Publicidade
Em encontro com investidores na manhã desta sexta-feira (8), o CEO da XP, Thiago Maffra, afirmou que a instituição financeira poderá atingir participação de 14% a 15% do mercado de investimentos no Brasil até 2026. “Queremos dominar o mercado de investimentos no Brasil. Isso significa que precisamos duplicar nossa fatia de mercado”, afirmou o executivo. Nos doze meses até o final do último mês de setembro, o market share da instituição financeira estava em 11%.
“Estamos no meio de uma tempestade e precisaremos de mais tempo até que investidores passem de depósito a prazo para portfólios mais diversificados, mas acreditamos que o pior ficou para trás”, disse.
Segundo o executivo, nos últimos 12 meses, provavelmente a XP ganhou de 40 a 50 pontos base de market share. “Dois anos atrás, costumávamos ganhar mais de 100 pontos base por ano”, lembra.
Continua depois da publicidade
Os executivos explicaram que mais de 70% dos investimentos estão nos grandes bancos, que ainda oferecem poucas opções de produtos financeiros por não darem prioridade ao segmento e seguirem focados na concessão de crédito.
Maffra reforçou que o core business da XP, que é a área de investimentos, tem como principal alvo a expansão na alta renda, segmento com um potencial de 30 milhões de novos clientes. “Vamos continuar ganhando fatia de mercado por meio de assessoria de alta qualidade”, disse.
O executivo explica que a qualidade da prestação de serviços financeiros é a terceira onda de evolução da XP, após as etapas de diversificação de produtos e a ampliação de distribuição, com 17 mil consultores financeiros em todos os canais. “Hoje nossos concorrentes estão tentando copiar o que nós fizemos, mas já passamos para além disso. Passamos por uma terceira onda de evolução, de qualidade, que é chave para se diferenciar de grandes brancos e outras plataformas”.
Continua depois da publicidade
No pilar de venda cruzada de outros produtos no varejo, Maffra destacou o objetivo de ganhar share pela via de criação de “engajamento de alta qualidade”. “Estamos desenvolvendo mais produtos para ajudar o cliente em suas vidas financeiras tornado a XP sua instituição primária de relacionamento”, disse Maffra.
O CEO acredita que as vendas cruzadas poderão gerar receita adicional de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões até 2026. “Esses novos produtos expandem nosso mercado abordável e trazem mais resiliência, já que são menos correlacionados aos preços de mercado dos ativos”.
O cartão de crédito é o produto de venda cruzada mais bem sucedido da XP, com penetração de 20%. O CEO reconhece que o percentual ainda é baixo comparado ao de bancos incumbentes e que há “um longo caminho pela frente”.
Continua depois da publicidade
Maffra também afirmou que a instituição financeira quer criar soluções de alta qualidade para clientes corporativos, destacando pequenas e médias empresas. “Eles não são bem servidos pelos bancos e representam uma grande oportunidade para a XP em termos de disrupção e penetração”.
A XP prevê que as receitas de corporate e pequenos e médios negócios – onde a penetração da empresa ainda é baixa – cresçam de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões até 2026.
Continua depois da publicidade
“O segmento corporativo e de pequenas e médias empresas é muito grande e está pronto para a disrupção, por meio das mesmas inovações e abordagens que permitiram que nós conseguíssemos inovar na indústria de investimento de varejo”, disse Maffra.
Novo guidance
Contando com as expectativas de incremento de receita apresentadas durante o investor day, a XP soltou projeções para o ano de 2026. Assim, a instituição financeira passou a prever receita bruta entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões no período. Nos doze meses até setembro deste ano, a cifra acumulada foi de R$ 14,8 bilhões.
A XP também espera alcançar margem EBT (de lucro antes de impostos) entre 30% e 34% em 2026. Nos doze meses encerrados no terceiro trimestre, esse percentual estava em 26%.
Continua depois da publicidade
“O que pode dar errado e nosso guidance não ser atingido é a macroeconomia continuar como está hoje. É a principal preocupação, mas não achamos que vai acontecer”, afirmou Bruno Constantino, CFO da XP. Segundo ele, a empresa mantém visão cautelosa sobre a economia. “Acho que estamos em boa forma para entregar o guidance que prometemos”.
Newsletter
Infomorning
Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
You must be logged in to post a comment.