GoodStorage vai investir R$ 500 milhões para expansão em SP em 2023

Empresa vai inaugurar 130.000 m² para locação na capital paulista, com foco no setor de logística

Wesley Santana

Nas cores verde e laranja, os prédios da GoodStorage destoam do padrão da maior metrópole da América Latina. Foto: Divulgação

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A GoodStorage, especializada em aluguel de espaços para armazenamento, vai inaugurar 130.000 m² de área locável na capital paulista ainda neste ano. Os novos empreendimentos se dividem entre boxes para acomodação de bens e condomínios logísticos, locais onde outras empresas podem operar parte de suas atividades.

Ao InfoMoney, Thiago Cordeiro, CEO e fundador da GoodStorage, disse que as novas locações fazem parte de um plano da marca de self storage de investir R$ 500 milhões em 2023. Segundo ele, as inaugurações vão aumentar em 40% a capacidade da empresa dentro da capital paulista, totalizando 273.000 m², além de contribuir para a logística urbana do município.

“Estamos focados no mercado de São Paulo por entender que ainda há muito espaço para crescer, em termos de presença e de construção de marca. A GoodStorage faz 10 anos no próximo semestre e outras empresas, como marketplaces e varejistas, já nos veem como uma solução de locais de armazenagem, espalhados por várias áreas da cidade”, afirma.

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Fundada em 2013 com aporte da gestora de private equity Evergreen Investment Advisors, a GoodStorage quis trazer a moda estadunidense dos espaços inteligentes para o Brasil. Há menos de um ano, a gestora fez um outro aporte na companhia, no valor de US$ 75 milhões.

“Nós estamos em um bom momento, com uma ocupação de 90% e expectativa de crescimento de 30% para este ano. Estamos entregando esses R$ 500 milhões em investimentos para a cidade e continuamos ativos no mercado, olhando mais oportunidades que podem render outros R$ 500 milhões”, destaca Cordeiro.

Segundo o executivo, 30% dos condomínios logísticos que serão inaugurados já estão pré-locados e outros contratos já estão em negociação. Apesar do sucesso, a empresa não tem planos concretos de expansão para outros estados, mas quer garantir capilaridade dentro de SP e aumentar a base de clientes nas duas frentes de negócios, focada em uma estratégia de longo prazo.

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Condomínios logísticos da GoosStorage se tornam opcao para empresas terem centros de distribuições menores pela cidade.
Condomínios logísticos da GoodStorage se tornam opção para empresas terem centros de distribuições menores pela cidade. Foto: Divulgacão

Condomínios como opção de logística ágil e sustentável

No começo, o plano da GoodStorage era atingir o público que mora em casas ou apartamentos pequenos, através da oferta de espaços extras para guardar coisas. Com o passar do tempo, a empresa foi observando a densa malha logística da capital paulista e, assim, decidiu atuar em mais uma vertical de negócio.

Em 2019, ainda antes da pandemia, surgiu o modelo de condomínios logísticos, no qual as empresas podem locar espaços de até 10.000 m² para tocar suas operações logísticas e, em alguns casos, até administrativas. O CEO diz que as áreas estão localizadas em locais estratégicos da capital para facilitar a logística de players do comércio digital, que podem ter vários pontos de distribuição de seus produtos por São Paulo.

“A emissão de carbono é um dos principais temas quando se trata de empresas que precisam de logística e deslocamento de frotas. Se ela tem um centro de distribuição a 50 quilômetros da cidade, de onde sai todos os produtos que vende, também precisa de caminhões maiores — e mais poluentes — que vão fazer percursos longos, partindo do CD para centenas de outros pontos, onde estão os clientes”, diz.

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A empresa hoje se coloca como uma opção de galpões auxiliares, oferecendo locações para que o centro de distribuição principal se interligue com galpões menores e otimize as entregas dos pedidos. Até o final deste ano, serão 157.000 m² nesse formato, segundo projeção da companhia, tudo dentro dos limites das vias expressas da capital paulista.

“Com a opção da GoodStorage, a empresa pode ter espaços menores, espalhados por várias regiões de SP, permitindo uma economia de custos e eficiência na roteirização das entregas. Além disso, com distâncias curtas a serem percorridas, é possível usar veículos menos poluentes. Alguns dos nossos clientes, portanto, já enxergam o projeto de entrar para a cidade como um primeiro passo para a eletrificação da frota”, acredita.