Ifix fecha sessão com leve queda; FII HCTR11 é destaque de alta

O fundo imobiliário Hectare (HCTR11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 2,9%

Wellington Carvalho

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O Ifix – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta segunda-feira (19) com queda de 0,02%, aos 2.983 pontos. O fundo Hectare (HCTR11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 2,9%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

Investidores com mais de 5% das cotas do FII CSHG Prime Offices ( HGPO11) pediram a convocação de nova assembleia geral extraordinária (AGE) para discutir a venda do portfólio do fundo e, consequentemente, a liquidação da carteira.

O grupo quer colocar em debate uma oferta de R$ 466 milhões pelos edifícios Metropolitan e Platinum, localizados próximos à Avenida Faria Lima, em São Paulo, região considerada nobre para o segmento de lajes corporativas. A proposta chegou ao fundo na última quarta-feira (14).

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Como a oferta estava abaixo do valor mínimo fixado pelos cotistas em recente processo competitivo para a venda dos imóveis, o fundo decidiu não convocar uma nova AGE para tratar do tema.

No entanto, na última sexta-feira (16), o grupo de investidores com mais de 5% das cotas pediu a realização da assembleia e a análise da oferta, que representa o valor de R$ 36.983,90 por metro quadrado.

Maiores altas desta segunda-feira (19):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
HCTR11 Hectare Outros 2,9
VCJR11 Vectis Juros Real Títulos e Val. Mob. 2,18
BLMR11 Bluemacaw Renda+ FOF Títulos e Val. Mob. 2,02
BPFF11 Brasil Plural Absoluto Títulos e Val. Mob. 2
RBRP11 RBR Properties Outros 1,77

Maiores baixas desta segunda-feira (19):

Ticker Nome Setor Variação (%)
ALZR11 Alianza Trust Renda Logística -3,49
NSLU11 Hospital Nossa Senhora de Lourdes Hospital -1,96
BTCR11 BTG Pactual Credito Imobiliario Títulos e Val. Mob. -1,55
RECR11 REC Recebíveis Títulos e Val. Mob. -1,51
MCHF11 Mauá Capital Hedge Fund Títulos e Val. Mob. -1,4

Fonte: B3

Nova emissão de cotas do (SNCI11); (XPLG11) conclui aquisição de galpão logístico em SP

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

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(XPLG11) conclui aquisição de galpão logístico em SP por R$ 68,4 milhões

O FII XP Log concluiu a compra do condomínio logístico Santana Business Park, localizado em Barueri, no estado de São Paulo. O negócio foi iniciado em julho de 2020 com as empresas Vancorp Assessoria e Investimentos, Dayan Participações e Investimentos e DV Empreendimentos Imobiliários.

O fundo pagou R$ 68,4 milhões pelo espaço de quase 19 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), de acordo com fato relevante divulgado pela carteira.

Pelo acordo, os antigos proprietários se comprometeram a pagar para o fundo uma renda mínima garantida de R$ 479 mil reais pelos próximos 12 meses. Do montante, será descontado o valor recebido pela carteira dos atuais locatários do imóvel.

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Atualmente, 57% da ABL do Santana Business Park está locada, sendo 45% na modalidade atípica – contratos de locação mais longos e que não permitem mudanças ao longo da vigência.

Os vendedores também serão responsáveis pelos encargos relacionados à área vaga durante o prazo de doze meses, detalha a gestão do XP Log, que estima um aumento na receita mensal da carteira de aproximadamente R$ 0,0177 por cota.

FII (SNCI11) quer captar R$ 40 milhões em nova emissão de cotas

O FII Suno Recebíveis aprovou a realização da quarta emissão de novas cotas do fundo e pretende captar, inicialmente, até R$ 40,6 milhões, aponta comunicado da carteira ao mercado.

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O valor unitário para os novos papéis foi fixado em R$ 100,00 e a taxa de distribuição da oferta será de R$ 0,15, totalizando um preço de subscrição de R$ 100,15.

Na abertura do mercado nesta segunda-feira (19), as cotas do Suno Recebíveis estavam sendo negociadas a R$ 100,44.

Cotistas com posição no final da sessão de quarta-feira (21) terão direito de preferência na quarta emissão do FII, que poderá ser exercido entre os dias 26 de setembro e 3 de outubro de 2022. O fator de proporção é de 11%.

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Focado no investimento em certificados de recebíveis imobiliários (CRI), o Suno Recebíveis tem hoje um patrimônio líquido de R$ 361 milhões.

Dividendos hoje

Confira quais fundos que distribuem rendimentos nesta segunda-feira (19):

Ticker Fundo Rendimento
IRDM11 Iridium Recebíveis  R$        1,26
RBRY11 RBR Crédito Imobiliário Estruturado  R$        1,20
RBRR11 RBR Rendimento High Grade  R$        1,00
CPFF11 Capitânia Reit FoF  R$        0,62
RBRF11 RBR Alpha Multiestratégia  R$        0,60
MGFF11 Mogno FoF  R$        0,55

Giro imobiliário: novas projeções para o IPCA, dividendo ‘monstro’ do ALZR11 e mais assuntos

Pague menos de R$ 100 por uma nota de R$ 100: as oportunidades do setor imobiliário em FIIs e em ações

O setor imobiliário foi fortemente castigado pela pandemia do coronavírus e pela alta dos juros. As medidas de isolamento social afetaram diretamente estabelecimentos como espaços corporativos, fazendo com que escritórios precisassem prontamente migrar ao home office e, a partir de então, as discussões sobre novos modelos de trabalho trouxeram ainda mais incertezas ao mercado. Já a alta de juros, além de encarecer o financiamento para o setor imobiliário, fez com que investidores da renda variável migrassem para renda fixa.

No entanto, de acordo com Ricardo Figueiredo, da Spiti, Caio Conca, da Capitânia Investimentos, e Rafael Furlan, da Norte Asset, convidados do episódio 163 do Stock Pickers, o cenário mudou e existem grandes oportunidades no segmento.

Se por um lado as medidas de restrições impostas pelo coronavírus perpetuaram o modelo de trabalho híbrido, por outro, impuseram novas normas aos escritórios. De acordo com Ricardo Figueiredo, especialista em fundos imobiliários, hoje os ambientes corporativos podem até ser rotativos, mas exigem um espaço físico maior devido às regras sanitárias, o que consequentemente demanda mais área por metro quadrado para cada pessoa – e isso já vem se refletindo no mercado.

No que tange ao setor de fundos imobiliários, os analistas apontam que este valor ainda não está nos ativos.

Para Conca, a resposta para isso é clara: “A indústria de Fundos Imobiliários é viciada em dividendos e olha muito pouco para o ciclo imobiliário”.

De acordo com os analistas, há, por exemplo, uma demanda muito maior do que a oferta por espaços corporativos. Hoje os fundos estão negociando apenas 60% do valor no custo de reposição e em algum momento isso se revelará no patrimonial, porém o desejo pela renda passiva acaba deixando essas oportunidades passarem.

Boletim Focus traz nova expectativa de queda para inflação

O mercado financeiro voltou a reduzir a expectativa de inflação para 2022 e 2023 e a elevar a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, como mostram dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central.

A expectativa para o PIB de 2023 foi mantida, após duas semanas seguidas de alta

Foi a décima segunda semana consecutiva de queda na projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano e a quinta para o ano que vem.

Para 2022, também são 12 semanas seguidas de projeções de alta para a estimativa do PIB em 2022.

Segundo as instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC, a expectativa para o IPCA deste ano passou de 6,40% há uma semana para 6,00%. Para 2023, a projeção recuou de 5,17% para 5,01%.

A projeção do IPCA para 2024, no entanto, subiu pela terceira semana seguida, de 3,47% para 3,50% entre as duas semanas.

Depois de dividendo ‘monstro’ da Petrobras, FII distribui R$ 5,65 por cota

Mais 110 mil investidores terão muitos motivos para comemorar. Esse é o número de cotistas do FII Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) que, na noite de sexta-feira (16), informou ao mercado que pagará um provento de R$ 5,65 por cota no próximo dia 23 de setembro. E mais: como todo rendimento de fundo imobiliário, o valor está isento de imposto de renda.

O valor está muito acima da média de R$ 0,78 por cota que costuma ser distribuída – e aconteceu por uma razão extraordinária: o FII Alianza Trust Renda Imobiliária concluiu a venda de um imóvel localizado na Avenida Nações Unidas, na capital paulista, locado para a Clariant Brasil, empresa do setor químico depois de uma longa negociação que começou em abril.

Segundo o fato relevante que informou sobre a venda e foi divulgado na sexta-feira anterior, 9, o imóvel tem um terreno de aproximadamente 32,8 mil metros quadrados e área construída de 29 mil metros quadrados.

Em relatório gerencial, o FII informou que “essa operação confirma importante tese do Fundo, de não apenas permitir excelente renda com alta previsibilidade no mês-a-mês, mas também de ter ativos de elevado valor imobiliário, com potencial geração de valor adicional aos nossos cotistas”, e anunciou que serão distribuídos, nesse momento, um resultado extraordinário de R$ 28,9 milhões aos cotistas de ALZR11.

FII XP Macaé sobe 37% em uma semana; entenda as razões da forte valorização

Apesar da queda de 10% registrada na sessão desta sexta-feira (16), o FII XP Corporate Macaé (XPCM11) encerrou a semana com valorização de 37,22%. A forte elevação teve início após o fundo anunciar, finalmente, um novo locatário.

Na semana passada, a carteira assinou contrato para a locação de seis conjuntos do edifício The Corporate, localizado na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro. O espaço é o único imóvel da carteira e estava totalmente desocupado desde dezembro de 2020, quando a Petrobras (PETR4) rescindiu contrato com o FII.

Diante da vacância total do portfólio, o XP Corporate Macaé fechou 2021 com queda de 48%, a maior entre as carteiras que faziam parte do Ifix – índice dos fundos mais negociados na B3 – na época.

Os conjuntos recém-alugados representam uma área bruta locável (ABL) de pouco mais de 3 mil metros quadrados e o contrato tem prazo de vigência de 60 meses, conforme aponta fato relevante divulgado pelo FII.

Com a nova locação, o fundo reduz a taxa de vacância do portfólio de 100% para 85%. A notícia animou o mercado e fez a cota do XP Corporate Macaé operar em forte alta ao longo da semana, reduzindo a elevação na sexta-feira (16).

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.