FIIs que investem em CRIs do Starbucks caem até 5% após operadora pedir recuperação judicial

Títulos da operadora da Starbucks no Brasil representam 6,5% do PL do fundo; outros dois FIIs também investem no papel

Wellington Carvalho

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As cotas do FII Riza Akin (RZAK11) fecharam a sessão desta quarta-feira (1) com forte baixa e engrossaram a lista das maiores perdas do dia. No início do pregão, os papéis chegaram a cair mais de 7%, mas atenuaram as perdas e encerraram o dia com queda de 5,03%.

O desempenho negativo ocorre um dia após a SouthRock Capital, operadora dos restaurantes Starbucks e Subway no Brasil, anunciar que entrou com um pedido de recuperação judicial. A Subway acabou ficando de fora da RJ.

O RZAK11 investe em certificados de recebíveis imobiliários (CRI) da empresa – cuja dívida é estimada em R$ 1,8 bilhão, conforme documento protocolado junto à 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo.

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O CRI é um instrumento utilizado pelas empresas para captação de recursos no mercado. As companhias empacotam receitas futuras neste título de dívida e vendem aos investidores, como os fundos imobiliários.

Em geral, o papel embute um rendimento prefixado mensal e a correção por um indicador, que normalmente é a taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) ou o Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA).

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O RZAK11 conta com três CRIs da SouthRock no portfólio, Starbucks III, IV e V. Os títulos representam 6,51% do patrimônio líquido do fundo – atualmente em R$ 814 milhões, de acordo com o último relatório da carteira.

Além do Riza Akin, outros fundos também contam com CRIs emitidos pela SouthRock. Entre eles, está o Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11) cuja exposição ao papel é de menos de 1%. O fundo fechou com leve baixa de 0,43%.

O Iridium (IRIM11) também investe no título Starbucks II. Os papéis representam 4,14% do patrimônio líquido de R$ 177 milhões da carteira e suas cotas encerraram a sessão com alta de 0,28%.

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Ifix hoje:

Na sessão desta quarta-feira (1), o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou em queda de 0,28%, aos 3.146 pontos. Confira os demais destaques do dia.

Maiores altas desta quarta-feira (1):

Ticker Nome Setor Variação (%)
CPTS11 Capitânia Securities Títulos e Val. Mob. 3,7
HGRU11 CSHG Renda Urbana Renda Urbana 3,38
BARI11 Barigui Títulos e Val. Mob. 2,61
CYCR11 Cyrela Crédito Títulos e Val. Mob. 2,39
KNSC11 Kinea Securities Títulos e Val. Mob. 2,21

Maiores baixas desta quarta-feira (1):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
VINO11 Vinci Offices Lajes Corporativas -5,39
RZAK11 Riza Akin Títulos e Val. Mob. -5,03
HGCR11 CSHG Recebíveis Imobiliários Títulos e Val. Mob. -3,7
SARE11 Santander Renda Híbrido -2,46
HTMX11 Hotel Maxinvest Hotel -2,1

Fonte: B3 

FIIs de escritório lideram baixas em outubro; fundos high yield recuperam parte das perdas acumuladas no ano

O Ifix – índice dos FIIs mais negociados na B3 – interrompeu em outubro uma sequência de seis meses seguidos de ganhos, a maior série em quatro anos. Os fundos de escritório puxaram a queda de 1,97% do indicador e encabeçaram as maiores perdas do período.

Os FIIs high yield – de maior risco – recuperaram parte das perdas acumuladas no ano e registraram as maiores altas no mês. O destaque ficou com o Hectare CE (HCTR11), que subiu mais de 23%.

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Os dados são da Economatica, plataforma de informações financeiras, e tomam como base os 109 fundos imobiliários que compõem o Ifix. O retorno leva em consideração a valorização da cotas e os dividendos distribuídos pelas carteiras.

Em média, os fundos de escritório registraram queda de 6% em outubro, a maior entre os principais segmentos do mercado – aqueles, por exemplo, com mais de quatro representantes. Os FIIs de recebíveis (Títulos e Valores Mobiliários) apresentaram o melhor desempenho, operando com leve baixa de 0,2%.

Individualmente, o XP Properties (XPPR11) liderou a lista das maiores baixas entre os principais fundos imobiliários do mercado. O FII do segmento de escritório registrou perdas de 11% no mês. Confira as maiores altas e baixas dos fundos imobiliários em outubro de 2023.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.