WEG (WEGE3) amplia presença no México com investimento de US$ 40 milhões: o que isso diz sobre a companhia?

Analistas veem medida como positiva, fazendo com que a rentabilidade na região continue a se aproximar da sua unidade brasileira

Lara Rizério

WEG (Divulgação: Linkedin)

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Na última sexta-feira (25), a WEG (WEGE3) anunciou a compra de um terreno na cidade de Atotonilco de Tula, estado de Hidalgo, no México, por US$ 40 milhões.

O terreno está localizado em frente à maior fábrica da WEG no México, tem área de 640 mil m² e faz parte da estratégia da empresa de aumentar gradativamente a capacidade no país. A proximidade com a maior fábrica no país facilitará a integração dos processos de produção, a futura verticalização das operações mexicanas e os processos logísticos.

A WEG está no México desde 2000 e possui 5 fábricas: duas em Huehuetoca (motores elétricos e transformadores), uma em Tizayuca (transformadores) e duas em Atotonilco de Tula (motores elétricos, painéis elétricos e tintas em pó industriais).

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Na visão do Bradesco BBI, as notícias são positivas para a fabricante de equipamentos elétricos, pois está ampliando a capacidade no México, o que permitirá à empresa atender melhor a aquecida demanda na América do Norte.

O BTG Pactual destaca que o México atua como o principal polo de produção da WEG fora do Brasil e se beneficia de uma integração vertical avançada, incluindo seu processo de fundição próprio.

Isso resulta em uma maior reputação da marca e posicionamento de mercado (com uma participação de mercado de motores elétricos de baixa tensão de aproximadamente 15% na América do Norte).

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“À medida que a integração vertical no México avança, esperamos que a rentabilidade na região continue a se aproximar da sua unidade brasileira, conforme observado nos resultados do 2T23 (um dos catalisadores da maior margem Ebitda (ou lucro sobre juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita)”, apontam os analistas do banco.

O BTG vê a expansão da capacidade de produção da WEG de forma positiva por quatro razões em especial: (i) apoia a crescente estratégia de verticalização fora do Brasil, um fator-chave para manter a rentabilidade de longo prazo; (ii) confirma a forte demanda no México e na região do USMCA (acordo entre os Estados Unidos, México e Canadá), impulsionada pela lei de redução da inflação e pelos projetos de infraestrutura; (iii) destaca a estratégia disciplinada da WEG para a alocação de capital, concentrando investimentos recentes de capacidade no Brasil e no México – locais com o maior retorno marginal sobre o capital investido; e (iv) a proximidade da nova instalação minimiza os riscos de execução e integração.

“No geral, a expansão da presença no México aumenta nosso otimismo sobre o crescimento sustentável da receita líquida. Dito isso, nossas principais preocupações de curto prazo são o impacto potencial no lucro líquido da reforma tributária do Brasil”, avalia o BTG.

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Negociando a 25 vezes o múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) esperado para 2024, o BTG tem recomendação de compra para a WEG, com preço-alvo de R$ 50, com potencial de valorização de 37,5% em relação ao fechamento de sexta. Já o BBI tem recomendação neutra para os ativos, com preço-alvo de R$ 39, ou potencial de alta de 7%.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.