Haddad diz que apresentará alternativa à desoneração da folha após aprovação da reforma tributária

Ministro da Fazenda tem argumentado que medida fere a Constituição

Reuters

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em audiência pública na Câmara dos Deputados (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta segunda-feira (11), que apresentará proposta alternativa à desoneração da folha salarial de empresas depois que o Congresso votar a reforma tributária sobre o consumo.

Após o governo ter vetado a prorrogação do benefício tributário a setores específicos, Haddad afirmou a jornalistas que o plano alternativo já foi submetido e aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não antecipou o teor da medida.

A reforma tributária retornou à Câmara após aprovação no Senado e há expectativa de apresentação do parecer sobre o tema nesta semana. O calendário de trabalho do Congresso prevê atividade parlamentar até a próxima semana, quando será iniciado o recesso de fim de ano.

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Lula vetou integralmente, em novembro, o projeto que prorrogava até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, em decisão que acompanha os esforços de ajuste nas contas públicas liderados por Haddad.

O Congresso Nacional fará uma sessão conjunta de deputados e senadores nesta semana, com expectativa de derrubada do veto presidencial à prorrogação da desoneração.

Haddad e sua equipe vêm argumentando que a medida fere a Constituição, justificando que seria necessário buscar outro caminho de diálogo com as empresas.

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Na entrevista, o ministro afirmou ainda que o governo poderá apresentar novas iniciativas fiscais com objetivo de melhorar a trajetória das contas públicas, se necessário.

“É uma construção que você vai fazer mês a mês, acompanhar a arrecadação, se tiver que tomar novas medidas, nós vamos tomar. A Fazenda está sempre seis meses, um ano adiantada em relação à agenda de hoje”, afirmou ao ser questionado se é possível alcançar o déficit primário zero em 2024.

Após ter se reunido com Lula, Haddad disse que o tema do encontro foi a pauta de votação de medidas pelo Congresso nesta semana, ressaltando estar confiante em relação à chance de aprovação dos textos após negociações com parlamentares.

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Entre as medidas em análise pelo Congresso está a que regulamenta a forma como subvenções estaduais a empresas geram benefícios tributários federais, iniciativa com impacto de aproximadamente 35 bilhões de reais em 2024.

Também estão em tramitação o projeto que cria uma taxação para apostas online, a mudança no mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e indicações de diretores ao Banco Central, além dos projetos de Orçamento do ano que vem.

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