Usiminas e CSN sobem até 2% com possível reajuste do aço; Magazine Luiza vira para queda

Confira os destaques da Bolsa desta segunda-feira

Paula Barra

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Confira abaixo os destaques de ações desta segunda-feira:

JBS (JBSS3, R$ 8,62, -1,82%)
As ações da JBS lideram as perdas do Ibovespa, chegando a cair 3,42%, a R$ 8,48, na mínima do dia, em meio à operação do Ministério Público Federal, Polícia Federal e a Receita Federal envolvendo a empresa.

Agentes da Polícia Federal e servidores da Receita Federal cumprem hoje 14 mandados de busca e apreensão em residências e empresas de suspeitos de corrupção, envolvendo a Operação Lava Jato, nas cidades de São Paulo, Caraguatatuba, Campos do Jordão, Cotia, Lins e Santana do Parnaíba. Batizada de “Operação Baixo Augusta”, a ação resultou de uma de investigação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal para apurar a existência de um esquema de propina destinado a agilizar a liberação de créditos tributários junto à Receita Federal.

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A determinação foi feita pela 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Segundo nota da PF, um auditor-fiscal da Receita Federal foi afastado judicialmente e oito pessoas físicas e jurídicas tiveram seus bens bloqueados. A apuração visa apurar ação criminosa de pessoas sem foro privilegiado, conforme indicado pelo Supremo Tribunal Federal STF), com base em acordo de colaboração premiada firmado entre executivos da empresa JBS e o Ministério Público Federal.

Haveria prova de que desde 2004 um auditor fiscal estaria recebendo propina para agilizar, ilicitamente, a liberação de recursos que a empresa teria a receber a título de créditos tributários. Calcula-se que, nos últimos 13 anos, essa fraude tenha movimentado cerca de R$ 160 milhões. De acordo com as investigações, empresas de fachada e a emissão de notas fiscais falsas estariam contribuindo para essas ações.

Em nota, a assessoria de imprensa da J&F informou que a holding não é alvo da Operação Baixo Augusta.” A empresa não fará comentários sobre a ação que está sendo realizada hoje e que decorre do acordo de colaboração firmado com a Justiça. A J&F reitera ainda que, conforme nota divulgada pelo MPF, os créditos à JBS são recursos legítimos que a companhia teria a receber do Fisco”. 

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Petrobras (PETR3, R$ 16,05, +1,01%; PETR4, R$ 15,50, +0,98%)

A Petrobras anunciou um novo reajuste para os combustíveis, com alta de 1,4% no preço da gasolina nas refinarias e aumento de 1,8% no do diesel. Os novos valores valem a partir da terça-feira (12). 

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores. Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente.

Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

Vale (VALE3, R$ 35,74, +0,73%)
As ações da Vale sobem acompanhando o movimento do mercado doméstico. O desempenho, contudo, vai na contramão dos preços do minério de ferro. Os  contratos futuros da commodity negociados na bolsa chinesa de Dalian caíram 0,50% nesta segunda-feira, a 495,5 iuanes. 

Seguem a alta os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 25,87, +0,62%) – holding que detém participação na mineradora – e as siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 11,83, +1,11%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,44, +1,68%), CSN (CSNA3, R$ 7,44, +0,95%) e Usiminas (USIM5, R$ 8,72, +0,69%). 

No radar, a coluna do Broadcast desta segunda-feira destacou que a Usiminas e CSN estão na reta final das negociações com as montadoras para o reajuste de preços do aço para 2018. O aumento deverá ser na ordem de 25%, conforme o almejado, e será aplicado a partir do começo de 2018. O BTG Pactual comenta que, se confirmado, o anúncio poderá ser ligeiramente positivo diante das expectativas do banco, de aumento entre 20% a 25%. 

Além disso, as ações da mineradora foram removidas da “Brazil Buy List” do Itaú BBA. Os analistas contam que o movimento deve-se à realização de lucros nos papéis de 11,2% desde sua inclusão no final de setembro, embora “permaçam otimistas” com a história da companhia. Saíram também da carteira os papéis da Lojas Americanas (LAME4, R$ 15,43, +0,52%) e Cosan (CSAN3, R$ 34,90, +0,43%). 

No lugar, foram incluídos os papéis da TIM (TIMP3, R$ 12,10, +0,92%) – nova “top pick” do banco no setor de telecomunicações -, Randon (RAPT4, R$ 6,55, +2,99%) e Cyrela (CYRE3, R$ 12,70, +2,01%). As demais ações que fazem parte do portfólio são: Banco do Brasil (BBAS3, R$ 31,48, +1,71%), BRF (BRFS3, R$ 37,05, +0,93%), Camil (CAML3, R$ 7,59, +1,20%), Gerdau (GGBR4, R$ 11,77, +0,60%), MRV Engenharia (MRVE3, r$ 13,36, +0,75%), Petrobras e Smiles (SMLS3, r$ 78,63, +1,92%). 

Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 42,31, +0,12%)
Os ADRs (American Depositary Receipts) do Itaú Unibanco foram elevados nesta segunda-feira de manutenção para compra pelo Deutsche Bank, com o preço-alvo passando de US$ 11 para US$ 16, implicando em um potencial de valorização de 24% frente o fechamento da última sexta-feira.

Eletrobras (ELET3, R$ 18,76, +0,97%;ELET6, R$ 21,48, +0,05%)

Em entrevista à Folha, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, afirmou que a privatização da Eletrobras vai ocorrer entre setembro e dezembro de 2018. Segundo ele, a coincidência com as eleições para presidente não prejudicará a atratividade da emissão de ações, afirma. “Nem investidores estrangeiros, nem brasileiros veem problema. Se tem uma oportunidade em um negócio de 30 anos, não tem nada a ver com eleição. Não tenho dúvida de que há interesse, porque são as últimas [usinas] no país. Depois delas, o mapa fica quase completo.”

Vale destacar que a privatização encontra resistência na Câmara e no Senado, inclusive de membros da base do governo. “Se ela não ocorrer, vende-se usina a usina. A Eletrobras ficaria com todos os custos e perderia a capacidade instalada de 14 mil megawatt-hora (MWh), uma Itaipu. A Eletrobras aguenta? Duvido”.

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 69,66, -0,43%)
As ações da Magazine Luiza viraram para queda, depois de subirem 4,6% na máxima do dia, quando acumulavam nos últimos três pregões alta de 25%. O movimento positivo ocorreu na esteira do “ML Day 2017”, evento realizado semana passada na sede da varejista em São Paulo e que reuniu mais de 170 analistas e investidores. Os papéis da Via Varejo (VVAR11, R$ 23,82, +2,23%) pagaram carona na performance de MGLU3 e saltam 8% no mesmo período. B2W (BTOW3, R$ 17,40, +2,35%), por sua vez, aparece mais atrasada, acumulando nos mesmos dias alta de 4%.  

Embora nenhuma grande novidade tenha sido revelada para justificar a disparada, o evento trouxe um tom bem positivo e como havia uma quantidade significativa de investidores no ML Day e como boa parte deles não possuíam ainda as ações MGLU3 em carteira – mesmo com a disparada de 2.800% desde 2016 -, isso foi o suficiente para atrair novos compradores ao papel, comentaram gestores e analistas ao InfoMoney.

ESPECIAL: 3 motivos para (tentar) entender a disparada da Magazine Luiza

Vale menção ainda que diversos analistas já estavam emitindo opiniões positivas sobre o papel antes do evento, mas alguns aproveitaram o dia para reforçar o tom positivo no papel, caso do BTG Pactual, que demonstrou, em relatório divulgado ontem, forte entusiamo com a empresa e disse que ela é, de fato, a “prime” do setor. 

A ação da Magazine Luiza faz parte da Carteira InfoMoney do mês de dezembro (clique aqui e confira o portfólio completo). 

Wiz (WIZS3, R$ 11,64, -2,27%)
Uma das “ações queridinhas” do setor de seguros de muitos analistas de mercado segue sofrendo na bolsa. Em evidência nos últimos meses, a corretora Wiz (WISZ3) começou o ano de 2017 com uma boa performance, mas de uns três meses para cá, a ação já caiu cerca de 50%, muito por conta da renegociação envolvendo a Caixa Seguradora e a francesa CNP Assurance.

Rodrigo Heilberg, sócio-fundador e gestor do HIX Capital FIA, contou no programa Papo com Gestor da última semana, que o fundo contava com ações da Wiz, mas que optou por deixar o investimento há dois meses, antes de todo o rebuliço envolvendo a companhia – que ocorreu em novembro (veja a entrevista completa aqui).

Hermes Pardini (PARD3, R$ 30,35, +1,34%)
O Bradesco BBI divulgou nesta segunda-feira um relatório sobre as ações da Hermes Pardini. Mesmo com os ganhos de 54% desde o IPO (Initial Public Offering), em fevereiro, os analistas da corretora do banco ainda veem atraentes oportunidades de crescimento para a empresa. “Com Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos primeiros nove meses de 2017 acima das expectativas, aumentou nossa confiança para elevar nossas estimativas de longo prazo e ainda manter nossa tese sobre tendências de margem”, comentam. A recomendação é “outperform” (desempenho acima da média), com preço-alvo de R$ 38,00.

Com uma boa e previsível execução, os investidores já não parecem exigir um desconto para a Fleury, e considerando o maior potencial de crescimento, a PARD3 poderia justificar um prêmio moderado em relação à FLRY3, argumentam. Enfim, a empresa tem catalisadores convincentes que poderiam gerar uma maior apreciação nos próximos 6 a 12 meses, o que os levaram a permanecer otimistas.

“Ainda não preferimos PARD3 em relação à FLRY3 no segmento de diagnóstico porque vemos mais/melhores catalisadores para o PARD3, mas reconhecemos que após a recente venda, a Fleury também é uma oportunidade atraente”, complementam. A recomendação é neutra para Fleury, com preço-alvo em R$ 32,00.

Localiza (RENT3, R$ 21,06, -0,43%)
A Localiza Rent a Car pretende permanecer muito conservadora em sua gestão financeira visando um balanço forte e aposta no caixa robusto para enfrentar o ano de 2018, que tende a ser turbulento em termos políticos, segundo o presidente da companhia.

“2018 deverá ser um ano turbulento politicamente. E para isso a empresa está bem preparada, com caixa alto, para pagar as dívidas que vencem em 2018 e 2019”, disse Eugênio Mattar, presidente da Localiza, em entrevista no escritório da Bloomberg em São Paulo. “Empresa muito bem preparada para não ter nenhum susto”. Confira aqui o conteúdo completo

Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 15,86, +2,26%)

O Carrefour Brasil elegeu Matthieu Malige como novo presidente do Conselho em reunião da última sexta-feira (8).  Malige vai substituir Pierre-Jean Sivignon, que apresentou renúncia ao cargo de presidente do conselho na mesma data. Sivignon também renunciou aos cargos de membro dos Comitês de Recursos Humanos e de Auditoria Estatutário. 

Alpargatas (ALPA4)
O Conselho da Alpargatas aprovou a primeira emissão de debêntures da companhia nesta sexta-feira, segundo fato relevante. A emissão será em 3 séries, para investidor qualificado, com vencimentos em 2019, 2020 e 2022. Os recursos serão usados para gestão ordinária dos negócios, disse a empresa.

Gol (GOLL4, R$ 14,41, +2,05%)

A Gol teve o rating elevado de CCC+ para B- pela Standard & Poor’s. A agência de rating retirou CreditWatch positivo, colocado em 27 de novembro, segundo nota da S&P.

A atualização reflete a melhora da liquidez da Gol, que resultou da emissão bem sucedida de notas seniores que permitirão à empresa melhorar sua estrutura de capital e reduzir a carga de juros. A perspectiva positiva reflete a expectativa de desalavancagem gradual da cia. através de esforços recentes para renovar operações e melhorar sua estrutura de capital. “Acreditamos que há pelo menos uma em cada três chances de atualizar a Gol nos próximos 12-18 meses se publicar dívidas ao Ebitda de forma consistente em 3,5 vezes e fundos de operações para dívidas de cerca de 25%”, diz S&P. 

BRF (BRFS3, R$ 37,24, +1,44%)

Em entrevista ao Estadão, Abilio Diniz afirmou que a turbulência na BRF, dona de Sadia e Perdigão, ficou para trás. Maior exportadora de frango do mundo, a empresa teve prejuízo por três trimestres seguidos, algo inédito em sua história, e viveu meses de divergência entre sócios, com debandada de executivos e demissão do presidente. Ao jornal, o empresário, dono de 3,92% da BRF e presidente do conselho, disse que esses temas foram superados e que há agora “outro clima”.

“Casa que não tem pão todo mundo reclama e ninguém tem razão. Numa situação assim, você tem opiniões divergentes dos acionistas e dos investidores, certa pressão para que resultados voltem. Mas isso está completamente ultrapassado.”

A pacificação da BRF narrada por Abilio decorre, em sua visão, da eleição do novo presidente, José Aurélio Drummond Jr. A escolha foi vista como demonstração de força do empresário, que impôs o nome do executivo mesmo com oposição dos fundos de pensão Previ (do Banco do Brasil) e Petros (da Petrobras) – maiores acionistas da BRF, com 11% cada um. 

O processo acirrou os ânimos no conselho, que já vivenciava discussões acaloradas sobre os rumos da empresa. Os fundos diziam que o sucessor de Pedro Faria, que comandava a BRF desde 2014, deveria ser trazido por uma empresa de recrutamento, e não poderia ser ligado a acionistas. Abilio advogou por Drummond, que era conselheiro da BRF e visto como nome de sua confiança. Abilio minimizou o conflito. “(A eleição) foi muito mais tranquila do que parece”, disse. Mas ele confirmou que chegou a pedir a contratação de firma de investigação para apurar vazamentos no colegiado.

Segundo Abilio, a BRF está em “outro momento”. Essa nova fase terá bem menos influência da Tarpon, sócio com 8,5% da empresa. O empresário afirmou que, com a saída de Faria, sócio do fundo, “praticamente não há mais ninguém da Tarpon” na BRF e que o fundo ajudará por meio do conselho. Na visão de Abilio, a recuperação dos resultados da empresa, que teve lucro no terceiro trimestre, deverá se consolidar. Uma nova marca vai ser lançada e o processo de internacionalização reforçado, afirmou. O projeto de abertura de capital da OneFoods, subsidiária voltada para o mercado muçulmano, está sendo repensado e a entrada de investidores não está descartada, afirmou.

Procurada, a Previ disse, em nota, que não falará de assuntos ligados à governança, mas que segue “insatisfeita com o desempenho” da BRF. A Petros disse que não se pronunciará sobre questões internas, mas que está “insatisfeita com os resultados apresentados pela BRF e com o desempenho das ações”. A Tarpon não comentou.

BR Malls (BRML3, R$ 12,52, +0,56%)

A BR Malls informou ter vendido sua participação de 2,1% no Minas Shopping, por R$ 11,2 milhões. O valor representa um “cap rate” (retorno percentual em relação ao seu valor) de 9,8%. O Minas Shopping está localizado em Belo Horizonte e tem 763,8 metros quadrados de ABL (área bruta locável). “Essa operação possibilita que a BR Malls utilize os recursos provenientes da venda para investimentos que possuam maior rentabilidade. A companhia segue buscando oportunidades de reciclagem de portfólio”, disse a empresa em comunicado ao mercado na última sexta-feira.

CSN (CSNA3, R$ 7,48, +1,49%)

A CSN obteve aval ambiental para manter operação Presidente Vargas. A autorização Ambiental mantém a plena operação da Usina Presidente Vargas, localizada em Volta Redonda (RJ), em caráter provisório, com validade de 180 dias, disse CSN em comunicado na noite de 8 de dezembro. A companhia afirmou que buscará uma solução consensual definitiva quanto às questões ambientais existentes.

Tupy (TUPY3, R$ 18,60, +0,0%)

A Tupy prevê investimentos de R$ 150 milhões em 2018 e retorno de margens voltando a níveis históricos em 2018, cerca de 15%, disse a companhia em comunicado. O volume de vendas deve crescer 5%; crescimento dos mercados interno e externo, sobre base comparativa mais forte. A redução de custos projetada é de R$ 42 milhões. 

Movida (MOVI3, R$ 6,65, +2,94%)

Dez meses após o IPO, a Movida aprovou a recompra de até 7 milhões de ações ordinárias em dezoito meses. A companhia informou que manterá o percentual mínimo de 25% das ações em circulação mesmo com a recompra. Os recursos para a recompra de ações virão da reserva de lucros e capital disponível, disse a empresa. 

(Com Agência Estado)

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