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O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta terça-feira (28) com queda de 0,12%, aos 2.763 pontos. O FII Votorantim Logística (VTLT11) liderou a lista das maiores altas do dia, subindo 3,25%. Confira os demais destaques do dia ao longo do Central de FIIs.
O FII Serra Verde confirmou, na manhã desta terça-feira (28), decisão da Justiça que suspende, por 60 dias, os pagamentos referentes aos certificados de recebíveis imobiliários (CRI) do grupo Gramado Parks, que atua no segmento de turismo.
O CRI é um instrumento usado por empresas do setor imobiliário para captar recursos no mercado. Na prática, essas companhias “empacotam” receitas futuras que têm para receber – como aluguéis ou parcelas pela venda de apartamentos – em um título e vendem para investidores, como os FIIs.
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Os papéis embutem um rendimento mensal prefixado e a correção monetária por um indicador, que normalmente é a taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) ou o IPCA.
No caso da Gramado Parks, a empresa está presente em pelo menos seis das 23 operações do SRVD11, de acordo com relatório gerencial do fundo. A companhia atua nos projetos Bella Gramado, Exclusive Gramado, Gramado Termas, Gramado Buona Vitta, Namareh Carneiros e Aquan.
Ainda segundo o texto, o FII Serra Verde assinou contrato de dez anos com a Gramado Parks, empresa fundada em 2013 e que, de acordo com o documento, desenvolveu projetos de referência no segmento de multipropriedades – hotelaria, residência, comércio e lazer, setores considerados mais sensíveis ao aumento da inadimplência ou cancelamento de negócios em períodos de juros elevado e pressão inflacionária.
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Na ação iniciada na 2ª Vara Judicial da Comarca de Gramado, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, a própria empresa alega que condições macroeconômicas – como o aumento da inflação e dos juros – elevou o volume de distratos e, consequentemente, reduziu as receitas da companhia, que já vinha sofrendo com as consequências da pandemia da Covid-19.
O FII Serra Verde foi o primeiro fundo imobiliário a confirmar exposição aos CRIs ligados ao grupo Gramado Parks, mas a suspensão dos pagamentos referentes aos títulos afeta indiretamente FIIs que possuem cotas do SRVD11.
Segundo dados dos StatusInvest, plataforma de informações financeiras, o Hectare CE (HCTR11) tem hoje 19,74% das cotas do FII Serra Verde. O Tordesilhas EI (TORD11) conta com 12,10% e o Iridium (IRDM11), 2,96%.
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Como cotistas do SRVD11, parte da receita desses FIIs tem origem nos dividendos do fundo investido – que deverão ser reduzidos diante da decisão da Justiça. As carteiras registraram fortes perdas na sessão:
Maiores altas desta terça-feira (28):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
XPPR11 | XP Properties | Lajes Corporativas | 3,87 |
SNFF11 | Suno FoF | FoF | 2,99 |
CARE11 | Brazilian Graveyard and Death Care | Cemitérios | 2,43 |
RBFF11 | Rio Bravo Ifix | FoF | 2,06 |
HOFC11 | Hedge Office Income | Lajes Corporativas | 1,94 |
Maiores baixas desta terça-feira (28):
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Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
VSLH11 | Versalhes Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | -5,93 |
TORD11 | Tordesilhas EI | Desenvolvimento | -5,44 |
HCTR11 | Hectare | Títulos e Val. Mob. | -4,43 |
IRDM11 | Iridium Recebíveis Imobiliários | Títulos e Val. Mob. | -3,14 |
DEVA11 | Devant | Títulos e Val. Mob. | -2,48 |
Fonte: B3
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Tok&Stok paga aluguel pendente e FII encerra ação de despejo contra varejista; FII HSRE11 adquire imóvel locado para a Unitoledo
Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:
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Tok&Stok paga aluguel pendente e FII encerra ação de despejo contra varejista
O FII Vinci Logística (VILG11) recebeu da Tok&Stok – locatária do fundo – o aluguel de janeiro do Extrema Business Park I, em Minas Gerais, que venceu no dia 6 de fevereiro e até então estava pendente.
Diante da inadimplência, a carteira chegou a entrar com uma ação de despejo contra a varejista, que quitou o débito apenas na semana passada, como informa fato relevante divulgado pelo fundo.
“O fundo tomou conhecimento de que, no dia 24 de março de 2023, a Tok&Stok depositou em juízo o valor de R$ 2,092 milhões com o objetivo de quitar o valor de locação vencido em 6 de fevereiro de 2023”, aponta o documento. “[A varejista pagou também] encargos moratórios previstos no contrato de locação e, ainda, reembolso integral das custas judiciais [da ação de despejo] antecipadas pelo fundo”, completa o texto.
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Com a regularização do débito, o VILG11 promete solicitar o encerramento formal da ação de despejo contra a varejista.
A carteira lembra que a Tok&Stok já havia realizado o pagamento do aluguel de fevereiro – com vencimento em março.
O Extrema Business Park I, em Minas Gerais tem quase 67 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL). O espaço está localizado no quilômetro 943 da rodovia Fernão Dias.
O valor da locação do espaço representa 14% das receitais totais do fundo e 11% da (ABL) total do Vinci Logística.
Atualmente, o portfólio do VILG11 é composto por 16 imóveis em sete estados do País. São mais de 60 locatários de acordo com relatório gerencial do FII de logística gerido pela Vinci Real Estate.
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FII HSRE11 adquire imóvel locado para a Unitoledo no interior de SP
O FII HSI Renda Imobiliária assinou compromisso para a compra de imóvel locado para o Centro Universitário Toledo – Unitoledo – em Araçatuba, no interior de São Paulo.
De acordo com comunicado do fundo ao mercado, o preço da transação é de R$ 40,7 milhões, valor equivalente a R$ 2.217 mil por metro quadrado.
A Unitoledo, que ocupa o espaço de 18,3 mil metros quadrados de ABL, foi recentemente adquirida pelo Grupo Yduqs, empresa listada no segmento Novo Mercado da Bolsa, com foco no ensino superior.
A conclusão da aquisição ainda está sujeita a determinadas condições previstas em contrato, entre elas a captação de recursos, sinaliza a gestão do HSRE11.
Caso concluída a transação, o fundo passará a ser proprietário da totalidade de 30 imóveis, totalizando 124 mil metros quadrados de ABL.
Dividendos hoje
Confira os FIIs que distribuem dividendos nesta segunda-feira (27):
Fonte: StatusInvest
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INCC-M desacelera a 0,18% em março, após 0,21% em fevereiro, diz FGV
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) desacelerou a 0,18% em março, ante alta de 0,21% em fevereiro, informou nesta terça-feira (28) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa acumulada em 12 meses pelo indicador recuou de 8,76% para 8,17%.
O arrefecimento do INCC-M foi puxado pelo componente Materiais, Equipamentos e Serviços (0,32% para 0,09%), enquanto Mão de obra acelerou (0,10% para 0,27%).
Nas aberturas do índice, materiais e equipamentos teve queda de 0,07%, após alta de 0,16% em fevereiro, com destaque para materiais para estrutura (-0,06% para -0,34%). O segmento de Serviços arrefeceu de 1,10% para 0,88%, puxado pela desaceleração de refeição pronta no local de trabalho (1,17% para 0,03%).
As principais influências de baixa sobre o INCC-M de março foram vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,07% para -1,73%); cimento Portland comum (-0,30% para -0,94%): tubos e conexões de PVC (-0,10% para -1,13%); compensados (-0,57% para -1,70%) e ferragens para esquadrias (-0,27% para -0,58%).
Em contrapartida, puxaram o resultado para cima os itens ajudante especializado (0,06% para 0,33%); projetos (1,87% para 1,39%); elevador (0,81% para 0,80%); taxas de serviços e licenciamento (1,04% para 2,42%) e pedreiro (0,00% para 0,33%).
Confiança da Construção se mantém estável em março, a 94,4 pontos
O Índice de Confiança da Construção (ICST) se manteve estável em 94,4 pontos em março, informou nesta terça-feira (28) a Fundação Getúlio Vargas. Em médias móveis trimestrais, o ICST caiu 0,3 ponto.
Nas aberturas de março, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 0,3 ponto, para 93,7 pontos, após quatro meses seguidos de queda. O indicador da situação atual dos negócios aumentou 0,5 ponto, para 92,2, e o indicador de volume de carteira de contratos contraiu 0,1 ponto, para 95,2 pontos, menor nível desde março do ano passado, quando havia registrado 94,4.
O Índice de Expectativas (IE-CST), por sua vez, caiu 0,3 ponto, para 95,3 pontos, com queda da tendência dos negócios, que caiu 1,4 ponto, para 92,3, e avanço da demanda prevista de 0,9 ponto, para 98,3.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), por outro lado, subiu 0,2 ponto porcentual, a 77,9%. Nas aberturas, o Nuci de Mão de Obra caiu 0,1 pp, a 78,9%, e o Nuci de Máquinas e Equipamentos subiu 1,7 pp, a 73,6%.