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O ex-primeiro ministro britânico Boris Johnson demonstrou mais uma vez seu apoio à Ucrânia e afirmou que vê a vitória do país de Volodymyr Zelensky na guerra contra a Rússia como inevitável, apesar de não ser algo fácil a se conquistar.
Em participação na Expert XP 2023, o líder do Partido Conservador Britânico afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, tem acumulado derrotas que não esperava antes do início do conflito.
Segundo Johnson – que na abertura de sua fala se definiu como um defensor das democracias liberais -, nas próximas semanas é esperado que o exército ucraniano siga fortalecendo suas posições ao sul do país para enfraquecer a movimentação das tropas russas na região da Crimeia.
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Johnson enumerou vitórias recentes das forças armadas ucranianas, apoiadas pelos Estados Unidos e parcela majoritária dos países europeus, na defesa das cidades de Kerson, Kharkiv e da capital, Kiev, como sinais do avanço do país contra a invasão iniciada no fim de fevereiro de 2022.
Durante o painel, o político britânico disse que não há condições de a Ucrânia abrir negociações com Putin por um acordo pelo fim da guerra, uma vez que o presidente russo não inspira confiança, e persiste em manter uma falsa “aura indestrutível”.
Ele deu o exemplo do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ex-aliado de Putin, morto recentemente após um acidente aéreo sob circunstâncias que estão sendo investigadas e levantaram suspeitas na comunidade internacional. Outras nove pessoas que estavam a bordo do jato que fazia a rota entre Moscou e São Petersburgo também morreram.
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“O que aconteceu com Prigozhin não foi fruto de uma falha na aeronave, produzida no Brasil e 100% confiável. Todos sabemos que Putin o executou perante os olhos do mundo”, disse.
“Alguém aqui, algum homem de negócios, fecharia um acordo com Putin? Vocês acham que ele é capaz de manter o que diz?”, perguntou à plateia.
Johnson não vê riscos de uma escalada nuclear do conflito por iniciativa russa, uma vez que isso, na sua avaliação, poderia refletir diretamente na perda de apoio chinês e de outros países da comunidade internacional, que têm dado a Moscou o “benefício da dúvida”, ao não se posicionar de maneira contundente sobre o conflito.
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Além disso, a utilização de armamento nuclear não garantiria uma vitória instantânea sobre os ucranianos, na visão de Johnson.
Ainda que, na sua opinião, o presidente russo esteja perdido com o rumo dos acontecimentos, Johnson disse que a comunidade internacional não deve se preocupar com o futuro político de Putin neste momento, e pediu que o Ocidente “dê aos ucranianos as ferramentas necessárias para que eles terminem essa missão”.
Ele também destacou apoio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao exército ucraniano e apoio de brasileiros ao país no conflito.
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“Quero agradecer o apoio das pessoas do Brasil ao povo ucraniano. É algo a se destacar. A vitória ucraniana vai acontecer. Será algo difícil, mas ao mesmo tempo inevitável. Os ucranianos estão lutando por seus familiares e por sua nação. Esse sentimento provavelmente é o que de mais forte pode existir”, afirmou.
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