Preços dos remédios devem subir até 5,6% a partir de sábado, projeta Sindusfarma

Reajuste vai atingir cerca de 10 mil medicamentos, mas deve ficar bem abaixo do autorizado nos últimos 2 anos

Equipe InfoMoney

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Os preços dos remédios podem subir até 5,6% a partir de sábado (1º), segundo projeção do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) com base nas regras que estabelecem o reajuste anual de preços dos medicamentos.

O preço dos remédios é controlado no Brasil, e os reajustes anuais estão previstos em lei. A alta deste ano deve ficar bem abaixo dos anos anteriores, que tiveram reajustes acima de dois dígitos em meio à alta da inflação: 10,89% em 2022 e 10,08% em 2021.

O aumento deste ano vai atingir cerca de 10 mil medicamentos disponíveis no mercado. Para entrar em vigor, ele precisa do aval da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), órgão ligado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e ser publicado no Diário Oficial da União.

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A resolução CMED nº 01/2023 foi publicada em edição extra do DOU desta sexta-feira (31), e os reajustes já podem ser aplicados.

Entre as regras que definem o percentual do reajuste estão o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula alta de 5,6% nos últimos 12 meses, e fatores de produtividade e de ajustes de preços de cada setor.

Pesquisa de preços

O governo federal impõe um teto para o preço dos medicamentos, mas as empresas podem oferecer descontos para os clientes, por isso é importante pesquisar e comparar preços. Estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que a diferença pode chegar a 384% para um mesmo produto.

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É o caso do omeprazol, medicamento genérico para gastrite. O instituto também encontrou uma diferença de 91,9% nos preços do atenalol, um anti-hipertensivo genérico, e de 86% no Clavulin, um antibiótico.

Para Ana Carolina Navarréte, coordenadora do programa de saúde do Idec, o consumidor deve pesquisar em sites ou lojas físicas ou até participar de programas de fidelidade das farmácias, que oferecem descontos para os clientes.

“O Idec recomenda que o consumidor, primeiro de tudo, pesquise. Nunca aceite o primeiro preço que encontrar”, afirma Navarréte. “Ele [o cliente] pode fazer isso na internet, ligando na farmácia… Outra dica é avaliar a participação em programas como Farmácia Popular, pois o programa pode dar desconto de até 90% em alguns medicamentos”.

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(Com Agência Brasil)