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Pessimismo com EUA pode gerar “pechinchas” para investidor no mercado de ações, diz Goldman

Ações devem ficar mais descontadas pela perspectiva de queda no crescimento, e estrategistas do banco apontam oportunidade de compra

Bloomberg

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Os mercados ficaram mais pessimistas quanto às perspectivas para o crescimento econômico dos EUA e, se isso continuar de forma substancial, poderá oferecer uma oportunidade para pechinchas no mercado ações, defende o Goldman Sachs.

O fraco desempenho das ações cíclicas este mês sinaliza a preocupação de que o recente aperto monetário possa impedir o crescimento econômico americano, escreveram os estrategistas do Goldman nesta sexta-feira (27).

Ao mesmo tempo, uma vez que a opinião dos analistas é que a economia dos EUA permanecerá relativamente resiliente, as empresas em setores como os serviços financeiros, semicondutores e materiais poderão ainda ter um desempenho relativamente bom.

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“Embora esperemos que persistam os ventos contrários sobre os balanços e fluxos de caixa descontados, consideramos que um rebaixamento adicional substancial das perspectivas de crescimento [dos EUA] é uma oportunidade de compra [de ações] ”, escreveram os estrategistas.

Isto ocorre depois que o rendimento do Tesouro de 10 anos (Treaury) subiu acima de 5% em 23 de outubro pela primeira vez desde 2007, enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mantém os juros mais altos por mais tempo para combater a inflação.

David Kostin, do Goldman, alertou no início do mês que as taxas mais elevadas poderiam estar afetando os lucros de empresas americanas, e estrategistas de instituições como Morgan Stanley e JPMorgan destacaram que as perspectivas de lucros parecem se deteriorar. A estrategista do RBC, Lori Calvasina, disse também que é improvável que o mercado se recupere até que o aumento nos rendimentos dos Treasuries cesse.

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Kostin vê o S&P 500 encerrando o ano em 4.500 pontos, um pouco acima da média de 4.370 pontos projetada pelos estrategistas acompanhados pela Bloomberg.

O indicador fechou sexta-feira (27) em 4.117,37 pontos, queda de 10% em relação à máximo de 2023, alcançada no final de julho. Poucos dias antes de atingir esse pico, Kostin disse que a valorização elevada do índice era razoável e poderia subir ainda mais no final do ano.