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8 ações americanas para dezembro: big techs dominam recomendações e Microsoft e Amazon lideram

Analistas voltam a apontar ações de tecnologia antes de última decisão do ano sobre os juros americanos

Monique Lima

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Novembro marcou uma virada importante no mercado dos Estados Unidos. Após meses de perdas desde agosto, devido a abertura da curva de juros e aperto das condições financeiras no país, no mês passado os ativos de risco tiveram um alívio e o S&P 500 subiu 8,9%.

Com expectativas menos negativas para a Bolsa americana e a possibilidade de o teto dos juros já terem sido alcançados, casas voltaram a recomendar ações de tecnologia nesta reta final de 2023.

As campeãs de apontamentos em dezembro ficam por conta de  Microsoft (MSFT) e Amazon (AMZN), selecionadas por cinco das sete carteiras levantadas pelo InfoMoney, seguidas pela Alphabet (GOOGL), com quatro seleções.

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A preferência por papéis de tecnologia não é à toa: o bom desempenho do S&P 500 neste ano, afinal, está diretamente relacionado às fortes valorizações das empresas de tecnologia, alimentadas pela expectativa de que o ramo da inteligência artificial não será passageiro

“Os 7 Magníficos (Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Nvidia, Meta, Tesla) representam hoje aproximadamente 30% do valor de mercado do S&P 500, e em nossa visão devem continuar performando [bem] devido a sua maior margem operacional e ritmo mais acelerado de crescimento do lucro líquido em relação ao consolidado das empresas do índice”, dizem os analistas do BTG.

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Ao todo, 45 empresas diferentes foram consideradas para recomendações pelas sete instituições consideradas no levantamento. Dentre elas, 14 foram mencionadas em mais de uma carteira.

Confira as ações mais citadas para dezembro, a quantidade de recomendações e os desempenhos de cada papel no acumulado de novembro e em 12 meses:

Ticker  Empresa  Segmento  Recomendações  Retorno em 2023 Retorno em novembro 
AMZN Amazon Consumo 5 72,09% 3,94%
MSFT Microsoft Tecnologia 5 55,98% 2,87%
GOOGL Google Tecnologia 4 51,57% 2,46%
AAPL Apple Tecnologia 3 56,42% 6,97%
CVX Chevron Óleo & Gás 3 -17,17% 1,20%
KO Coca-cola Consumo 3 -7,10% 2,43%
JPM JPMorgan Financeiro 3 17,25% 9,47%
NVDA Nvidia Tecnologia 3 232,00% 2,05%

Fontes: Itaú BBA, Inter Global, XP, BTG Pactual, Guide, Santander e Ágora

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Olhos no Fed

Analistas entendem que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) não precisará aplicar um aumento residual de 0,25 ponto percentual nas taxas em dezembro, em decisão que será conhecida nesta semana.

Além disso, a possibilidade de uma recessão em 2024 saiu do cenário base de diversas casas de análise brasileiras e bancos internacionais, embora ainda se espere alguma fraqueza na economia no ano que vem, o que é considerado um ponto de cautela por parte da XP.

“Acreditamos que a economia ainda está propensa a enfraquecer, especialmente à medida que empresas começam a sentir o efeito das taxas de juros mais altas por mais tempo”, afirmam analistas em relatório de projeções para 2024.

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Já no Santander, alguma desaceleração é vista como benéfica, pois “poderá contribuir para um ambiente global mais favorável em termos de política monetária”.

Outro ponto que pode ajudar a Bolsa lá fora é a competição possivelmente menor com a renda fixa, com o rendimento dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) caindo ao longo do mês. A temporada de resultados do terceiro trimestre com bons resultados também ajudou a sustentar o otimismo.

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Segundo o BTG Pactual, o S&P 500 está negociando em 18,7 vezes o múltiplo Preço/Lucro estimado para 2024 – valor superior à média histórica, de 15,4 vezes. “Temos uma visão otimista para o mercado de ações norte-americano, mas com um potencial de alta mais moderado após a forte performance em 2023”, diz o relatório de dezembro.