7 ações small caps recomendadas para outubro: CURY3, ONCO3 e RECV3 são apostas; veja lista

Veja as principais empresas com baixo valor de mercado com ações recomendadas pelas corretoras

Paulo Alves

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O Ibovespa ainda luta para navegar as turbulências que vêm do exterior, mas agentes de mercado — e até o ex-primeiro ministro britânico, Tony Blair — seguem apostando em melhora da economia brasileira, levando analistas a manterem projeções otimistas para alguns nomes da Bolsa.

Entre as apostas, as small caps surgem como opção para quem topa trocar mais risco por maior potencial de alta frente às blue chips.

Small caps são ações de empresas que têm uma capitalização de mercado menor do que a dos nomes mais tradicionais da bolsa de valores. Pelo critério do SMLL, o índice de small caps da B3, são papéis com presença em 95% dos pregões e que representam 85% do valor de mercado de todas as companhias listadas, mas com preço unitário de pelo menos R$ 1 — patamar de corte da classificação de penny stock.

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Com esse filtro, o índice – que sobe 1,69% no acumulado do ano – inclui 80 empresas, mas o universo de companhias pequenas com capital aberto é bem maior, dificultando o trabalho do investidor na hora de escolher em qual papel investir.

Para encurtar o caminho, o InfoMoney reuniu as carteiras de small caps cinco corretoras e identificou as sete ações mais recomendadas para outubro.

Confira as análises sobre cada empresa:

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Em geral, as carteiras têm por objetivo superar o índice SMALL, da B3. Confira, a seguir, as sete ações mais citadas para outubro e os desempenhos de cada papel no acumulado de setembro, em 2023 e em 12 meses (com base no fechamento de setembro):

Empresa Ticker Retorno em setembro Retorno em 2023  Retorno em 12 meses
Cury CURY3 2,98 35,50 44,28
Oncoclinicas ONCO3 -5,12 90,38 79,66
PetroRecôncavo RECV3 -9,59 -35,30 -12,74
Santos Brasil STBP3 -0,70 12,10 18,21
São Martinho SMTO3 8,66 53,54 62,32
Smart Fit SMFT3 4,37 58,20 41,45
Vivara VIVA3 -1,18 21,90 0,93
Ibovespa 0,71 6,22 5,93
Índice Small Caps B3 -2,84 5,06 -2,94

Fontes: BB Investimentos, BTG Pactual, Genial, Guide, XP Investimentos e Economatica.

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Acompanhe agora os destaques de cada uma das empresas selecionadas para o mês, segundo relatórios divulgados pelas corretoras.

Cury (CURY3)

Do setor de construção civil e focada no segmento de baixa renda, a Cury (CURY3) pode continuar entregando retornos sobre patrimônio tão fortes quanto os vistos entre 2017 e 2020, de 58%, em média, avaliam analistas da XP Investimentos.

Entre os motivos estão um mercado mais resiliente devido ao aumento dos preços de teto e outras atualizações no programa Minha Casa Minha Vida, além de recursos robustos provenientes do FGTS e sua concentração em São Paulo e no Rio de Janeiro, o que lhe permite monitorar de perto os esforços de vendas e adquirir melhores terrenos.

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“A Cury superou o Ibovespa em setembro, embora o movimento crescente das taxas de juros de longo prazo ao longo do mês continuasse a pressionar as ações do setor de construção civil. Além disso, temos uma visão positiva sobre o momento de resultados da Cury nos próximos trimestres”, reforça a XP em relatório.

Oncoclínicas (ONCO3)

A Oncoclínicas é uma empresa do setor de saúde cuja ação perdeu para o Ibovespa em setembro, mas que chama atenção de especialistas por seguir crescendo e expandindo margens.

“Acreditamos que o desempenho foi principalmente devido à falta de alavancas de curto-prazo, apesar de ainda esperarmos que a companhia continue a entregar resultados acima do esperado, o que pode refletir no desempenho do papel”, afirmam analistas da XP.

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Parte do otimismo está ligada a acordos fechados com prestadores e operadoras de planos de saúde. Só na região metropolitana de São Paulo, a Oncoclínicas firmou acordos de exclusividade com a CNU e a Porto Seguro, garantindo aproximadamente 6,5% do mercado.

PetroRecôncavo (RECV3)

Apesar de ter enfrentado desafios recentes, a PetroReconcavo é uma empresa do setor de petróleo e gás que entrou nas carteiras de XP e BTG em meio a uma disparada dos preços do petróleo, que agora já arrefeceu.

Por outro lado, assinalam analistas do escritório de assessoria de investimentos Renova Invest, a ação da companhia ainda não é negociado em múltiplos que levem em conta as oportunidades na produção de gás e a geração de caixa em 2024.

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Santos Brasil (STBP3)

Os volumes totais da operadora portuária Santos Brasil se mantêm em queda de 3% ano a ano, mas subiram de 114 mil para 117 mil contêineres entre agosto e setembro, confirmando melhora nos números e reforçando a recomendação de compra por XP e BTG para outubro.

Analistas apontam que o segundo semestre deve trazer uma dinâmica positiva de lucros, impulsionada pelo recente aumento das taxas de utilização do Porto de Santos e após renegociação positiva do contrato com a Maersk. Além disso, pesa a expectativa de maior utilização do porto na esteira da normalização da cadeia de suprimentos global.

São Martinho (SMTO3)

Um dos maiores grupos sucroenergéticos do Brasil, com quatro unidades em operação — três em São Paulo e uma em Goiás, a São Martinho tem se destacado no mercado de cana-de-açúcar e vem recuperando o lucro sobre esse vertical, o que, na opinião de analistas, deve favorecer margens mais sólidas.

No mundo, o preço do açúcar vem em alta, em parte pela ameaça de bloqueio de exportações da Índia, o que pressiona a oferta e favorece empresas bem posicionadas na exportação da commodity.

No caso de SMTO3, há ainda o fator etanol. “Acreditamos que os preços do etanol atingiram um piso e devem se recuperar, impulsionados pelo aumento do preço da gasolina pela Petrobras”, aponta relatório da Renova Invest.

Smart Fit (SMFT3)

Nas carteiras de Genial e BTG, as ações da rede de academias Smart Fit (SMFT3) ganharam recomendação de compra após o segmento, que foi um dos mais atingidos pela pandemia, começar a mostrar uma tendência de recuperação desde o ano passado.

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A tese se sustenta em pontos positivos como a grande escala na América Latina, números atrativos por unidade e o desenvolvimento de seu ecossistema de bem-estar, que permite maior monetização do tráfego nas lojas físicas.

“Apesar de um valuation elevado, vemos excelentes perspectivas de crescimento nos próximos 5 anos, justificando nossa recomendação de compra”, atesta o BTG, em relatório.

Vivara (VIVA3)

Outra que desempenhou abaixo do Ibovespa em setembro, a Vivara (VIVA3) é, na visão da XP, uma empresa do varejo que pode sobressair em um momento delicado do setor por se posicionar no mercado de alta renda, além de ter capacidade de liderar a consolidação do segmento de joalherias por suas marcas fortes e estrutura verticalizada

Dessa forma, apesar da volatilidade recente de ações de empresas de varejo e do cenário macro, a casa vê potencial de entrega de resultados sólidos, além de valuation atrativo, em 14,7 vezes o patrimônio líquido. O preço alvo da ação é de R$ 38.

Paulo Alves

Editor de Criptomoedas