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Governo estuda usar o excesso de arrecadação para corrigir a tabela do IR

'Não queremos usar toda a alta de arrecadação de uma vez. Vamos devolver apenas parte para não corrermos riscos fiscais', afirmou o ministro da Economia

Agência Brasil

Ministro da Economia, Paulo Guedes (FOTOS: EDU ANDRADEAscom/ME)
Ministro da Economia, Paulo Guedes (FOTOS: EDU ANDRADEAscom/ME)

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Ao menos uma parte do excesso de arrecadação decorrente da recuperação da economia poderá ser usado para corrigir da tabela do Imposto de Renda para pessoas físicas, disse na quinta-feira (7) o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento promovido pelo Bradesco.

Guedes também prometeu uma nova redução do Imposto de Importação (veja mais abaixo).

“Conversamos se corrigimos a tabela do IR agora ou deixamos para primeira ação de novo governo. Não queremos usar toda a alta de arrecadação de uma vez. Vamos devolver apenas parte para não corrermos riscos fiscais”, declarou o ministro durante a conferência virtual.

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Segundo o ministro, a equipe econômica também gostaria de usar a arrecadação melhor que o esperado para financiar a renegociação de dívidas do Simples Nacional e a isenção para investidores estrangeiros.

Mas ele disse que a alteração das medidas econômicas pela ala política do governo nem sempre viabilizam essas medidas. “Ficam com a parte boa das medidas e retiram a parte ruim, que é a fonte de recursos. Com isso, acabamos tendo que vetar medidas por bater cabeça no governo”.

Corte no IPI

Em relação à desoneração das importações, o ministro disse que o governo pretende promover uma nova rodada de redução de 10% no Imposto de Importação, mas ressaltou que a medida depende de acordo para ampliar o corte no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de 25% para 33%.

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Guedes disse que 12 produtos devem ser contemplados com a redução das tarifas de importação. “Vamos abrir a economia respeitando nosso parque industrial. Se o outro governo for social democrata, ele que aumente os impostos. Para o próximo mandato, a prioridade é a reforma tributária no primeiro dia de trabalho”.

No início do mês, o governo prorrogou por 30 dias o corte de 25% no IPI. Guedes diz que a equipe econômica queria elevar a redução para 33%, mas a medida foi travada porque os governadores não concordaram em reduzir o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o diesel.

“Os governadores não reduziram o ICMS do diesel, como se comprometeram”, afirmou o ministro. “Zeramos o imposto do diesel do nosso lado e os governadores não fizeram do lado deles”.

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Reajuste de servidores

Em relação às pressões do funcionalismo federal por reajustes salariais, Guedes disse que a ideia é populista e que a concessão de qualquer reajuste no momento em que o país ainda se recupera da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19 trará mais custos para as gerações futuras.

“Se começar a dar reajuste para todo mundo, estamos empurrando o custo para filhos e netos”, afirmou o ministro. Na sua avaliação, a reposição das perdas da inflação não pode ser feita neste momento porque o “mundo viveu uma guerra” contra o novo coronavírus.

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