Aluguel começa a desacelerar em SP, RJ e outras capitais do país; veja valores

Especialista pontua que expectativa é de acomodação de preços para o restante de 2023

Equipe InfoMoney

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Os reajustes dos aluguéis residenciais aos poucos começam a perder força. Depois de um período de altas consecutivas, no pós-pandemia, os contratos atingiram a menor alta desde em 12 meses, subindo 10,68% em média no período, como mostra o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb.

Em São Paulo, o preço do metro quadrado dos novos contratos atingiu em média R$ 58,73, variação mensal positiva de apenas 0,2%, a menor registrada desde agosto de 2021.

Em Belo Horizonte, o crescimento em um ano foi o menor dos últimos seis meses: 20,81%.

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O Rio de Janeiro, que vem de uma alta nos preços desde agosto de 2021, teve no mês passado uma desaceleração no valor acumulado em um ano, ficando em 16,66%, percentual menor que o registrado nos 12 meses finalizados em julho.

Já em Curitiba, a alta em um ano (22,02%) é a segunda menor desde agosto de 2022.

“O mercado imobiliário vem dando esses sinais de desaceleração em um movimento que se acentuou nos últimos meses. Passado o aquecimento no início do ano, a tendência é que haja uma acomodação nos valores”, avalia Thiago Reis, gerente de dados do QuintoAndar.

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O estudo “Índice de Aluguel” combina dados do QuintoAndar, plataforma de moradia, com os do Imovelweb, portal imobiliário de classificados. Ao unir valores de contratos fechados aos de anúncios, o novo índice se propõe a apontar o preço do metro quadrado mais próximo do praticado no mercado.

Espaço para negociação

A perda de força mostra que, apesar do preço ainda estar elevado nas principais cidades do país, os consumidores começam a encontrar espaço para negociação, conseguindo um desconto médio nas transações feitas em agosto de 3% a 3,9%.

“Esse desconto parece pequeno, mas pode representar uma benfeitoria no imóvel durante um contrato. Há espaço para o inquilino barganhar. Para o proprietário, ceder um pouquinho também é vantagem para não arcar com os custos do apartamento parado”, afirma o gerente.

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O novo indicador do Quinto Andar acompanha a deflação apresentada desde julho também pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O chamado “Índice do aluguel” recuou 0,72% em julho e 0,14% em agosto deste ano. Com o resultado, o IGP-M acumula baixa de 5,28% no ano. Em 12 meses, a taxa negativa acumulada é de 7,20%, bem abaixo de agosto do ano passado, quando houve alta de 8,59%.