Novo título público para economizar para os estudos, Tesouro Educa+ poderá ser comprado a partir desta 3ª

A aplicação mínima será por volta de R$ 30 e serão disponibilizados 16 títulos. Tesouro Nacional diz que não exigirá comprovação da destinação dos recursos

Bruna Furlani

Ilustração

Publicidade

Depois de 20 anos sem lançamentos de produtos, o Tesouro Nacional coloca nesta terça-feira (1) nas prateleiras do Tesouro Direto um segundo novo título público. Depois do Tesouro RendA+, papel destinado às economias para a aposentadoria, agora estará disponível também o Tesouro Educa+, voltado a quem quer guardar dinheiro para custear os estudos.

Os papéis já estão disponíveis para o investidor adquirir, assim como o simulador do site que ajudará nos cálculos de quanto investir e em qual título, segundo informações divulgadas pela B3 e pelo Tesouro Nacional.

A ideia é de que as famílias possam escolher entre os títulos disponíveis, de acordo com ano de vencimento, para acumular os recursos que permitirão ter uma renda adicional para pagar os estudos de um filho, por exemplo.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Embora tenha sido desenvolvido pensando nas economias para educação, os recursos acumulados com o Tesouro Educa+ estarão livres para serem usados para outros fins, segundo a assessoria de imprensa do Tesouro Nacional.

Um estudante de universidade pública, por exemplo, poderia utilizar os valores para bancar a moradia. Um intercâmbio ou até mesmo a abertura de um negócio também poderiam ser cobertos com o investimento. Não serão exigidas comprovações de destinação dos recursos.

Leia também:

Continua depois da publicidade

Tesouro RendA+: confira 13 principais dúvidas sobre o novo título para aposentadoria do Tesouro Direto

Os papéis terão a remuneração atrelada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), assim como ocorre com os títulos do tipo Tesouro RendA+, que foram lançados no fim de 2022 e estão disponíveis para o investidor desde janeiro.

Os novos papéis se parecem com os títulos do tipo Tesouro IPCA+, já tradicionais no Tesouro Direto. A diferença está na forma de recebimento dos recursos de volta. Ao contrário dos títulos clássicos de inflação, em vez de receber os recursos todos de uma vez no vencimento, o Tesouro Educa+ fará os pagamentos em fluxos mensais ao longo de cinco anos, sempre a partir do dia 15 de janeiro do ano de conversão.

Continua depois da publicidade

É o mesmo mecanismo presente no Tesouro Renda+, voltado à aposentadoria. No caso desse papel, no entanto, o recebimento dos recursos acontece em 20 anos de fluxo de renda mensal.

Inicialmente, a B3 informa que serão disponibilizados 16 títulos do tipo Tesouro Educa+, com a primeira conversão – ou seja, a data que marca o início do período de pagamentos – em 2026 e a cada ano subsequente, até 2041.

Assim, se o investidor adquirir um Tesouro Educa+ com data de conversão prevista para 2026, receberá fluxos mensais recorrentes por cinco anos a partir de 15 de janeiro de 2026. A aplicação mínima será por volta de R$ 30.

Publicidade

Confira os papéis do Tesouro Educa+ disponíveis para os investidores na manhã desta terça-feira (1) no Tesouro Direto e suas respectivas taxas: 

Quanto vai custar?

Como o foco da aplicação é que investidores guardem dinheiro para financiar os estudos, sejam de graduação, especialização ou qualquer outra natureza, o investimento terá uma carência de 60 dias. Após esse período, o Tesouro Nacional diz que será possível vender os títulos a preço de mercado.

Já se forem levados até o vencimento, os investidores terão como benefício extra a isenção da taxa de custódia na B3, se o fluxo mensal a ser recebido for equivalente a até quatro salários mínimos. Se o valor for ultrapassado, haverá a cobrança de uma taxa de 0,10% ao ano referente ao excedente.

Continua depois da publicidade

Por outro lado, se ocorrer a venda antecipada do título, a cobrança da taxa de custódia ocorrerá de forma regressiva: de zero a sete anos terá incidência de taxa de 0,50% ao ano sobre o valor vendido, de sete a 14 anos a taxa será de 0,20% ao ano e acima de 14 anos, de 0,10% ao ano.

Lembrando que o vencimento do título só irá ocorrer após pagamento dos 60 fluxos mensais, correspondentes a cinco anos.

Outras iniciativas do TD

Os investimentos no Tesouro Renda+, voltado à aposentadoria, atingiram R$ 808,2 milhões em estoque em junho deste ano, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Já as emissões somaram R$ 130,70 milhões no mesmo período.

Publicidade

Ao todo, o RendA+ respondeu por 3,4% do montante vendido em todo o Tesouro Direto em junho. Entre os títulos com retorno atrelado à inflação, o título mais buscado pelas pessoas foi o Tesouro IPCA+ (16,85%), seguido pelo Tesouro IPCA+ com juros semestrais, com 4,92% no mesmo período.

De acordo com o Tesouro Nacional, o título já conta com 52 mil investidores e mais de R$ 1 bilhão em volume aplicado.