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O setor público consolidado fechou o mês de fevereiro com déficit primário de R$ 26,5 bilhões, ante superávit de R$ 3,5 bilhões no mesmo mês de 2022, informou nesta sexta-feira (31) o Banco Central. O dado veio baixo do consenso Refintiv, que esperava déficit de R$ 30,0 bilhões no mês.
Segundo o BC, no Governo Central houve déficit de R$ 39,2 bilhões, enquanto os governos regionais tiveram superávit de R$ 11,8 bilhões e as empresas estatais registraram em fevereiro saldo positivo de R$ 938 milhões em sua contas.
Nos últimos doze meses até fevereiro, o setor público consolidado obteve superávit de R$ 93,2 bilhões, o equivalente a 0,93% do PIB, e 0,31 p.p. inferior ao superávit acumulado até janeiro.
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O montante dos juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somou R$ 64,2 bilhões em fevereiro de 2023, comparados a R$ 26,0 bilhões em fevereiro de 2022.
Contribuiu para esse aumento o resultado das operações de swap cambial (ganho de R$ 28,4 bilhões em fevereiro de 2022 e perda de R$ 4,6 bilhões em fevereiro de 2023).
No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$ 659,1 bilhões (6,54% do PIB) em fevereiro de 2023, comparativamente a R$ 422,5 bilhões (4,70% do PIB) nos doze meses até fevereiro de 2022.
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O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 90,6 bilhões em fevereiro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 565,9 bilhões (5,62% do PIB), elevando-se 0,64 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado até janeiro.
Dívida
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 56,6% do PIB (R$5,7 trilhões) em fevereiro, elevando-se 0,5 p.p. do PIB no mês.
Esse resultado refletiu, sobretudo, os impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,3 p.p.), do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,4 p.p.), e do efeito da desvalorização cambial de 2,1% no mês (redução de 0,3 p.p.).
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No ano, a redução de 0,4 ponto porcentual. na relação DLSP/PIB decorreu do crescimento do PIB nominal (redução de 0,9 p.p.), do superávit primário (redução de 0,7 p.p.) e dos juros nominais apropriados (aumento de 1,2 p.p.).
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu 73,0% do PIB (R$7,4 trilhões) em fevereiro de 2023, um aumento de 0,5 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
Essa evolução no mês decorreu, principalmente, de juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), das emissões líquidas de dívida (aumento de 0,2 p.p.), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.).
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No ano, o crescimento de 0,1 p.p. na relação DBGG/PIB resultou, em especial, dos juros nominais apropriados (aumento de 1,3 p.p.) e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 1,2 p.p.).