Com uma valorização de 36% em 2019, os fundos de investimentos imobiliários entraram de vez no radar dos brasileiros. Segundo dados da B3, a classe de ativos contava com 632.643 investidores no final do ano, mais do que o dobro de um ano antes.
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De acordo com o professor do InfoMoney e especialista em FIIs Arthur Vieira de Moraes, esse aumento do interesse por FIIs pode ser explicado por uma série de fatores.
“É um movimento estrutural bastante baseado na queda de juros e no aumento do mercado, ou seja, no aumento no número de emissões e no número de fundos imobiliários“, afirma, acrescentando que o aumento de investidores no setor não o torna menos vantajoso. Nos Estados Unidos, mais de 80 milhões de pessoas já investem nessa classe de ativos.
Os Fundos de Investimentos Imobiliários são regularizados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e, basicamente, são administrados por gestores que investem o dinheiro dos cotistas em imóveis de diversos segmentos e em ativos com lastro em imóveis.
Segundo Arthur, o mais comum é que cada fundo seja especializado em um tipo de ativo, como shoppings, galpões logísticos, hotéis, entre outros.
“Tudo o que você faz com um imóvel também é possível fazer com um fundo. Por exemplo, se você gosta de comprar imóveis residenciais usados para reformar e vendê-los, com certeza existe um fundo especializado nesse tipo de investimento”, afirma Arthur.
Ao comprar uma cota de um fundo imobiliário, o investidor adquire uma participação no patrimônio do fundo e passa a receber parte dos lucros dele. Por isso, é muito importante conhecer bem o nicho de um fundo antes de investir seu patrimônio nele.
“Quando você compra um imóvel, você não avalia sua localização, seu potencial de valorização e diversos outros fatores que podem interferir no retorno do seu investimento? Com fundos, a lógica é exatamente a mesma. É preciso estudar bastante o ativo antes de determinar se ele fará parte da sua carteira ou não”, diz Arthur.
Primeiros passos
De acordo com o especialista, antes mesmo de procurar por um fundo, é importante que o investidor tenha consciência de qual é seu objetivo com aquele investimento. “Você precisa saber onde quer chegar para procurar fundos que tenham um propósito alinhado com o seu”, afirma.
Feito isso, o próximo passo é fazer um raio X do FII que você está pensando em comprar. “É importante saber quem administra o fundo, qual o tamanho do patrimônio dele, qual o setor a que ele pertence, entre outras coisas. Essas informações são facilmente encontradas no site da B3, dos administradores de fundos e nos portais de notícias especializados no setor”, diz.
E se engana quem pensa que é preciso de muito para começar a investir no segmento. Segundo Arthur, a maioria dos fundos listados na B3 é negociada por valores próximos a R$ 100,00 por cota.
“Isso permite que você comece devagar, vá aprendendo na prática e ganhando confiança até que se sinta confortável para investir mais”, sugere.
“É importante observar algumas características antes de investir e buscar sempre diversificar. Não se baseie apenas pelos rendimentos ou pelos fundos mais rentáveis, tenha foco no que mais importa, que é o patrimônio do fundo”, aconselha.
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