Tesouro Direto: taxas de títulos de inflação caem para até 5,47% com repercussão do IPCA-15

Os juros dos títulos públicos de renda fixa caem nesta terça-feira (28), dia de divulgação da prévia da inflação de novembro, o IPCA-15, que veio acima do que o mercado esperava.

Mais cedo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o IPCA-15 avançou 0,33% após ter registrado alta de 0,21% em outubro. Segundo o consenso Refinitiv de analistas, a previsão do mercado era de alta de 0,30%. Na comparação anual, o indicador avançou 4,84% ante 4,80% estimados por analistas.

Para a BCG Liquidez, porém, o resultado foi positivo. “Continuamos com a nossa visão de um cenário de desinflação constante, reforçada pelos bons resultados de hoje na inflação de serviços subjacentes e na média da inflação dos núcleos”, diz Rafael Costa, analista e integrante do time de estratégia macro da BGC Liquidez.

No entanto, o especialista alerta para o avanço nos preços de alimentos, que pode surpreender negativamente nos próximos meses. O grupo Alimentação e bebidas teve o maior impacto (0,17 ponto percentual) no índice ao subir 0,82% em novembro.

Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, classificou o indicador como “um pouco pior” que o observado há um mês, “apesar de seguir em um nível ainda tranquilo”.

No Tesouro Direto, o título de inflação com vencimento em 2029 entregava juro real de 5,47% ao ano na primeira atualização do dia, às 9h26, contra 5,51% no início da sessão de ontem. A taxa do Tesouro IPCA+ 2045 caía de 5,80% para 5,77%, enquanto a do Tesouro IPCA+ 2055 recuava de 5,78% para 5,76%.

Já o Tesouro Prefixado 2033 tinha rentabilidade de 10,94% ante 11,09% ontem. A taxa do Tesouro Prefixado 2029 caía de 10,88% para 10,74%. Já o prefixado com vencimento em 2026 entregava rentabilidade anual de 10,15% contra 10,23% na véspera.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta terça-feira (28):