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Gosta de esportes? Clubes de futebol e equipes de basquete possuem ações em Bolsa – mas no exterior. Saiba como investir

No Brasil, investir em clubes de futebol é possível só por meio de SAFs, o que atrai, porém, apenas grandes investidores

Ana Paula Ribeiro

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O sucesso recente dos aplicativos de apostas esportivas é mais um exemplo do interesse que o brasileiro tem por esportes. Mas para quem quer ficar longe de jogo de azar e de fato investir no setor, há opções que incluem investimentos em clubes de futebol, de basquete e também empresas dedicadas a gerir e sediar eventos esportivos. E tudo isso pode ser feito ao comprar ações desses “clubes empresas” no exterior.

E assim como empresas, esses clubes também passam por propostas de compra e venda que mexem com o preço do ativo. O caso mais recente é o do inglês Manchester United, que possui ações na Bolsa de Nova York desde 2012 e está sendo alvo de aquisição por dois diferentes investidores.

Os papéis do clube saíram da casa dos US$ 13, no final de novembro, para US$ 18,82 no fechamento desta sexta-feira (2), com um valor de mercado de US$ 3 bilhões.

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Esse avanço reflete a disputa entre o britânico Jim Ratcliff, dono da empresa do setor químico INEOS, e o banqueiro qatari Jassim bin Hamad Al-Thani, pelo controle do clube, com propostas que já passam dos US$ 5 bilhões.

Há também alternativas para investir em clubes de futebol que não estejam em processos de mudança de controle. O Juventus, da Itália, possui ações negociadas na bolsa de Milão. Os papéis estão cotados a 0,33 euros, estáveis no ano, com um valor de mercado de 823 milhões de euros.

O auge mais recente do clube na Bolsa foi em 2018, quando as ações passaram de 1,30 no período em que foi anunciada a ida de Cristiano Ronaldo para o clube, mas o bom momento não durou muito – e nem o craque português, que do futebol italiano foi para a Inglaterra e agora está na Arábia Saudita.

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Diferente do Brasil, não é incomum a presença de empresários controlando os clubes. O acionista majoritário do Juventus é a família Agnelli, que deu origem ao Grupo Fiat.

Ainda no futebol europeu, o Borussia Dortmund tem ações na plataforma eletrônica da Bolsa de Frankfurt. O valor de mercado do time alemão é de 475 milhões de euros.

John Textor
O empresário americano John Textor comprará 90% da SAF do Botafogo (Vitor Silva/Botafogo)

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Onde investir no exterior, além do futebol

Não gosta de futebol ou quer opções além do futebol europeu? Para esses investidores, é possível investir nas ações do Madison Square Garden Sports, que é dono time da NBA New York Knicks, e do New York Rangers, de hochey.

As ações do Madison Square Garden Sports fecharam a última sexta-feira cotadas a US$ 178,41 na Bolsa de Nova York, o que representa uma queda de 2,7% no acumulado do ano.

Essa empresa é uma cisão da Madison Square Entertainment, que controla, entre outras coisas, uma arena multiuso em Nova York.

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Uma diversificação maior dentro do mundo de esportes pode ocorrer também para quem investe na Liberty Media. A empresa possui os direitos da Fórmula 1, é dona da equipe de baseball Atlanta Braves e possui participação no Meyer Shank Racing, de automobilismo.

Com tantos ativos, a empresa tem um valor de mercado de US$ 9,3 bilhões, com ações negociadas na Nasdaq.

Investimentos esportivos no Brasil

No Brasil, ter um clube de futebol com ações listadas em Bolsa ainda é uma realidade distante. No entanto, desde 2021, os clubes podem aderir ao modelo de SAF (Sociedade Anônima de Futebol), em que empresários ou investidores podem ser donos de parte ou todo time.

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Os casos mais famosos de SAF no Brasil são o do Botafogo, que agora é do empresário norte-americano John Textor; o Cruzeiro, que está com o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, e o Bahia, que foi comprado pelo Grupo City, que já controla o Manchester City, do reino Unido, além de clubes nos EUA, Itália, Uruguai, Espanha, entre outros.

Nessa estrutura, em tese, uma SAF pode vir a abrir capital na Bolsa e os investidores poderão comprar ações dessas equipes, mas nenhuma das sociedades em vigor está perto desse passo.

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Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney