Os FIIs mais recomendados para comprar em janeiro; lista inclui fundos que pagam dividendos de até 13% ao ano

BRCO11 segue no topo da lista dos mais recomendados; FoF da RBR substitui CPTS11 e é novidade para janeiro

Wellington Carvalho

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A lista dos fundos imobiliários mais recomendados do mercado trouxe em janeiro uma novidade: a inclusão do RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11) no lugar do Capitânia Securities II (CPTS11), que estava na relação do mês anterior.

Mensalmente, o InfoMoney compila os cinco fundos imobiliários mais indicados nas carteiras elaboradas por dez corretoras. Pela 17ª vez consecutiva, o Bresco Logístico (BRCO11) é o FII mais lembrado pelos analistas.

No primeiro mês de 2023, 53 fundos foram citados pelas corretoras. A maior parte dos fundos recomendados é do segmento de recebíveis (21). Na sequência aparecem logística (8), escritórios (7) e fundos que investem em outros FIIs, os FoFs (6).

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A lista dos mais recomendados de janeiro ainda conta com Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), CSHG Renda Urbana (HGRU11) e CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11), todos com seis indicações.

Confira a seguir os FIIs preferidos para janeiro, o número de recomendações e a rentabilidade de cada papel em dezembro de 2022 e nos últimos 12 meses:

Ticker Fundo Segmento Recomendações Retorno em dezembro (%) Retorno em 2022 (%)
BRCO11 Bresco Logístico Logística 8 -0,65 3,00
KNCR11 Kinea Rendimentos Imobiliários Recebíveis 6 -0,41 9,43
HGRU11 CSHG Renda Urbana Renda Urbana 6 1,69 12,44
HGCR11 CSHG Recebíveis Imobiliários Recebíveis 6 0,92 10,38
RBRF11 RBR Alpha Multiestratégia FoF 5 -0,11 -4,03
IFIX 0 2,2%

Fontes: Economatica e corretoras (Ativa Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, Genial, Guide, Itaú BBA, Mirae Asset, Órama, Santander e Rico). Obs.: A rentabilidade leva em consideração o reinvestimento dos dividendos e a cotação do dia 31/12/2022.

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Líder na preferência dos analistas, o Bresco Logística (BRCO11) é também o fundo com maior desconto na lista dos mais recomendados para janeiro, considerando o P/VPA (preço sobre valor patrimonial).

Quanto mais próximo de 1 estiver o indicador, mais perto está o fundo do valor considerado justo. Acima deste nível a carteira está sendo negociada com ágio e, abaixo, com desconto. No caso do Bresco Logística, o fundo está sendo negociado por 0,79% do valor patrimonial – o que representaria um desconto de 21%.

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Bresco Logística (BRCO11)

Liquidez nos últimos 12 meses (R$ mi/dia) 2.996
P/VPA 0,79
Número de cotistas 108.410
Patrimônio Líquido (R$ bilhões) 1.796.316
Dividend Yield nos últimos 12 meses (%) 7,81

Fonte: Economatica – 31/12/2022

O BRCO11 faz parte das carteiras recomendadas de BTG Pactual, BB Investimentos, Guide, Genial, Mirae, Ativa, Itaú BBA e Rico – cuja seleção é feita por Maria Fernanda Violatti, analista da XP.

“Aos níveis atuais, acreditamos que o Bresco Logístico está negociando em patamares atrativos, considerando a qualidade do seu portfólio”, aponta Maria Fernanda.

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Com patrimônio líquido de R$ 1,796 bilhão, o fundo possui 11 imóveis que, juntos, somam uma área bruta locável (ABL) de 446 mil metros quadrados. 59% deles estão localizados em São Paulo, região nobre para o segmento.

Conforme aponta o último relatório gerencial da carteira, 93% dos inquilinos são classificados como grau de investimento – baixo risco de inadimplência. Mais de 90% desses locatários estão ligados aos segmentos de varejo, e-commerce e bens de consumo.

Dez imóveis do BRCO11 também ostentam classificação de qualidade elevada e estão locados atualmente para empresas como Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Natura, Mercado Livre, Americanas, Carrefour, BRF e Whirlpool.

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CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11)

Liquidez nos últimos 12 meses (R$ mi/dia) 3.179
P/VPA 1,01
Número de cotistas 78.003
Patrimônio Líquido (R$ bilhões) 1.560.262
Dividend Yield nos últimos 12 meses (%) 13,23

Fonte: Economatica – 31/12/2022

Considerado um fundo de “papel” – que investe em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação e à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) –, o CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) encerrou 2022 com uma taxa de retorno com dividendos (dividend yield) de 13%.

O fundo está nas carteiras recomendadas do BB Investimentos, Santander, Guide, Ativa, Itaú BBA e BTG Pactual – do analista Daniel Marinelli.

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“A tese de investimento no CSHG Recebíveis Imobiliários está baseada em fatores como carteira de ativos diversificada, exposição a papéis indexados ao CDI e à inflação e excelente liquidez”, afirma Marinelli.

De acordo com o último relatório gerencial, divulgado em dezembro, os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) respondem hoje por 85% do portfólio da carteira. O saldo remanescente está alocado especialmente em cotas de outros FIIs.

Entre os CRIs, aponta o documento, 54% têm como indexador o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e 46%, o CDI.

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RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11)

Liquidez nos últimos 12 meses (R$ mi/dia) 2.526
P/VPA 0,84
Número de cotistas 95.004
Patrimônio Líquido (R$ bilhões) 1.130.629
Dividend Yield nos últimos 12 meses (%) 9,33

Fonte: Economatica – 31/12/2022

Novidade na lista de janeiro, o RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11) recebeu cinco recomendações e ficou com o lugar que, em dezembro, era do Capitânia Securities II (CPTS11).

Do tipo FoF, o fundo está nas carteiras do BB Investimentos, Guide, Mirae, Itaú BBA e Santander, do analista Flávio Pires.

“Além de uma carteira diversificada com cotas de outros FIIs, o RBRF11 também permite o acesso indireto do investidor pessoa física a fundos restritos a investidores institucionais”, detalha Pires.

Atualmente, o portfólio de FIIs do RBR Alpha Multiestratégia está dividido principalmente nos segmentos de recebíveis (37%), corporativo (27%) e logístico (9%).

Individualmente, as maiores posições da carteira são RBR Log (RBRL11), Tellus Properties (TEPP11) e CSHG Prime Offices (HGPO11).

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CSHG Renda Urbana (HGRU11)

Liquidez nos últimos 12 meses (R$ mi/dia) 3.179
P/VPA 1,01
Número de cotistas 188.979
Patrimônio Líquido (R$ bilhões) 1.560.262
Dividend Yield nos últimos 12 meses (%) 13,23

Fonte: Economatica – 31/12/2022

Com uma ABL de 417 mil metros quadrados, o CSHG Renda Urbana investe em imóveis comerciais e está incluído na categoria de fundos de renda urbana.

Com patrimônio líquido de R$ 1,5 bilhões, o fundo tem um portfólio com mais de 100 imóveis, distribuídos em sete estados. Entre os inquilinos, estão empresas como Ibmec, Estácio, Big, Sam’s Club, Pernambucanas e Assaí.

“Nossa recomendação do fundo se baseia em sua exposição ao segmento de varejo e ao movimento feito pela gestão de venda dos imóveis de forma a gerar ganho de capital”, pontua Isabella Suleiman, analista de FIIs da Genial Investimentos.

Além da corretora, Órama, Santander, Rico, Ativa e Itaú BBA também recomendam a compra do HGRU11) em janeiro.

Na próxima semana, o fundo distribuirá o ganho de capital auferido com a venda de uma série de imóveis ao longo dos últimos meses. o fundo pagará R$ 2 por cota, montante R$ 1,18 superior ao que estava sendo pago pelo fundo.

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Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11)

Liquidez nos últimos 12 meses (R$ mi/dia) 8.994
P/VPA 0,98
Número de cotistas 176.543
Patrimônio Líquido (R$ bilhões) 5.747.307
Dividend Yield nos últimos 12 meses (%) 12,28

Fonte: Economatica – 31/12/2022

Também considerado um FII de “papel” e figurinha conhecida na lista dos mais recomendados, o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) ostenta um dividend yield de 12% nos últimos doze meses.

O fundo está nas carteiras do Itaú BBA, Genial, Rico, Santander, BTG Pactual e BB Investimentos – cujo relatório é assinado por Richardi Ferreira, analista de FIIs da instituição financeira.

“Nossa recomendação para o fundo está em linha com o cenário macroeconômico que vem se desenhando para os próximos meses”, explica o especialista. “Tal cenário – de inflação ainda pressionada e manutenção dos juros em patamares mais elevados – tende a favorecer os fundos de papel com maior exposição ao CDI, como é o caso do KNCR11”, finaliza Ferreira.

De acordo com o último relatório gerencial do fundo, 96% do patrimônio da carteira está alocado em CRIs. Quase 97% dos títulos estão indexados ao CDI – que acompanha a taxa básica de juros da economia nacional, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.