Ifix fecha estável após fundos de lajes registrarem fortes perdas

HGRE11 caiu quase 8% na sessão

Ana Paula Ribeiro

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O Riza Arctium ARCT11 teve forte alta nesta terça-feira (2), mas não foi suficiente para compensar o mau desempenho dos fundos de lajes corporativas. Com isso, o Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou estável, aos 2.859 pontos.

O fundo híbrido ARCT11 terminou a sessão com ganhos de 4%, a maior entre os que fazem parte do Ifix.

No entanto, os fundos de lajes corporativas tiveram um mau di. A maior queda foi registrada pelo CSHG Real Estate HGRE11, que caiu 7,97%. Desvalorizações expressivas também foram registradas pelo Rio Bravo Renda Coporativa RCRB11 e pelo VBI Prime Properties PVBI11, com recuos de, respectivamente, 5,81% e 3,78%.

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Fora do Ifix, o BB Fundo de Investimento Imobiliário Progressivo BBFI11B registrou queda de 1,12%. A carteira terá seus rendimentos referentes ao mês de abril afetados negativamente pela inadimplência do Banco do Brasil (BBAS3), que deixou de pagar o aluguel de um dos imóveis do fundo, segundo fato relevante divulgado pelo BTG, administrador da carteira. O banco, em nota, nega uma situação de inadimplência.

O fundo comunicou na última sexta-feira (28) à noite que não recebeu a totalidade do pagamento do aluguel referente ao mês de abril do CARJ, que é um Centro Administrativo do banco em Andaraí (RJ).

“Dessa forma, a distribuição de rendimentos do Fundo foi impactada negativamente em, aproximadamente, R$ 7,35 por cota”, informa o documento.

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A administradora também informa que ainda não recebeu os valores que constam da “ação renovatória de aluguel”, que está em tramitação na Justiça. A soma dos alugueis contestados pelo fundo, incluindo a inadimplência de abril, é de R$ 15 milhões.

O BBFI11B possui dois imóveis. Além do CARJ, há o Edifício Sede I, localizado no Setor Bancário Sul, em Brasília (DF). Esse também é locado pelo BB.

A disputa no âmbito judicial entre fundo e inquilino começou em 2020. Já em março deste ano, o BB comunicou ao fundo que pretende desocupar o CARJ.

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“O BB refuta a informação de que exista inadimplência, já que há um debate judicial em curso sobre o caso, inclusive com a realização da entrega das chaves em juízo. Cabe destacar que a saída do CARJ se trata de decisão administrativa rotineira na gestão imobiliária, que buscou saídas amigáveis ao longo de todo o processo, mas que culminou na necessidade de entrega judicial do imóvel, sem qualquer inadimplência por parte do Banco”, informou, em nota, o BB.

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Maiores altas desta terça-feira (2):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
ARCT11 Riza Arctium Real Estate Híbrido 4,00
TGAR11 TG Ativo Real Desenvolvimento 3,30
MCCI11 Mauá Capital Títulos e Val. Mob. 3,06
NCHB11 NCH High Yield Títulos e Val. Mob. 2,59
HFOF11 Hedge Top FoF II FoF 2,52

Maiores baixas desta terça-feira (2):

Ticker Nome Setor Variação (%)
HGRE11 CSHG Real Estate Lajes corporativas -7,97
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Lajes corporativas -5,81
PVBI11 VBI Prime Properties Lajes corporativas -3,78
HSLG11 HSI Logística Logística -2,47
RBRR11 RBR Rendimento High Grade Títulos e Val. Mob. -2,39

Fonte: B3

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SRVD11 troca de gestor; [ativo=VICA11] e outros fundos da Vinci anunciam dividendos; BRIM11 irá distribuir mais de R$ 4 milhões

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

SRVD11 com novo gestor

O fundo Serra Negra SRVD11 está com novo gestor. Os cotistas da carteira decidiram destituir a R Capital Management e colocaram no lugar a Catalunya Gestão de Recursos, segundo fato relevante divulgado na tarde desta terça-feira (2) pela administradora Vórtx.

O SRVD11 é um dos fundos que compraram certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) emitidos pelas empresas do Grupo Gramado Parks, que está em processo de recuperação judicial. Com o não pagamento desses papéis, o fundo tem registrado perdas.

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No ano, as cotas do Serra Negra acumulam uma desvalorização de 25,9%.

Mais dois fundos também comunicaram em fato relevante a mudança de gestão no Serra Negra: o Hectare HCTR11 e o Tordesilhas TORD11. A razão é que esses fundos possuem participação no SRVD11 e também sofreram desvalorização nas últimas semanas.

No ano, o HCTR11 e o TORD11 acumulam desvalorização de 50,1% e 48,7%, respectivamente.

VICA11 paga dividendos no dia 15 de maio

O Vinci Crédito Agro Fiagro-Imobiliário [ativo=VICA11] comunicou que vai pagar um rendimento de R$ 0,12 por cota referente ao mês de abril.

Segundo comunicado da Vinci Real Estate e Vinci Gestora, as gestoras do fundo, esse pagamento será realizado no dia 15 de maio de 2023 aos detentores de cotas do fundo no fechamento do dia 12.

O relatório de desempenho será divulgado antes, no dia 8.

VISC11 irá distribuir R$ 0,82 por cota

O Vinci Shopping Centers VISC11 comunicou que vai pagar um rendimento de R$ 0,82 por cota referente ao mês de abril.

Segundo comunicado da Vinci Real Estate, esse pagamento será realizado no dia 15 de maio de 2023 aos detentores de cotas do fundo no fechamento do dia 28 de abril.

O relatório de desempenho será divulgado no dia 8, segundo a gestora Vinci Real Estate.

VIUR11 também comunica rendimentos

O Vinci Imóveis Urbanos VIUR11 informou que vai pagar um rendimento de R$ 0,072 por cota referente ao mês de abril.

Segundo a Vinci Real Estate, esse pagamento será realizado no dia 15 de maio de 2023 aos detentores de cotas do fundo no fechamento do dia 28 de abril.

O relatório de desempenho será divulgado também no dia 8.

BRIM11 vai distribuir R$ 4,499 milhões em dividendos

O Brio Real Estate II BRIM11 vai pagar R$ 4,499 milhões em dividendos referentes ao mês de abril. Esse total equivale a R$ 36,25 por conta, segundo comunicado da Brio Investimento e BRL Trust, gestora e administrador do fundo, respectivamente.

O pagamento será feito em 15 de maio aos cotistas detentores de cotas na data-base de 28 de abril.

Unimed Investcoop Nacional começa período de reserva

Terá início no dia 9 de maio o período de reserva para a oferta da terceira emissão de cotas do Unimed Investcoop Nacional, que é gerido pela Investcooop Asset Management. A expectativa é levantar R$ 125 milhões

O coordenador-líder da oferta é a Guide Investimentos, que divulgou o cronograma da captação.

O período de reserva se encerra em 12 de julho e a liquidação está prevista para o dia 18 de julho.

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Giro Imobiliário: Audiência do “Minha Casa, Minha Vida” e dividendos da Cury

“Minha Casa, Minha Vida”

A comissão mista da Câmara dos Deputados responsável pela análise da medida provisória (MP 1162/23), que retoma o Programa “Minha Casa, Minha Vida”, promove audiência pública nesta terça-feira (2) para discutir o desenvolvimento setorial e econômico do programa.

Gerido pelo Ministério das Cidades, o Minha Casa, Minha Vida volta com mudanças. A principal delas, segundo o governo, é o retorno da Faixa 1, que atende famílias de menor renda.

Criado em 2009, o programa havia sido substituído no governo Bolsonaro pelo “Casa Verde e Amarela”, que não fez contratações para a faixa de menor renda, que recebe subsídios do Orçamento federal.

Entre os convidados para a audiência, estão o diretor de Desenvolvimento Urbano da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Vladimir Iszlaji; e o presidente do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção Civil (FNNIC), Marcos Antônio Costa Buarque de Holanda.

A audiência pública está marcada para as 14h30. Um novo debate está marcado para esta quarta-feira (3), dessa vez com a participação de representantes de movimentos sociais, como a União Nacional por Moradia Popular (UNMP), o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) e a Central de Movimentos Populares (CMP).

Dividendos da Cury (CURY3)

A Cury aprovou R$ 78,3 milhões em dividendos, relativos ao exercício de 2022. Do montante total, R$ 60 milhões já foram distribuídos a título de dividendos intermediários. Os R$ 18,3 milhões restantes aprovados são dividendos complementares, com data-base de 28 de abril de 2023.

O pagamento dos dividendos será realizado em moeda corrente nacional, em uma única parcela, em 25 de maio de 2023.

Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney