seis meses seguidos de alta e valorização de mais de 15% desde abril. Apesar do desempenho, ainda há boas oportunidades no mercado, afirmam especialistas.

O tema foi destaque da edição desta terça-feira (3) do Liga de FIIs, apresentado por Maria Fernanda Violatii, head de fundos listados da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, jornalista do InfoMoney.

O programa também contou com a participação de Felipe Souza, analista de fundos imobiliários da Levante, que prevê um outubro mais desafiador para o mercado de FIIs.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“A curva longa [dos juros] abriu bastante e percebemos que os rendimentos dos títulos públicos com vencimento em 2035 e 2045 estão na casa dos 6%”, pontua. “Isso gera uma concorrência maior para os ativos de maior risco já que a renda fixa [que tem essa curva como referência] passa a ficar mais atrativa”, explica.

Leia também:

O cenário não representa, porém, um momento ruim para investir em fundos imobiliários, pondera o especialista, que reforça a importância de uma carteira diversificada.

Continua depois da publicidade

“Mesclando diversas classes de ativos para a composição de um portfólio, sem esquecer dos aportes recorrentes e reinvestimento dos dividendos”, orienta Souza. “E observamos atualmente fundos imobiliários que podem representar boas oportunidades para o investidor [que adota a estratégia acima]”, afirma.

Ele sinaliza uma expectativa um pouco melhor para os FIIs de ‘tijolo” – que investem diretamente em imóveis –, mas vê muitos fundos de “papel” – focados em títulos de renda fixa – com bom risco de crédito e pagando elevados rendimentos.

Dado o cenário, Souza destaca três FIIs com bons fundamentos e que devem entrar no radar do investidor. São eles, XP Malls (XPML11), JS Ativos Financeiros (JSAF11) e AF Invest (AFHI11).

Continua depois da publicidade

Código Fundo P/VP * Dividend Yield – 12 meses (%)
JSAF11 JS Ativos Financeiros 0,98 11,53
XPML11 XP Malls 0,99 8,56
AFHI11 AF Invest 1 13,06

Fonte: StatusInvest

(*) P/VP – preço sobre valor patrimonial (Abaixo de 1 a cota está descontada e, acima, negocia com ágio).

Leia também: 

Continua depois da publicidade

XP Malls (XPML11)

A carteira imobiliária do fundo finalizou o primeiro semestre de 2023 com mais de 10 shopping centers – espalhados por três regiões do País – e uma área bruta locável (ABL) própria de 135 mil metros quadrados.

No mês passado, o fundo assinou contrato para aquisição de 10% do Plaza Sul Shopping Center, localizado em São Paulo (SP). O negócio com a Allos (ALSO3) – antiga Aliansce Sonae e então proprietária da fatia – está avaliado em R$ 60 milhões.

Leia também:

Continua depois da publicidade

No mês passado, o XPML11 pagou R$ 0,85 por cota, montante equivalente a um dividend yield (taxa de retorno com dividendos) de 0,75% no período.

JS Ativos Financeiros (JSAF11)

Com um porte menor, o JSAF11 tem pouco menos de 10 mil cotistas e um patrimônio líquido de R$ 156 milhões, de acordo com o último relatório gerencial divulgado pela carteira.

O portfólio do JS Ativos Financeiros é composto por cotas de outros fundos imobiliários (84%), ações de empresas listadas na Bolsa (7%) e recursos em caixa (9%).

Continua depois da publicidade

Entre os FIIs, as maiores posições são hoje o JS Real Estate (JSRE11), Kinea Índice de Preços (KNIP11), Tellus Rio Bravo Renda Logistic ([ativo=TRBL11]) e VBI CRI (CVBI11) – variando entre 7,3% e 9,4%.

Os cotistas receberão do fundo este mês R$ 1 por cota, equivalente a um dividend yield de 1%.

Leia também: 

AF Invest (AFHI11)

O AFHI11 tem um patrimônio líquido de R$ 320 milhões e investe principalmente em certificados de recebíveis imobiliários (CRI), que representam 88% do portfólio da carteira.

De acordo com relatório gerencial do fundo, 61% dos títulos estão indexados ao IPCA e 38% à taxa do CDI – que tem a Selic como referência.

Em setembro, o AFHI11 pagou R$ 1,05 por cota, representando um dividend yield de 1,06%.

Na edição desta semana do Liga de FIIs, Felipe Souza, da Levante, faz a análise completa dos três FIIs e detalha a tese de investimento de cada um dos fundos.

Produzido pelo InfoMoney, o programa vai ao ar todas as terças-feiras, às 19h, no canal do InfoMoney no Youtube. Você também pode rever todas as edições passadas.

Leia também:

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.