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O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta terça-feira (3) com queda de 0,12%, aos 2.794 pontos. Na sessão anterior, o índice fechou forte baixa de 0,53%. O fundo Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) mais uma vez foi o destaque da sessão, com elevação de 5,93%. Em dois pregões, o FII acumula alta de mais de 16%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) volta a se renuir nesta terça-feira (3) para definir a nova taxa básica da economia nacional, a Selic, atualmente em 11,75% ao ano. O novo patamar do indicador será divulgado amanhã, mas o mercado já tem elevado as apostas nos fundos de “papel”, que podem se beneficiar com mais um aumento da Selic.
Conhecido como FIIs de “papel”, os fundos de recebíveis investem em títulos de renda fixa indexados a índices de inflação e ao CDI (certificado de depósito interbancário), que acompanha a Selic. A elevação dos juros e dos preços nos últimos anos ajudaram na valorização dessa classe de fundos imobiliários.
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Em 12 meses, os FIIs de “papel” acumulam alta de 4,8%, aponta o Índice Teva de Fundos Imobiliários de Papel. No mesmo período, os fundos de “tijolo” amargam queda de 5%. Nos últimos dois anos, a diferença de performance aumenta ainda mais. Enquanto os FIIs de “papel” ostentam ganhos de 32%, os de “tijolo” têm leve alta de 0,8%.
Com a expectativa de uma nova elevação da Selic – mercado aposta em nova alta de um ponto percentual – para conter a resiliência da pressão inflacionária, o mercado tem reforçado posição nos fundos de “papel”.
“Os fundos imobiliários de recebíveis têm obtido maior sucesso neste período de maior incerteza quanto ao nível de inflação ainda pressionado e, consequentemente, com escalada das taxas de juros como forma de controle”, aponta carteira recomendada do BTG Pactual. “Assim, ainda temos privilegiado os fundos de recebíveis em nossas recomendações”, reforça o relatório.
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Pensando no cenário, a carteira teórica do BTG Pactual aumentou a participação do fundo BTG Pactual Crédito Imobiliário ( BTCR11).
“É um dos últimos FIIs de “papel” que operam com uma taxa de retorno com dividendos anualizada e atrativa de 15,6% e em linha com seu valor patrimonial”, destaca o banco.
Na mesma linha, a Genial Investimentos passou a recomendar a compra do CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11), que possui uma carteira de certificado de recebíveis imobiliários (CRI) com títulos indexados ao Índice de Preço ao Consumidor Amplo (49%) e ao CDI (50%).
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Leia mais:
Maiores altas desta terça-feira (3)
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
CARE11 | Brazilian Graveyard and Death Care | Outros | 5,93 |
FCFL11 | Campos Faria Lima | Outros | 2,83 |
KISU11 | KILIMA | Títulos e Val. Mob. | 2,82 |
TORD11 | Tordesilhas EI | Outros | 1,88 |
AIEC11 | Autonomy Edifícios | Lajes Corporativas | 1,16 |
Maiores baixas desta terça-feira (3):
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Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
RVBI11 | VBI Reits | Títulos e Val. Mob. | -2,33 |
SPTW11 | SP Downtown | Lajes Corporativas | -2,22 |
BLMG11 | Bluemacaw Logística | Logística | -2,1 |
RBRP11 | RBR Properties | Outros | -1,46 |
CPFF11 | Capitânia Reit | Híbrido | -1,4 |
Fonte: B3
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Ofertas do Mogno Suno Logística e do BRL Prop II; XP Industrial capta R$ 50 milhões em emissão de CRI
Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:
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Mogno Suno Logística (MGLG11) aprova oferta de R$ 32 milhões
Mogno Suno Logística aprovou, nesta segunda-feira (2), a realização da terceira emissão de cotas da carteira, que pretende captar até R$ 32 milhões.
O valor unitário das novas cotas foi fixado em R$ 50,00 e a taxa de distribuição será de R$ 0,41, totalizando um preço de subscrição de R$ 50,41.
No fechamento do mercado nesta segunda-feira (2), as cotas do Mogno Suno Logística foram negociadas a R$ 53,44, com queda de 0,22%.
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Cotistas com posição no final desta quarta-feira (4), terão direito de preferência na terceira emissão do fundo, que poderá ser exercido entre os dias 9 e 19 de maio de 2022.
O fundo tem um patrimônio líquido atualmente de R$ 96 milhões distribuído em cinco imóveis localizados em São Paulo e Rio de Janeiro. Os espaços representam uma área bruta locável (ABL) de 73 mil metros quadrados.
Em 12 meses, as cotas do Mogno Suno Logística apresentam queda de 46% e a taxa de retorno com dividendos no período é de 10,09%.
BRL Prop II ( BRLA11) também lança oferta e quer captar até R$ 120 milhões
Outro fundo imobiliário que anunciou nova emissão de cotas foi o BRL Prop II, que planeja a captação de até R$ 120 milhões, aponta fato relevante divulgado nesta segunda-feira (2).
De acordo com o documento – referente a sétima oferta da carteira – o valor unitário para as novas cotas foi estipulado em R$ 161,46. Na sessão anterior, os papéis do BRL Prop II foram negociados a R$ 158.
Para ter direito de preferência na oferta, o investidor precisa ter posição no fundo no final desta terça-feira (3). O direito deverá ser exercido entre os dias 4 e 10 de maio.
Com três imóveis no portfólio, o fundo tem um patrimônio líquido de R$ 285 milhões. A taxa de retorno com dividendos é de 7,79 em 12 meses e a liquidez média diária das cotas negociadas na Bolsa é de apenas R$ 41 mil.
XP Industrial (XPIN11) capta R$ 50 milhões para pagamento de terreno em Minas Gerais
O fundo XP Industrial concluiu, nesta segunda-feira (2), a emissão dos certificados de recebíveis imobiliários (CRI) da True Securitizadora para a captação de R$ 50 milhões.
De acordo com comunicado ao mercado, a operação foi lastreada nos créditos imobiliários decorrentes de contratos de locação vigentes de imóveis do fundo.
O valor de emissão dos CRIs será corrigido pela variação acumulada do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acrescida de uma sobretaxa equivalente a 7,50% ao ano.
Os recursos serão utilizados para o pagamento de terreno adquirido pelo fundo em julho de 2021 em Extrema, no Estado de Minas Gerais. No local, será construído galpão logístico com área total estimada de quase 14 mil metros quadrados.
Giro Imobiliário de abril: Busca por terrenos em regiões de alta renda em SP gera ‘briga de foice’ entre incorporadoras
As incorporadoras estão desembolsando centenas de milhões de reais por espaços antes ocupados não só por casas, mas até por prédios menores, que agora se tornarão arranha-céus. Mas encontrar um terreno na capital está cada vez mais difícil.
Isso acontece por diversos motivos: São Paulo já é uma cidade com uma vasta área construída, e o atual Plano Diretor, sancionado em 2014, liberou construções de prédios altos apenas em regiões próximas de grandes eixos de transporte público, como estações de metrô.
Para completar, nunca tantos imóveis foram lançados quanto nos últimos anos. Para se ter uma base de comparação, até 2018, o total de lançamentos realizados na capital era de 39 mil unidades ao ano, segundo dados do Secovi-SP — desde então, esse número mais do que dobrou.
Isso gera “briga de foice”, como definem executivos e empresários do setor. E as empresas estão dispostas a pagar caro por uma boa oportunidade. Em 2021, por exemplo, a incorporadora Even conseguiu fechar uma parceria com a tradicional família Malzoni para adquirir um terreno de cerca de 18 mil m² para a construção de um empreendimento. O custo foi estimado em cerca de R$ 500 milhões.
O vice-presidente de operações da companhia, João Azevedo, define essa compra em particular como “especial” e “única”, já que é difícil encontrar um terreno de grandes proporções em uma área próxima e cobiçada como a região da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Mas a negociação, diz o executivo, não foi nada fácil: “Fiz mais de cem reuniões com a família”, lembra.
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