Em linha com o mercado, fundos imobiliários fecham sessão em queda de 0,27%

Rendimentos depositados nesta segunda-feira (10) variam de R$ 0,05 a R$ 4,26 por cota

Wellington Carvalho

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O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – acompanhou a tendência do mercado e fechou a sessão desta segunda-feira (10) em queda de 0,27%, aos 2.752 pontos. Na sessão anterior, na sexta-feira (7), o índice havia fechado com leves ganhos de 0,08%.

Os investidores iniciaram a semana repercutindo as novas projeções do mercado financeiro para a taxa básica de juros da economia, a Selic, que subiram de 11,5% para 11,75% em 2022 (confira os detalhes ao longo do Central de FIIs). Dois fundos imobiliários – HSI Malls (HSML11) e Mogno Fundo de Fundos (MGFF11) – entram no radar dos investidores, após serem recomendados pelo BB Investimentos.

As recomendações são as novidades da carteira de fundos imobiliários do banco para o mês de janeiro, relatório assinado pelos analistas Richardi Ferreira e Victor Penna.

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Sobre o Mogno FoF, o documento destaca a estratégia de alocação da carteira, que abriga tanto FIIs com potencial de ganho de capital como fundos com foco em renda.

“Atualmente, o portfólio do Mogno FoF possui uma ligeira concentração em fundos do segmento de recebíveis (32%), seguido por lajes e escritórios corporativos (26%) e shoppings (16%)”, detalha Ferreira.

A outra novidade da carteira recomendada do BB Investimentos, o HSI Malls, também está entre os mais promissores para 2022, de acordo com os analistas ouvidos pelo InfoMoney.

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Focado no segmento de shoppings, o fundo tem hoje uma área bruta locável (ABL) de 128 mil metros quadrados. A carteira conta com participação em cinco complexos comerciais, sendo três deles na região metropolitana de São Paulo (SP), um em Maceió (AL) e outro em Rio Branco (AC).

Ferreira destaca o desempenho do fundo em outubro, que impactou no caixa da carteira em novembro. “Os números refletem a melhora dos indicadores operacionais, os quais já se encontram em patamares bem próximos aos observados em 2019, período anterior à pandemia”, destaca.

Em dezembro, a carteira de fundos imobiliários do Banco do Brasil focada em renda teve alta de 5,5% e o portfólio voltado para ganho de capital encerrou o período com elevação de 16,6%, quase o dobro do desempenho do Ifix, que subiu 8,78% no mês passado.

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Maiores altas desta segunda-feira (10):

Ticker Nome Setor Variação (%)
RBRL11 RBR Log Logística 2,41
LVBI11 VBI Logistico Logística 1,76
AIEC11 Autonomy Edifícios Lajes Corporativas 1,64
VIFI11 Vinci Instrumentos Financeiros Títulos e Val. Mob. 1,37
RVBI11 VBI Reits Títulos e Val. Mob. 1,17

Maiores baixas desta segunda-feira (10):

Ticker Nome Setor Variação (%)
XPPR11 XP Properties Outros -4,05
XPCM11 XP Corporate Macaé Lajes Corporativas -2,17
XPML11 XP Malls Shoppings -2,15
PATL11 Pátria Logística Híbrido -1,86
RECT11 Rec Renda Imobiliaria Híbrido -1,82

Fonte: B3

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Dividendos de hoje

Confira os fundos imobiliários que distribuem rendimentos nesta segunda-feira (10):

Ticker Fundo Rendimento
VERE11 Vereda  R$                                              4,26
FIIB11 Industrial Do Brasil  R$                                              3,70
CACR11 Cartesia Recebíveis Imobiliários  R$                                              1,59
EDFO11B Ed. Ourinvest  R$                                              1,52
JPPA11 JPP Allocation Mogno  R$                                              1,40
TGAR11 TG Ativo Real  R$                                              1,23
GGRC11 GGR Covepi Renda  R$                                              0,82
RBLG11 RB Capital Logístico  R$                                              0,80
VTLT11 Votorantim Logística  R$                                              0,75
FVPQ11 Via Parque Shopping  R$                                              0,75
AIEC11 Autonomy Edifícios Corporativos  R$                                              0,61
VSHO11 Votorantim Shopping  R$                                              0,61
ABCP11 Grand Plaza Shopping  R$                                              0,58
PATL11 Pátria Logística  R$                                              0,57
QAGR11 Quasar  R$                                              0,39
ATCR11 Haz  R$                                              0,30
PATC11 Pátria Edifícios Corporativos  R$                                              0,30
NVHO11 Novo Horizonte  R$                                              0,08
RBVO11 Rio Bravo Crédito Imobiliário II  R$                                              0,05

Fonte: InfoMoney

Giro imobiliário: Mercado eleva projeção para os juros em 2022 e fundos imobiliários abandonam IGP-M

Projeções para a taxa Selic este ano sobem de de 11,50% para 11,75%, diz Focus do Banco Central

O mercado financeiro elevou suas projeções para a taxa Selic este ano, de 11,50% para 11,75%. É o que mostra o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (10).

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A expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve, na próxima reunião – que acontece em fevereiro –, a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual, dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano. Para 2023, as estimativas se mantiveram em Selic de 8,00% ao ano.

As novas projeções acontecem em meio a um ambiente de forte pressão inflacionária. Os economistas consultados pela autoridade monetária estimam agora uma inflação de 9,99% em 2021, ante expectativa de 10,01% anteriormente.

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Fim de uma era? Fundos imobiliários abandonam IGP-M para reajustar aluguéis; saiba o que muda para o investidor

Tradicionalmente chamado de “inflação do aluguel”, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) tem perdido o protagonismo nos contratos de locação de fundos imobiliários. A troca por indexadores menos voláteis tem sido uma tendência e já há quem aposte que os dias do IGP-M no mercado imobiliário estejam contados.

Diante da forte elevação do IGP-M nos últimos anos, os fundos imobiliários se deparam cada vez mais com a necessidade de rediscutir o índice de correção dos contratos de locação. Pelo menos cinco trataram do tema nos últimos dois meses.

Tanto os gestores de fundos de “tijolo”, que obtêm renda com o aluguel dos imóveis, quanto os fundos de “papel”, que investem em títulos de renda fixa indexados a índices de inflação, parecem concordar que o tempo do IGP-M no setor imobiliário está chegando ao fim.

“Havia um apego ao IGP-M que vem do passado, do período de hiperinflação, quando os imóveis eram negociados em dólares. O IGP-M responde melhor às oscilações do câmbio”, reflete André Catrocchio, diretor de Risco e Relações com Investidores da Hectare Capital.

“O mercado precisou de uma inflação na casa dos 30% para entender que não faz sentido ficar indexando contrato de aluguel ou de compra e venda com o IGP-M. Desde 2020 já percebemos uma mudança significativa neste cenário. Boa parte das operações hoje está indexada ao IPCA – algo na proporção de 90/10”, afirma Catrocchio.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.