Verde: busca por ativos de maior risco deve continuar mesmo com Selic em 5%

Em janeiro, o fundo multimercado Verde FIC FIM rendeu 0,68%, ante variação de 0,15% do CDI

Mariana Zonta d'Ávila

Luis Stuhlberger, gestor da Verde Asset, durante a Expert 2019
Luis Stuhlberger, gestor da Verde Asset, durante a Expert 2019

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SÃO PAULO – A inflação persistente somada a um coro pela volta do auxílio emergencial e o desafio de endereçar a vacinação no Brasil contribuem para uma expectativa mais alta de juros ao fim do ano. Ao menos é o que defende a Verde Asset.

Em carta enviada aos cotistas referente ao mês de janeiro do multimercado Verde, a renomada gestora de Luis Stuhlberger assinala que, embora o mercado acionário pareça capaz de absorver o ciclo de alta da Selic, o conforto não é ilimitado.

A avaliação é de que uma taxa de juros na casa dos 5% ao ano, “ainda bem abaixo do que indica o mercado futuro”, não é capaz de desacelerar o processo “secular” de mudança dos portfólios de investidores brasileiros, na busca por ativos de risco, mas que este deve ser um questionamento recorrente ao longo do ano.

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A evolução da pandemia, com novas variantes do coronavírus ao redor do mundo, e o movimento de forte volatilidade da Bolsa americana em meio ao caso GameStop também foram temas discutidos na breve carta deste mês, e que devem ser monitorados pelos investidores nos próximos meses.

Em janeiro, o fundo Verde FIC FIM rendeu 0,68%, ante variação de 0,15% do CDI.

Entre os principais ganhos estiveram as posições tomadas (que ganham com a alta das taxas) em juros, tanto no Brasil quanto na Europa. A pequena posição comprada em dólar via opções e o livro de ações brasileiras também trouxeram contribuição positiva, aponta a asset. Já as perdas partiram especialmente da posição em bolsa global.

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Criado em 1997, o fundo Verde acumulou valorização de 18.601,56% até 2020, bem distante da variação de 2.223,70% do CDI. Apenas em 2020, o fundo rendeu 3,94%, ante 2,77% do principal benchmark de renda fixa.

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