Tesouro Direto: juros caminham em direções mistas com produção industrial e falas de dirigentes do BC no radar

Taxas do Tesouro Direto seguem movimento da curva americana de juros

Leonardo Guimarães

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A sexta-feira (1) do mercado brasileiro de renda fixa é marcada por números da indústria local e falas de dirigentes do Banco Central. Com isto, as taxas de papéis curtos caem, enquanto os juros dos títulos longos sobem.

A produção industrial brasileira registrou alta de 0,1% em outubro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais cedo. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 1,2%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,3% na variação mensal e de 1,3% na base anual.

Investidores ainda repercutem falas de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, e Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica do BC. Ontem, Galípolo disse que a autoridade monetária tem feito um esforço para ancorar completamente as expectativas de inflação do mercado.

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“Esse é um ponto de bastante esforço e endereçamento de esforços do Banco Central, para que exista essa convergência, para que a gente tenha uma reancoragem total, e não parcial, das expectativas”, afirmou Galípolo, durante um evento organizado pelo banco JPMorgan, em São Paulo.

Hoje, Guillen disse que há um debate em diversos locais do mundo sobre a velocidade da desinflação de núcleos – se será mais rápida ou mais lenta – e sua relação com políticas contracíclicas. Ele lembrou que a maioria dos países segue com expectativas de inflação acima de suas metas, mas caindo nos últimos meses.

Mais tarde, às 13h, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, discursa em evento. O mercado ficará atento a sinais sobre os próximos passos da política monetária dos EUA.

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No Tesouro Direto, o prefixado de curto prazo, com vencimento em 2026, pagava 10,02% ao ano na primeira atualização do dia, às 9h21, contra taxa de 10,14% no início da sessão de ontem. O juro anual do Tesouro Prefixado 2029 caía de 10,66% para 10,64%. Por outro lado, a rentabilidade do Tesouro Prefixado 2033 avançava de 10,85% para 10,90%.

O movimento reflete a curva de juros americana. Os treasuries abriram a sessão em queda, mas logo reduziram as perdas, especialmente nos vértices mais curtos.

Dos seis títulos do Tesouro IPCA+, três apresentam estabilidade nas taxas – os papéis com vencimento em 2029, 2032 e 2035 –, enquanto os juros da outra metade têm leve alta, de até 0,02 ponto percentual.

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Confira os preços e as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta sexta-feira (1):