Preço do aluguel de studios e microapartamentos cai pela 1ª vez em 1 ano em SP

Preços médios dos apartamentos maiores (2 e 3 dormitórios) continuaram a subir e atingiram novo recorde, mas mercado já mostra sinais de desaceleração

Equipe InfoMoney

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O preço médio do aluguel de apartamentos de 1 quarto caiu em abril em São Paulo, após 12 meses de altas consecutivas. O valor do metro quadrado ficou em R$ 56,89, uma leve queda em relação a março — quando havia superado os R$ 57 pela primeira vez da série histórica do QuintoAndar.

Já os preços dos apartamentos maiores, de 2 e 3 dormitórios, continuaram a subir e atingiram um novo recorde no mês passado. Apesar disso, o valor do metro quadrado de aluguel desses imóveis é bem inferior: R$ 37,71 para apartamentos de 2 quartos e R$ 33,22 para os de 3.

“Os studios e apartamentos menores vinham registrando uma valorização constante no período pós-pandemia, muito por conta da volta ao trabalho presencial, puxando o valor do aluguel como um todo da cidade para cima”, afirma Vinicius Oike, economista do QuintoAndar.

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Oike diz também que a queda no preço dos studios coincide com uma desaceleração na capital paulista.  Considerando todos os tipos de apartamento, o valor médio do metro quadrado subiu para R$ 44,80, uma alta de 0,25% em relação a março e de 13,39% no acumulado em 12 meses.

A alta mensal é a menor em quase 2 anos, o que desacelerou a alta anual (que chegou a superar os 16% em setembro, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro), segundo os dados mensais do QuintoAndar.

“Com o fim da alta temporada de procura de aluguéis, que acontece entre janeiro e março, e um cenário econômico desafiador, a tendência é que haja, de fato, uma acomodação nos preços”, afirma Oike.

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Espaço para negociação

A empresa diz que, diante dos preços salgados dos imóveis, a barganha “continua sendo uma das chaves para o inquilino conseguir um bom preço”. Dados da plataforma mostram que a diferença entre o preço do anúncio e o do contrato assinado subiu para -10,05% em São Paulo.

Isso significa que há mais espaço para negociar, mesmo com um cenário de preços elevados.

“Os proprietários ainda têm aumentado os preços em geral. Isso não significa, porém, que os contratos fechados estejam acompanhando, na mesma medida, essa alta”, afirma o economista. “Os números mostram que há espaço para negociar e conseguir um desconto na hora de fechar negócio”.

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Alta no Rio

No Rio de Janeiro, o preço médio do metro quadrado de locação subiu 1,11% em abril e bateu um novo recorde (R$ 38,31/m²), mas também já há sinais de desaceleração nos preços. Isso porque a alta acumulada em 12 meses caiu para 15,7%, o menor patamar desde junho de 2022.

Na cidade os studios e apartamentos de 1 quarto continuam com uma importante participação na alta dos preços: o valor médio dessas unidades chegou a R$ 47,55 no mês passado, o maior de toda a série histórica, iniciada em 2019.

Os apartamentos de 2 e 3 dormitórios também atingiram o maior patamar dos últimos quatro anos, mas o valor do metro quadrado de aluguel também é bastante inferior na capital fluminense (R$ 30,53 e R$ 28,71, respectivamente).

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Apesar da alta de preços na capital carioca, o QuintoAndar também vê espaço para negociar descontos, pois a diferença entre o preço do anúncio e o do contrato atingiu -10,92%. “A velha barganha continua sendo uma das chaves para o inquilino conseguir um bom preço”, conclui Oike.