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SÃO PAULO – As gestoras RBR Asset Management e Mogno Capital decidiram capitanear uma campanha para doação de uma parte da receita obtida com a gestão de fundos imobiliários para organizações sociais.
Desde dezembro, quando foi realizado o IPO do fundo RBR Properties (RBRP11), do qual a Mogno é investidora, a RBR passou a doar 1% da receita gerada pela taxa de gestão para o Instituto Sol, uma ONG voltada para projetos sociais na área de educação.
A receita pertenceria à gestora, sem impacto sobre os cotistas do fundo, observa Ricardo Almendra, CEO da RBR. A proposta, agora, é que a iniciativa ganhe corpo no mercado financeiro.
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“Começou pelo RBR Properties, mas a ideia é, ao longo da vida da RBR, termos todos os nossos fundos fazendo alguma doação para algum instituto ou causa na qual a gente acredite e acompanhe. Vai ser parte da nossa cultura, um planejamento estratégico de longo prazo para implantar na RBR”, diz Almendra.
Segundo ele, a doação não tem data para acabar, dada a natureza do fundo, que é listado e de prazo indeterminado.
Daniel Caldeira, sócio da Mogno, complementa que a destinação de uma receita por meio de um veículo fechado gera uma estabilidade interessante para o Instituto Sol e outras organizações, no futuro.
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Instituição privada, sem fins lucrativos, o Instituto Sol foi fundado com o objetivo de oferecer oportunidades para que jovens de baixa renda possam ter acesso a ensino de qualidade, mentores e orientadores.
A organização seleciona, anualmente, jovens que estejam cursando o nono ano do ensino fundamental na rede pública e que queiram e tenham potencial para ingressar em uma das melhores escolas particulares de São Paulo.
O ciclo de apoio começa na preparação para o ingresso no ensino médio e segue durante o ensino superior até a entrada no mercado de trabalho.
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Almendra, que está no conselho do Instituto Sol, conta que a ONG assiste hoje 30 jovens e pretende alcançar o número de 100. “Acompanhamos o jovem por um ciclo de oito a nove anos, o que inclui ensino médio, faculdade e curso preparatório, se necessário. Ajudamos na partes pedagógica e psicológica, com educação vocacional, saúde e transporte.”
Associação de gestoras
Paralelamente, as duas gestoras estão promovendo uma iniciativa para formar uma associação que congregue gestores de fundos imobiliários.
RBR e Mogno pretendem liderar a agregação e convidar cerca de 20 gestores para que a associação possa discutir pautas que julgarem relevantes para a indústria e atuar em conjunto em ações de impacto social.
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Entre as iniciativas, estará a proposta de que outros associados abracem a causa por meio de doações de parte da taxa de gestão para instituições de finalidades sociais. “A associação estará aberta para todos do setor terem um fórum para discutir nossas prioridades”, assinala Caldeira.
Entre os pleitos atuais, estão as discussões sobre o papel do gestor e do administrador dentro de um fundo. Almendra destaca que o primeiro deveria ganhar importância na estrutura. Temas como a concentração em cada ativo dentro de um fundo imobiliário, tributação sobre ganho de capital e a possibilidade de operar vendido em FIIs também respondem pelas principais demandas de discussões.
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