Em linha com mercado, Ifix fecha no azul; FII NSLU11 é destaque de alta

O fundo Hospital Nossa Senhora de Lourdes ([ativo=NSLU11]) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 3,22%

Wellington Carvalho

Publicidade

O [ativo=Ifixo] – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta quinta-feira (22) com alta de 0,19%, aos 2.994 pontos. O fundo Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 3,22%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

Três fundos imobiliários – o XP Malls (XPML11), o Malls Brasil Plural (MALL11) e o Vinci Shopping Centers (VISC11) – anunciaram, nesta quinta-feira (22), que vão adquirir o Campinas Shopping, no interior de São Paulo, que hoje pertence ao grupo brMalls (BRML3).

O valor total do empreendimento é de R$ 411 milhões, de acordo com fato relevante divulgado pelo XPML11. Cada um dos FIIs vai ficar com uma fatia diferente do shopping.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A maior parte do complexo ficará com o VISC11, que adquiriu 55% de participação no negócio. O fundo pagará pouco mais de R$ 226,2 milhões pela fração. Já o XPML11 se comprometeu a comprar 25% do shopping, pagando cerca de R$ 102 milhões pela fatia.

O MALL11, por sua vez, confirmou em comunicado ao mercado que pretende comprar 20% do Campinas Shopping por R$ 82 milhões. De acordo com a carteira, a estrutura do pagamento será definida futuramente com a brMalls.

Segundo os três fundos imobiliários, a conclusão do negócio está condicionada ao cumprimento de todas as regras previstas no contrato e à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Continua depois da publicidade

Leia mais: 

Maiores altas desta quinta-feira (22):

Ticker Nome Setor Variação (%)
NSLU11 Hospital Nossa Senhora de Lourdes Hospital 3,22
BLMG11 Bluemacaw Logística Logística 2,2
SARE11 Santander Renda Híbrido 2,1
KFOF11 Kinea FoF Títulos e Val. Mob. 2,08
VINO11 Vinci Offices Lajes Corporativas 1,88

Maiores baixas desta quinta-feira (22):

Continua depois da publicidade

Ticker Nome Setor Variação (%)
HGFF11 CSHG FoF Títulos e Val. Mob. -2,13
GTWR11 Green Towers Lajes Corporativas -1,67
RBRY11 RBR CRI Títulos e Val. Mob. -0,9
BLMR11 Bluemacaw Renda+ FOF Títulos e Val. Mob. -0,64
VIUR11 Vinci Imóveis Urbanos Renda Urbana -0,61

Fonte: B3

HGRU11 vende mais uma loja locada para as Casas Pernambucanas; VGIR11 aprova nova oferta

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

VGIR11 quer captar até R$ 350 milhões em nova oferta

O FII Valora CRI aprovou a realização a sexta emissão de cotas do fundo, que pretende captar um montante de até R$ 350 milhões, de acordo com fato relevante divulgado pela carteira nesta quarta-feira (21).

Continua depois da publicidade

O valor unitário dos novos papéis foi fixado em R$ 9,65 e a taxa de distribuição será de R$ 0,20, totalizando um preço de subscrição de R$ 9,85.

Na abertura do mercado nesta quinta-feira (22), as cotas do Valora CRI eram negociadas na Bolsa a R$ 9,92 e o valor patrimonial do papel – espécie de valor justo – está em R$ 96,53.

Segundo o comunicado ao mercado, os cotistas do fundo terão direito de preferência na oferta com a proporção de 47%.

Continua depois da publicidade

Focado no investimento em certificados de recebíveis imobiliários (CRI), o patrimônio líquido do Valora CRI é de R$ 730 milhões.

HGRU11 vende mais uma loja locada para as Casas Pernambucanas

O FII CSHG Renda Urbana concluiu a venda de mais uma loja que fazia parte do portfólio do fundo e estava locada para a Arthur Lundgren Tecidos, grupo conhecido como Casas Pernambucanas.

Segundo comunicado ao mercado, o imóvel localizado na cidade de Lapa (PR) foi vendido por R$ 6 milhões, montante equivalente a R$ 4.127,91 por metro quadrado. O valor do negócio é 90% superior ao total investido no espaço e 41% acima do preço de mercado.

Continua depois da publicidade

De acordo com cálculos do fundo, a transação representa um lucro equivalente a R$ 0,15 por cota.

Nos últimos dias, o CSHG Renda Urbana já havia anunciado a venda de lojas localizadas em Ourinhos (SP), Mogi das Cruzes (SP), Pato Branco (PR) e Votuporanga (SP).

A alienação dos espaços faz parte da estratégia da carteira de melhorar a qualidade do portfólio, conforme sinaliza o relatório gerencial divulgado em janeiro deste ano.

Seguindo o plano, o fundo realizou, nos últimos meses, a venda de lojas alugadas para as Casas Pernambucanas em Caçador (SC), Lorena (SP), São Sebastião do Paraíso (MG), Francisco Beltrão (PR), Garça (SP), São José dos Campos (SP) e Videira (SC).

No final de agosto, o fundo também firmou compromisso para a compra do Dutra 107, complexo comercial localizado na cidade de Taubaté, em São Paulo. O fundo desembolsará R$ 68,25 milhões pelo empreendimento, montante equivalente a R$ 3,177 mil por metro quadrado.

Leia mais:

Dividendos hoje

Confira quais fundos distribuem rendimentos nesta quinta-feira (22):

Ticker Fundo Rendimento
RZAK11 Riza Akin  R$     1,66
AFHI11 AF Invest CRI  R$     1,15
BARI11 Barigui Rendimentos  R$     1,06
ARCT11 Riza Arctium  R$     0,90

Giro imobiliário: FIIs entre opções de investimento com Selic em 13,75%; 27 fundos com dividendos acima da taxa de juros

FIIs estão entre opções de investimento com manutenção da Selic em 13,75%

Após 12 altas consecutivas da Selic desde março do ano passado, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, optou por manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano nesta quarta-feira (21). Sem indicar novos ajustes, a autoridade monetária reforçou a visão de que encerrou o ciclo de alta da Selic neste ano, assim como esperava a maior parcela dos agentes financeiros.

Ainda que a sinalização seja de fim do ciclo, o cenário segue bastante incerto: agentes financeiros veem uma indefinição sobre o patamar final de juros nos Estados Unidos, há perspectiva de desaceleração global, e não há sinais muito claros sobre a equipe econômica dos candidatos mais bem posicionados.

Por essa razão, especialistas ouvidos pelo InfoMoney defendem que é preciso ter cautela. Investimentos de renda fixa prefixados podem soar como boas opções nas proximidades do final do ciclo de alta da Selic, mas ainda não chegou o momento de aumentar a posição, apenas manter, dadas as incertezas presentes no radar.

Quem estiver disposto a diversificar ainda mais a carteira poderá se aventurar também pelos fundos multimercados. Na visão de Clayton Calixto, especialista de portfólio da Santander Asset, produtos do tipo macro devem seguir com performance bastante positiva no segundo semestre deste ano.

Posições tomadas em juros nos Estados Unidos (beneficiadas pela alta das taxas) e vendidas nas Bolsas americanas (apostando na desvalorização) devem continuar rendendo bons frutos, na visão de Calixto. Afinal, economistas já antecipam a elevação dos juros do país para 4% ao ano no fim de 2022, e não mais no começo de 2023. Tais projeções foram reforçadas após a divulgação das estimativas de dirigentes do Fed nesta quarta-feira (21).

Fundos imobiliários (FIIs) também ganham um papel especial na carteira em um cenário de estabilização da Selic em 13,75% ao ano. Cruz, da RB Investimentos, explica que estudos feitos pela casa apontam que os FIIs tendem a apresentar um desempenho positivo quando a Taxa Selic para de subir ou começa a cair.

As preferências para esse novo cenário estão em fundos de shoppings, segundo o especialista da RB Investimentos. Não à toa: a casa aumentou a alocação na carteira de FIIs na passagem de julho para agosto. Atualmente, a gestora possui dois fundos sugeridos na carteira: o XP Malls (XPML11) e o Hedge Brasil Shopping (HGBS11).

Leia mais:

27 FIIs chegam ao fim do ciclo de alta dos juros com dividendos acima da Selic; confira a lista completa

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central interrompeu o ciclo de alta da taxa básica de juros e manteve a Selic em 13,75% ao ano, após 12 elevações seguidas. Durante o período de alta dos juros, as aplicações de renda fixa se tornaram mais rentáveis e atrativas, mas alguns fundos imobiliários resistiram ao aperto monetário e ofereceram rendimentos acima da taxa.

Levantamento com dados da plataforma Economatica mostra que, dentre os fundos imobiliários mais negociados na B3, 27 apresentam um dividend yield (taxa de retorno com a distribuição de dividendos) acima de 13,75% em 12 meses.

O número atual de FIIs com retorno superior à Selic é maior do que os 24 registrados em agosto, segundo o mesmo estudo, realizado na sequência da reunião em que o Copom elevou a taxa básica de juros para 13,75% ao ano.

A explicação para o aumento no número de fundos com retornos maiores do que a taxa Selic passa inicialmente pela nova composição do Ifix – índice dos FIIs mais líquidos da B3, que serve como base para o estudo.

No início de agosto, a nova carteira teórica do indicador elevou de 106 para 108 o número de FIIs, trazendo como novidade, por exemplo, o Cartesia Recebíveis (CACR11) – que tem um dividend yield de 16,46% e não fazia parte da lista anterior.

Outro fator que explica o aumento do número de fundos com retornos maiores do que a Selic é a data da realização da reunião do Copom, que serve de referência para a compilação do retorno dos FIIs.

Em agosto, o colegiado finalizou o encontro no dia 3 – quando apenas pouco mais da metade dos fundos havia anunciado os rendimentos daquele período. É diferente da reunião deste mês, que ocorre em um momento em que praticamente todos os fundos já distribuíram os dividendos de setembro – referentes às receitas de agosto.

Desta forma, a nova lista dos FIIs com dividend yield acima da taxa Selic é encabeçada pelo Riza Akin (RZAK11), com uma taxa de 19,11%. Riza Arctium Real Estate (ARCT11), Urca Prime Renda (URPR11) e Valora Hedge Fund (VGHF11) aparecem na sequência, com ganhos na casa dos 17%. Confira as 27 carteiras encontradas no levantamento.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.