Argentina amplia acordo de swap em yuan e BC local intervém no câmbio, dias antes de eleição

"É uma garantia para que a Argentina siga crescendo com produção e trabalho", afirmou o líder argentino

Estadão Conteúdo

BUENOS AIRES, ARGENTINA - MARCH 16: A woman holds 100 Argentine pesos bills at the Buenos Aires Central Market on March 16, 2023 in Buenos Aires Province, Argentina. Official inflation rate hits 102.5% in the last twelve months and it is the worst register since 1991. Inflation, along with corruption and poverty, is one of the main concerns of the Argentinians who will be heading to polls in October to vote for president. (Photo by Tomas Cuesta/Getty Images)

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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, se reuniu nesta quarta-feira, 18, com o da China, Xi Jinping. Em sua conta no X (ex-Twitter), Fernández disse que Xi ratificou a ampliação do acordo de swap de 47 bilhões de yuans (US$ 6,5 bilhões) entre os dois países. “É uma garantia para que a Argentina siga crescendo com produção e trabalho”, afirmou o líder argentino.

Em comunicado, o Banco Central da República Argentina (BCRA) confirma a ativação da segunda parcela do acordo de swap cambial em yuans, “que podem ser aplicados a objetivos de desenvolvimento do comércio bilateral e para a estabilidade dos mercados financeiros na Argentina”.

O presidente do BCRA, Michel Pesece, se reuniu com o do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Pan Gongsheng.

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O quadro no país latino-americano, porém, é de cautela nos mercados, antes do primeiro turno eleitoral marcado para domingo.

O ministro da Economia, Sergio Massa, também candidato governista na disputa, afirmou que a ampliação do acordo de swap com a China fortalece as reservas e dá “capacidade de manobra” ao BCRA nos mercados financeiros, bem como ajuda a “acelerar os pagamentos de importações”, reportou o jornal Ámbito Financiero.

O mesmo diário comentava nesta quarta-feira, 18, que o dólar futuro tinha “baixa forte”, enquanto diminuíam as expectativas de desvalorização cambial. No mercado paralelo, o chamado dólar blue recuava nesta manhã.

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Já Martín Castellano, diretor de pesquisa em América Latina do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), comentou no X que o acordo com a China era, na sua avaliação, um empréstimo custoso de curto prazo, com usos limitados. Na avaliação dele, essa medida com foco no curto prazo “poderia retardar o ajuste e atender os próximos pagamentos ao FMI ao custo de desequilíbrios maiores em 2024”.

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