Limão, gengibre e Expert XP 2023: um “shot” de otimismo

Um pequeno e valioso resumo sobre o que rolou no maior evento sobre investimentos do mundo

Lucas Collazo

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Caros(as) leitores(as),

Essa edição da Expert XP foi histórica. Fiquei muito feliz em encontrar algumas das pessoas que acompanham esse texto toda semana.

Uma semana intensa, fizemos muito conteúdos por lá e ainda tive a honra de subir no placo principal da plenária para falar sobre inteligência artificial. Caso você não tenha acompanhado, não se preocupe, nosso painel foi o último episódio do Stock Pickers.

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Dos vários ângulos positivos desse festival, o fato de encontrar muita gente relevante do mercado em 3 dias é um dos meus prediletos. Foram incontáveis bate-papos com gestores, analistas, alocadores, dos mais diversos perfis de investimento.

Um dos focos dessa conversa foi o Brasil. A geografia dividiu opiniões ao longo desse ano de 2023, mas parece que estamos num ponto de inflexão.

Eu poderia chegar aqui com más notícias, seria totalmente compreensível, ainda mais quando o assunto é o nosso país. Porém, trago um “shot” de otimismo, como aqueles que você toma pela manhã antes de fazer uma aula de bicicleta com ambiente de balada na academia ou pagar para correr na rua em sua assessoria de corrida.

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De todos os nomes do mercado que tive a oportunidade de encontrar, apenas um deles se mostrou mais pessimista, ou melhor, preocupado com o Brasil – que foi o Carlos Woelz, da Kapitalo. Mas isso não vem ao caso. O restante se mostrou construtivo com o cenário e, principalmente, com os preços dos ativos.

Talvez a própria feira tenha sido um excelente palco para esta mensagem. Nas palavras de Guilherme Benchimol: “quem apostar contra o Brasil vai perder”.

De fato, mesmo aqueles menos animados, é difícil se posicionar contra um mercado tão descontado. Ao passo que, embora mais construtivos, todos aqueles que possuem mandatos mais flexíveis estavam com a exposição comprada em Bolsa mais próxima do neutro, e no caso dos multimercados, uma redução substancial no Ibovespa.

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Dito isso, o ciclo de corte de juros que, pelas mudanças na direção do Banco Central, pode ganhar velocidade e intensidade, dados econômicos mais fortes e uma inflação que parece arrefecer, permeiam esse otimismo. Enquanto o mundo desenvolvido começa a “tropicalizar” ao passo que lidam com as difíceis dores fiscais desconhecidas por eles, nós seguimos como um bom aluno nota 6 e que, no relativo, é um dos melhores da sala nesse contexto.

Costumo dizer que nenhum educador financeiro é mais poderoso que a taxa Selic. Ela sim faz a mente do investidor brasileiro.

Parece que todos estão na espera de ela entregar uma boa lição de casa. O ciclo de cortes vai afetar boa parte dos ativos mais “conservadores”, incomodar o paraíso dos rentistas e isso vai retomar o desejo pela sofisticação nas carteiras de investimento.

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A XP Inc é um negócio de “beta Brasil” até aqui, embora eu saiba da vontade e dos esforços para que um dia cheguemos no alpha (e vamos conseguir). Enquanto isso, sabemos que vamos surfar bem esse ciclo.

Bom para os acionistas da XP, bom para os nossos “6 mil CEOs”, bom para os escritórios de AAI espalhados por todo o país. Melhor ainda para quem também carrega Bolsa.

Vale lembrar: o investidor profissional que olha para a taxa futura de juros já vê as quedas, já tivemos cortes (e muitos). Para quem fica preso na Selic de curto prazo, entra na festa depois e come o salgadinho mais frio.

Lucas Collazo

Host e conselheiro no fundo do Stock Pickers | Especialista em alocação e fundos de investimento no InfoMoney