Pré-greve? Servidores do Banco Central farão mobilização por reajuste salarial na próxima semana

Movimento já afeta divulgação de indicadores econômicos e pode comprometer projetos como implementação da moeda digital Drex e Pix parcelado

Estadão Conteúdo

Edifício-Sede do Banco Central, em Brasília (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Servidores das carreiras típicas de Estado — como os do Banco Central e auditores da Receita Federal — farão um dia de mobilização por reajuste em 8 de novembro, informou o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), entidade que representa as categorias.

De acordo com o Fonacate, participarão da mobilização as carreiras do Banco Central, Fiscais Federais agropecuários e agrários, auditores fiscais do Trabalho e da Receita Federal. “O final do ano está chegando e o governo ainda não apresentou qualquer sinalização de recomposição salarial para 2024”, disse o presidente do Fonacate, Rudinei Marques.

O governo instituiu uma mesa permanente de negociação com servidores, incluindo a realização de encontros por grupos temáticos, no âmbito do Ministério da Gestão. Mas algumas categorias do funcionalismo reclamam da falta de retorno até mesmo para pautas que não incluem reajustes salariais.

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É o caso dos servidores do BC, que iniciarão a 3ª fase da operação-padrão do órgão a partir de quarta-feira, 1º de novembro.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), não está descartada a possibilidade de os funcionários entrarem em greve ainda em novembro.

Os servidores pedem a reestruturação das carreiras e reclamam que a pauta não avançou com a nova gestão.

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A operação-padrão já afeta a divulgação de indicadores econômicos e o sindicato alerta para o risco de impactos em projetos como a implementação da moeda digital Drex e o do Pix parcelado.