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Após terem iniciado a sessão desta quarta-feira (15) subindo, as taxas de praticamente todos os títulos públicos negociados no Tesouro Direto avançaram um pouco mais durante a tarde.
Entre os destaques do dia está a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) de acelerar a redução do volume de compra de ativos, processo conhecido como tapering, em US$ 30 bilhões por mês, após ter dado o pontapé inicial para a diminuição da compra de ativos na última reunião de seu comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês).
A taxa de juros americana foi mantida entre 0% e 0,25% ao ano. Depois que o programa de compra de títulos for encerrado, provavelmente em março, no entanto, o BC americano pode começar a aumentá-la.
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Nos mercados locais, após o anúncio do Fed, o Ibovespa passou a operar com folga no terreno positivo, mas a movimentação durou pouco e o indicador voltou para baixo dos 107 mil pontos.
No Tesouro Direto, na atualização das 15h30, os juros do Tesouro Prefixado 2024 avançavam de 10,78% ao ano, contra os 10,71% verificados pela manhã.
Já entre os papéis atrelados à inflação, os retornos reais oferecidos pelo Tesouro IPCA+ 2035 e 2045 eram de 5,08% ao ano, frente aos 5,06% da primeira atualização do dia. Da mesma forma, os papéis com vencimento em 2055 e com pagamento de juros semestrais ofereciam remunerações reais de 5,14% ao ano, também acima dos 5,11% desta manhã.
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Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos na tarde desta quarta-feira (15):
IBC-Br e IGP-10
O foco do mercado hoje está na apresentação do IBC-Br. Segundo o Banco Central, o indicador teve queda de 0,40% em outubro frente a setembro, de acordo com dado dessazonalizado.
A projeção, segundo pesquisa Refinitiv, era de queda de 0,20% na comparação mensal, enquanto o consenso Bloomberg apontava para uma baixa mais expressiva, de 0,40% frente setembro e de 0,7% na comparação anual.
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O dado efetivo, por sua vez, mostrou queda de 1,48% na base anual. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o índice sobe 4,19%.
Também na agenda econômica, os investidores monitoram os números do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), que caiu 0,14% em dezembro na comparação com o mês anterior. A expectativa, segundo projeção de analistas da Refinitiv, era de queda de 0,5% na base mensal.
Os dados foram apresentados hoje pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e apontaram também que o índice subiu 17,30% ao longo de 2021. Um ano antes, o indicador tinha avançado 24,16% em 12 meses.
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Esse é o primeiro índice geral a apresentar os dados de todo o ano de 2021.
PEC dos Precatórios, aumento do funcionalismo público e censo 2022
Na agenda política, o foco do mercado está na PEC dos Precatórios. Deputados agora analisam os destaques apresentados pelas bancadas ao texto – ou seja, sugestões de modificação à versão aprovada. Depois disso, a PEC ainda precisa ser votada em segundo turno para seguir para promulgação.
Ontem à noite (14), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, por 327 votos a 147 e uma abstenção, o texto-base da PEC dos Precatórios no mesmo teor que veio do Senado Federal.
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A proposta abre espaço fiscal superior a R$ 100 bilhões no Orçamento de 2022, a partir da limitação do pagamento de precatórios – que são dívidas da União reconhecidas pelo Poder Judiciário e sem possibilidade de recurso – e de uma mudança na metodologia de cálculo da regra do teto de gastos.
Também na agenda política, os reajustes para o funcionalismo públicos voltaram a gerar preocupação entre investidores. Segundo apuração do jornal Valor Econômico, com a pressão do Palácio do Planalto, a equipe econômica negociou ontem (14), em reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), um limite máximo a ser destinado aos aumentos salariais.
A pasta da Economia, de acordo com o jornal, acredita que é menos danosa a ideia de concentrar os aumentos em alguns grupos, como as forças de segurança. Conforme apontaram fontes ouvidas pelo periódico, ontem o Ministério da Justiça apresentou uma proposta que trazia que um realinhamento de carreiras teria um custo de R$ 2,8 bilhões no ano que vem e de R$ 11 bilhões até 2024.
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Também na seara política, o Ministério da Economia garantiu ao IBGE que não faltarão recursos para o Censo em 2022. A verba necessária, de R$ 2,3 bilhões, foi parcialmente cortada em relatório recente da Câmara, o que colocou em xeque a pesquisa pelo terceiro ano seguido.
O Censo deveria ter sido realizado em 2020, mas deixou de ser feito por causa da pandemia.
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