Duas antigas empresas de Eike se enfrentarão na Justiça; AGE da Petrobras e mais 12 no radar

Segundo o Valor; Prumo Logística pede R$ 150 milhões da Eneva por descumprir acordos relacionados ao Porto de Açu; Petrobras esclarece notícia sobre venda de campos e Rumo tem recomendação elevada pelo Santander

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Enquanto o noticiário econômico e político está agitado por conta da Grécia e as votações no Congresso, o noticiário corporativo também segue movimentado nesta quarta-feira (1), na abertura do segundo semestre de 2015.

Em destaque, segundo informações do jornal Valor Econômico, a Prumo Logística (PRML3), antiga LLX, entrou nesta semana no Rio de Janeiro com uma ação de indenização por danos materiais contra a Eneva (ENEV3), ex-MPX. Assim, duas antigas empresas de Eike Batista devem se enfrentar na Justiça.

A Prumo cobra R$ 150 milhões da Eneva por descumprir acordos relacionados à construção de uma linha de transmissão com 50 quilômetros de extensão que ligará o sistema interligado nacional ao Porto de Açu. A ação foi ajuizada na segunda-feira, informa o jornal. 

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Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) também está em destaque. Hoje, a estatal realiza AGE (assembleia geral extraordinária) para aprovar a reforma do estatuto social da companhia e eleição de suplentes no conselho de administração. Entre as mudanças propostas está a criação de cinco comitês para assessorar o conselho de administração (Estratégico; Financeiro; de Auditoria; de Segurança, Meio Ambiente e Saúde; e de Remuneração e Sucessão). Na pauta, também está o fim da possibilidade do presidente da companhia ser representado por apenas um diretor – a diretoria quer propor que a Petrobras seja representada por, no mínimo, dois diretores em conjunto em caso de ausência do presidente.

O plenário do Senado decidiu na terça-feira à noite adiar a análise do projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que desobriga a Petrobras de ser operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração do pré-sal.

A companhia também informou que adiou os campos de Carcará e Júpiter para depois de 2020, disse a companhia em e-mail em resposta à Bloomberg. Segundo relatório de ontem do Bank of America Merrill Lynch sobre a Petrobras, a companhia poderia vender estes dois campos. 

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Ainda no radar da empresa, a Seadrill fará aporte de US$ 1,2 bilhão na Sete Brasil, fornecedora da Petrobras, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

CSN
Segundo comunicado ao mercado, o Conselho de Administração da CSN (CSNA3) aprovou emissão de até R$ 100 milhões de debêntures.  

OGPar
Os debenturistas da OGPar (OGXP3), ex-OGX, aprovaram a liberação de blocos da 11ª rodada para venda.

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Vale ressaltar que, a OGPar, em recuperação judicial, quer encerrar até 31 de julho as tratativas com credores e com a OSX Leasing B.V. para finalizar as operações no Campo de Tubarão Azul e desmobilizar a plataforma FPSO OSX-1. A companhia também teve negado o recurso interposto em processo admnistrativo com a ANP referente a “supostas irregularidades em sistemas de medição da plataforma FPSO OSX-1 em 2012” e, com isso, terá que pagar multa de R$ 3,5 milhões.

Construtoras
A agência de classificação de riscos Fitch rebaixou as notas de crédito das empreiteiras Odebrecht Engenharia e Construção, Construtora Andrade Gutierrez e Construtora Queiroz Galvão, citando em relatório as implicações do escândalo da Operação Lava-Jato. Além disso, foram removidas as observações negativas dos ratings das três companhias e atribuídas perspectivas negativa para as notas. 

“Essas mudanças refletem a percepção da Fitch de que possíveis implicações no fluxo de caixa resultantes da Lava-Jato não devem se materializar nos próximos seis meses”, disse a Fitch em relatório. A perspectiva negativa, por sua vez, é resultado da Lava-Jato e também da deterioração do cenário macroeconômico doméstico. 

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O rating da Odebrecht foi cortado de BBB para BBB-, refletindo a prisão de Marcelo Odebrecht, presidente do grupo. “A Fitch continua preocupada sobre danos à reputação da companhia que possam ser causados no médio prazo no caso de assinatura de novos contratos e obtenção de empréstimos”, disse. Já o rating da Andrade Gutierrez foi rebaixado de BBB- para BB+, perdendo o grau de investimento, enquanto a Queiroz Galvão teve o rating em escala nacional rebaixado de A para A-, refletindo o enfraquecimento de seu balanço e a deterioração da economia brasileira.

Ultrapar
A Ultrapar (UGPA3) comunicou em fato relevante que haverá mudanças em sua diretoria executiva. André Covre passará a ocupar a posição de Diretor-Superintendente da Extrafarma a partir de 20 de julho. 

Pires atuou em posição similar na Gerdau (GGBR4), e possui experiência em instituições de grande porte com cultura de gestão financeira responsável e alcance internacional.

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Multiplan
A Multiplan (MULT3) comunicou que o Conselho de Administração da Companhia deliberou o pagamento de JCP (Juros sobre o Capital Próprio) em um total de R$ 90 milhões, R$ 0,47 por ação.

 As ações serão negociadas “ex juros” a partir de 1 de julho e o pagamento será realizado aos acionistas até 31 de dezembro de 2015. Farão jus ao recebimento de juros sobre o capital próprio os acionistas inscritos nos registros da Companhia em 30 de junho de 2015.

Pine
O Conselho de Administração do Banco Pine (PINE4) aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio referentes ao segundo trimestre de 2015, no montante bruto total de R$ 19 milhões.

 O pagamento será realizado no dia 15 de julho e serão distribuídos R$ 0,1640702034 por ação ordinária ou preferencial. As ações passarão a ser negociadas “ex-direitos” a partir do dia 1 de julho.

Guararapes
O Estado de São Paulo divulgou, no dia 29 de junho, notícia dizendo que a Riachuelo poderá rever o número de abertura de lojas, que seria de 40 unidades neste ano, mas poderá ficar um pouco abaixo de 30, e que o investimento da loja será mantido em torno de R$ 550 milhões. Assim, a Guararapes (GUAR3GUAR4) solicitou esclarecimentos sobre o teor da referida notícia, bem como outras informações consideradas importantes.

A companhia esclarece que, em 2013 e 2014 foram inauguradas, respectivamente, 43 e 45 novas lojas, mas a quantidade de inaugurações este ano passará de 40 para aproximadamente 30 lojas. Assim, a previsão de capex (investimentos) da Companhia para este ano será de aproximadamente R$500 milhões.

Ser Educacional
A Ser Educacional (SEER3) informou na terça-feira a a compra por meio de sua subsidiária Centro Nacional de Ensino Superior(Cenesup), da mantenedora das Faculdade Talles de Mileto (Famil) por 6 milhões de reais.

O contrato prevê pagamento de 3,9 milhões até 15 dias após o fechamento da transação. Haverá outros três pagamentos semestres de 400 mil reais e a última parcela de 900 mil reais, em agosto de 2017. A Famil tem cerca de 350 alunos em duas unidades, em Fortaleza (CE) e Parnamirim (RN), e conceitos institucionais de 3 e 4, respectivamente, conferidos pelo Ministério da Educação.

A Ser Educacional tem unidades da Faculdade Mauricio de Nassau em Fortaleza e Natal e pretende abrir nessas regiões unidades sob a bandeira Joaquim Nabuco, disse a empresa.

“Com essa operação, o Grupo Ser Educacional amplia seu portfólio para 37 unidades presenciais de ensino superior em 12 diferentes estados no Nordeste, Norte e Sudeste do País em 25 cidades”, disse a companhia.

Cerca de 85 por cento dos alunos da Ser estão localizados nas regiões Norte e Nordeste, que serão prioridade na segunda edição do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em 2015.

Rumo
As ações da Rumo Logística (RUMO3) tiveram a sua recomendação elevada de neutra para compra, com o preço-alvo para 2016 de R$ 1,70, em substituição ao preço-alvo de R$ 2,08 de 2015.

“Enquanto mantemos nossa visão de que a visibilidade sobre a geração de caixa de longo prazo (e, portanto, valor intrínseco justo) continua a ser limitada, acreditamos que as expectativas do mercado são agora muito baixos e nós vemos uma assimetria positiva para a companhia. Nós espera que o preço da ação reaja principalmente ao fluxo de notícias que virão pela frente, o que acreditamos será positivo no futuro, com base em: (i) bons resultados trimestrais, sugerindo que a gestão está no caminho certo para entregar guidance para o ano; (ii) de fechamento de linhas de financiamento adicionais; e (iii) a celebração de extensões de concessão, em meados de 2016″, informa o relatório. 

Saraiva
A Saraiva (SLED4) informou que as coleções da Editora Saraiva foram aprovadas pela Secretaria de Educação Básica, órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável por conduzir a avaliação das coleções inscritas no Programa Nacional do Livro Didático para 2016 (PNLD/2016).

Das 26 coleções e duas obras em volumes únicos inscritas pela Editora Saraiva no PNLD/2016, para todas as sete disciplinas que fazem parte do Programa, foram aprovadas 24 coleções, o que representa 92% de aprovação das coleções submetidas, versus 87% obtidos no programa referência (PNLD/2013). 

Renar Maçãs
A Renar Maçãs (RNAR3) comunicou aos acionistas que recebeu comunicado dos acionistas Edgar Rafael Safdié e Siwa Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado Investimento Exterior de que adquiriram ações ordinárias de emissão da Companhia que, em conjunto com as ações ordinárias detidas por pessoas ligadas aos Acionistas Notificantes, passaram a corresponder a 51,27% do capital social total da companhia. Os acionistas possuem a intenção de promover alguma alteração na estrutura administrativa da Companhia até o final do exercício social. 

Tempo Participações
A Tempo Participações informou que Marcos Aurélio Couto foi eleito presidente do Conselho de Administração.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.