Justiça dos EUA proíbe ex-CEO da Binance de deixar o país

Magistrado suspendeu uma decisão que havia liberado o bilionário para retornar aos Emirados Árabes Unidos, onde mora

Bloomberg

Changpeng Zhao, CEO da Binance (Zed Jameson/Bloomberg)

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O cofundador da Binance, Changpeng Zhao, ainda não pode retornar para sua casa nos Emirados Árabes Unidos, decidiu um juiz federal em Seattle.

O juiz distrital dos Estados Unidos, Richard Jones, suspendeu na segunda-feira (27) uma decisão que havia liberado o bilionário para retornar aos país após sua confissão na semana passada de acusações criminais no país, mas antes de sua sentença em 23 de fevereiro.

Essa ordem permanecerá em vigor até que Jones emita uma decisão sobre o pedido dos promotores para manter Zhao nos EUA até que sua sentença seja conhecida.

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O fundador da maior exchange de criptomoedas do mundo se declarou culpado por não implementar políticas de combate à lavagem de dinheiro e de violações das sanções dos EUA como parte de um amplo acordo com o governo da nação americana.

Ele concordou em pagar uma fiança de US$ 175 milhões, com US$ 15 milhões em dinheiro mantido em custódia, para garantir seu comparecimento à sentença.

Zhao, que deixou o cargo de CEO da Binance como parte do acordo judicial, teoricamente pode pegar até 10 anos de prisão, mas não deve pegar mais do que 18 meses. Zhao também concordou em pagar uma multa de US$ 50 milhões.

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A própria Binance também se declarou culpada e concordou em pagar US$ 4,3 bilhões em multas e confiscos. A empresa também enfrenta ações civis de investidores que buscam recuperar bilhões perdidos em meio às dificuldades enfrentadas pela corretora.

Os promotores federais pediram na semana passada a Jones que revertesse a decisão de um juiz de permitir que Zhao voltasse para casa sob fiança, dizendo que havia um “risco substancial” de ele não retornar aos EUA por causa de seus bens significativos, laços com os Emirados Árabes Unidos e a falta de um acordo de extradição com o estado do Golfo Pérsico.

Zhao afirmou que não representa risco de fuga e disse que veio voluntariamente para os EUA.

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“O senhor Zhao escolheu, por sua própria vontade, viajar de sua casa nos Emirados Árabes Unidos para comparecer voluntariamente perante este Tribunal e aceitar a responsabilidade por suas ações”, disseram seus advogados em resposta à moção do governo.

“Não haveria nenhuma ação criminal ou resolução civil neste assunto, mas pela decisão do Sr. Zhao de resolver isso e sua escolha voluntária de viajar para Seattle para se declarar culpado”, acrescentaram.

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