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As ações da Copel (CPLE6) operam sob a expectativa do processo de privatização, mas enfrentam dificuldade em deslanchar na Bolsa. Em 2023, os papéis sobem apenas 1,64%, sendo que em julho recuam 3,01%. No pregão desta quarta-feira (12), as ações caíram 0,61%, indo aos R$ 8,04.
Nessa semana, o noticiário foi agitado para Copel. Seus acionistas aprovaram a reforma do estatuto da empresa que permite a privatização. Entretanto, houve a retirada do item referente à migração da companhia elétrica para o Novo Mercado, como consequência direta da privatização.
Diante deste contexto, o InfoMoney consultou grafistas para destrinchar o atual momento da companhia na Bolsa, com base na análise gráfica. Confira, agora, o que esperar das ações da Copel.
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CPLE6: Análise técnica
Para o curto prazo, o analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, aponta que papel vem dentro de um processo de alta, realizando topos e fundos ascendentes, mas o seu preço começou a “falhar no rompimento da resistência, em R$ 8,30.”
“Com isso, as ações vêm caindo há alguns pregões, mas conseguindo se manter acima da região de suporte imediato, em R$ 8,05“, avalia.
Conforme ele, caso o preço ainda “desenvolva força para se segurar acima dessa região”, pode ocorrer uma retomada da “força compradora”, com projeção para o ativo atingir, novamente, os R$ 8,30.
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Assim, acrescenta o analista, ocorrendo o rompimento da resistência – dos R$ 8,30 – pode-se projetar um possível alvo nos R$ 8,70.
Gráfico diário Copel: outubro/22 a julho/23
No sentido inverso, diz Schrepel, havendo o rompimento da região de suporte, “possivelmente”, o ativo poderá perder a média rápida de 17 períodos e, com isso, abrir oportunidade maior para buscar a região de fundo, em R$ 7,70.
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“Nesse cenário o preço voltaria a testar a LTA (linha de tendência de alta) e, também, já teria dentro dessa mesma região a média de 200 períodos para servir como suporte móvel, podendo ser uma região de defesa compradora.”
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Schrepel chama a atenção, porém, para o nível do Índice de Força Relativa (IFR).
“Mesmo com todo esse contexto apresentado com o zigue-zague ascendente, o indicador (IFR) não seguiu, ou seja, temos neste papel uma divergência de baixa; enquanto o gráfico de preço renova as máximas, o indicador não acompanha.”
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Gráfico semanal Copel: abril/21 a julho/23
Sobre o médio prazo [veja o gráfico semanal acima], ele aponta que o preço de CPLE6 conseguiu confirmar um pivô de alta, “mas perdeu força” no momento em que testou a região de R$ 8,30. Assim, basicamente, a cotação do papel vem dentro de um processo lateral há três semanas.
“Caso o preço perca a média de 17 períodos, abre-se espaço para buscar R$ 7,50 (1) e R$ 7,20 (2). Caso este cenário de queda persista, acredito que a maior atenção precisa ser voltada para R$ 6,55, já que, se perder esse fundo, a queda pode ser grande e confirmar um topo duplo no semanal, com projeção em R$ 6,00 (1) e R$ 5,60 (2)”, diz Schrepel.
CPLE6: Alta no longo prazo
O analista técnico da Top Gain, Matheus Lima, reforça que as empresas do setor de energia elétrica dificilmente passam por longos períodos de desvalorização. E com a Copel não é diferente [veja no gráfico abaixo], que “segue em tendência de alta no longo prazo há muitos anos.”
Gráfico semanal Copel: janeiro/18 a julho/23
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No médio prazo, ressalta ele, o papel está negociando dentro de um canal de alta que acelerou após romper a linha de tendência de baixa, “com um gap de fuga, que também serviu de suporte, no momento da correção, segurando o preço em R$ 7,30, aproximadamente.”
Para Lima, a próxima resistência mais relevante fica no topo anterior, marcado no final do ano passado, quando o papel subiu mais de 25%, a R$ 8,80 – por conta da confirmação, por parte de seu controlador, o Estado do Paraná, de privatizar a companhia.
Gráfico diário Copel: dezembro/21 a julho/23
“O momento atual é super importante pois, nos últimos dias, o papel rompeu a última barreira de preço para poder alcançar o topo anterior, uma resistência no R$ 8, representada pela barra preta [do gráfico acima], onde, visivelmente, o preço respeitou como resistência, nos últimos meses”, avalia Lima.
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