Token de renda fixa que rende o dobro da Selic chega ao mercado a partir de R$ 10

Ativo é fatia digital de uma nota comercial emitida por empresa do ramo de logística reversa – o primeiro do tipo com autorização da CVM

Paulo Alves

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O investidor brasileiro já se prepara para o começo da redução dos juros no Brasil, mas a renda fixa ainda continua atrativa – principalmente na forma de tokens. Nesta quinta-feira (15), a SMU Investimentos lança no mercado secundário o primeiro token de renda fixa que conta com aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O retorno é atrativo, de 2,25% ao mês, quase o dobro da Selic atual.

O token se refere a uma fatia de uma nota comercial emitida pelo Grupo Muda, especializado em logística reversa, gestão de resíduos e economia circular. O ativo chega ao mercado secundário após sua oferta primária arrecadar R$ 600 mil, 20% a mais do que os R$ 500 mil inicialmente almejados.

No mercado secundário, o comprador pode adquirir tokens a partir de R$ 10, bem abaixo do mínimo de R$ 1 mil exigido na oferta primária, e pode usufruir do mesmo retorno de 2,25% ao mês, com pagamentos trimestrais depositados na conta do Mercado de Startups SMU. O investimento tem vencimento de 18 meses.

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“A infraestrutura que construímos para o Mercado de Startups da SMU faz a liquidação dos tokens negociados de forma automática e tem a robustez necessária para que os pagamentos da renda fixa, sejam feitos na própria carteira do investidor, que poderá realizar seus saques de forma segura, com respaldo da CVM” afirma Pedro Rodrigues, CEO do Mercado de Startups SMU.

As notas comerciais são títulos de curto prazo e geralmente oferecem rendimentos mais altos em comparação com outros investimentos como certificados de depósito bancário (CDBs) ou títulos do governo. “Por serem emitidas por empresas de boa reputação e com baixo risco de crédito, esse tipo de operação oferece a investidores a oportunidade de investir em empresas estáveis e confiáveis”, finaliza.

Trata-se do primeiro produto tokenizado do País a ser disponibilizado ao mercado seguindo a orientação divulgada pela CVM em ofício publicado em abril.

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No documento, a autarquia passou a considerar a maioria dos tokens de renda fixa como valores mobiliários, impondo que ofertas só podem ser feitas mediante licença de crowdfunding – algo que a SMU já possuía, junto com BEE4 e Vórtx QR Tokenizadora, todas participantes do sandbox (ambiente de testes) da CVM.

Segundo a SMU, sua plataforma de negociação secundária é também a única que conta com a permissão da CVM para operar com o sistema de order book, de modo similar à Bolsa de Valores e às corretoras de criptomoedas. Aprovado no âmbito do sandbox, o sistema não pode, em tese, ser replicado por empresas que estão fora do programa de experimentação do regulador.

Paulo Alves

Editor de Criptomoedas