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A revista norte-americana Time anunciou nesta quarta-feira (7) o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como a “Pessoa do Ano” por representar “o espírito” de seu país – também destacado pela publicação.
“A escolha desse ano foi a mais clara ‘memória do homem’. Mesmo que as suas reações à batalha pela Ucrânia sejam de esperança ou de terror, Zelensky atuou no mundo de uma maneira que não víamos há décadas. A sua ofensiva midiática retomou o equilíbrio geopolítico iniciando uma onda de ação que afetou todo o globo”, justificou a revista.
Ao longo de uma extensa matéria sobre uma viagem de trem com o mandatário até Kherson, primeira cidade a cair sob ocupação das tropas russas em fevereiro e recentemente retomada pelos ucranianos, a Time ressalta que a decisão de não fugir do país logo após os ataques de 24 de fevereiro foram determinantes para o andamento do conflito.
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TIME's 2022 Person of the Year: Volodymyr Zelensky and the spirit of Ukraine #TIMEPOY https://t.co/06Y5fuc0fG pic.twitter.com/i8ZT3d5GDa
— TIME (@TIME) December 7, 2022
Citando presidentes que fugiram recentemente, como no caso de Ashraf Ghani no Afeganistão, a revista destaca que “não havia muito na biografia de Zelensky que poderia prever sua vontade de ficar e lutar”.
“Ele nunca serviu militarmente ou mostrou interesse nesse tipo de assunto. Ele era presidente apenas desde abril de 2019. Seus instintos profissionais derivaram de uma vida como ator nos palcos, um especialista na improvisação da comédia, e como produtor de filmes”, ressalta.
No entanto, conforme a Time, essa experiência no mundo do cinema “teve suas vantagens”.
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“Zelensky é adaptável, treinado para não perder a calma sob pressão. Ele sabe como ler uma plateia e reagir de acordo com expectativas e humores. Agora, a sua audiência era o mundo e ele estava determinado em não desapontar ninguém. Sua decisão de ficar mesmo com o componente de seu possível assassinato marcou um exemplo, tornando mais difícil para seus subordinados abandonar e correr”, destaca.
A publicação ainda ressalta o uso massivo do celular como meio de comunicação com o povo ucraniano e mundial, além de líderes globais e dos discursos feitos em diversos eventos internacionais ao longo dos nove meses de guerra.
Mulheres iranianas
A revista Time ainda deu um reconhecimento para as mulheres iranianas como as “heroínas do ano” por conta da sua luta por mais direitos.
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Desde a morte da jovem Mahsa Amini, 22 anos, em setembro, sob custódia da polícia da moral e dos bons costumes por não usar o véu islâmico corretamente, milhares de pessoas foram às ruas para pedir por justiça e pelo fim das restrições de vestimenta para elas em vigor desde a Revolução de 1979.
Lembrando de movimentos dos últimos anos, a publicação destacou a força das mais jovens, que marca uma mudança de época. .