“Urnas eletrônicas são patrimônios nacionais”, diz Alexandre de Moraes

“O resultado foi proclamado e será aceito. Aqueles que foram eleitos serão diplomados e tomarão posse”, afirmou o presidente do TSE

Fábio Matos

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, durante coletiva de imprensa no Centro de Divulgação das Eleições.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, fez um discurso enfático em defesa do sistema eletrônico de votação no Brasil, na noite deste domingo (30), após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.

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Ao lado dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, Moraes disse que as urnas eletrônicas são “patrimônios nacionais” e rechaçou a possibilidade de qualquer contestação aos resultados do pleito.

“Urnas eletrônicas são patrimônios nacionais. Espero que cessem as agressões ao sistema eleitoral, os discursos fantasiosos, as notícias criminosas contra as urnas eletrônicas. Quem atestou novamente a credibilidade das urnas eletrônicas foi o povo brasileiro”, afirmou o presidente do TSE.

“Não vislumbramos nenhum risco real de nenhuma contestação. O resultado foi proclamado e será aceito”, prosseguiu Moraes. “Aqueles que foram eleitos serão diplomados no dia 19 de dezembro e tomarão posse em 1o. de janeiro. Risco nenhum.”

Ao exaltar as urnas eletrônicas, Moraes foi muito aplaudido pelas pessoas que acompanhavam o pronunciamento – muitos eram servidores do próprio TSE. O público entoou gritos de “Xandão”, em alusão ao apelido que parte dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) usa para se referir a Moraes.

Em diversos momentos ao longo de seu mandato, Bolsonaro travou uma batalha com a Justiça Eleitoral – especificamente com Moraes – e endureceu o discurso contra a votação eletrônica, colocando sob suspeição a transparência e a segurança do processo eleitoral no país.

Segundo o chefe da Justiça Eleitoral, as eleições deste domingo foram “pacíficas” e “tranquilas”, sem grandes problemas durante o dia em todo o país. Moraes elogiou a agilidade do tribunal para totalizar os votos e divulgar o resultado da eleição.

“[A eleição] Se encerra com a vitória da democracia, da sociedade, dos eleitores que compareceram. Não existe país no mundo que três horas e 40 minutos depois do término das eleições proclama o resultado com absoluta segurança, eficiência e competência”, afirmou.

Abstenção menor

Durante o pronunciamento, Alexandre de Moraes destacou dois fatores nas eleições deste ano: o recorde de votos nos dois candidatos finalistas, por um lado, e a queda da abstenção no segundo turno em relação ao primeiro.

“Além do maior número de votos da história nos dois candidatos, tivemos uma diminuição da abstenção do segundo turno em relação ao primeiro. Em todas as eleições anteriores, houve sempre um aumento”, disse. “Em 2022, tivemos 75,86% do eleitorado efetivamente escolhendo um dos dois candidatos.”

Moraes ressaltou o índice de abstenção do segundo turno: 20,56%, ante 20,91% no primeiro turno. Em 2018, por exemplo, a abstenção no segundo turno foi maior que no primeiro: 21,30% a 20,33%.

“Não houve aumento da abstenção do Nordeste, ao contrário do que veiculava uma proliferação de notícias que foram divulgadas”, disse Moraes. “A abstenção, que no Nordeste já é menor que a média nacional constantemente, no primeiro turno foi 19,53%, e no segundo turno, 19,29%.”

Telefonema para Lula e Bolsonaro

Alexandre de Moraes revelou ter telefonado tanto para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quanto para o candidato derrotado no segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em seu pronunciamento, o presidente do TSE fez uma menção especial ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que estava ao seu lado, pelo “compromisso com a democracia”.

Moraes também agradeceu às Forças Armadas, que, de acordo com o ministro, ajudaram a garantir a segurança do processo eleitoral e o transporte das urnas pelo país.

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