SLC Agrícola (SLCE3) sobe na Bolsa mesmo com caminho mais “turbulento” no curto prazo, aponta BBA

Banco revisou para baixo sua estimativa de preço-alvo de R$ 50 para 58,00; no ano, ações operam com estabilidade

Camille Bocanegra

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A SLC Agrícola (SLCE3) passou parte da sessão desta terça-feira (12) entre as maiores altas da Bolsa, chegando a avançar mais de 4%, mas desacelerou seus ganhos para cerca de 2%, por volta das 16h, com suas ações valendo R$ 40,40.

Embora seja considerada pelo Itaú BBA uma ação com recomendação outperform (ou seja, similar à compra), o banco reviu sua estimativa de preço-alvo, para R$ 50,00, ante projeção anterior de R$ 58,00. No ano, as ações da SLC operam com próximas da estabilidade, com mais 0,79%.

“Continuamos otimistas em relação à história no longo prazo, mas antecipamos um caminho mais turbulento no curto prazo”, explicou o banco, em relatório de análise sobre a SLC (SLCE3).

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Entre os elementos que compuseram a análise, o BBA destaca que a ação pode sofrer pressão por notícias negativas envolvendo os preços globais.

O banco entende, especialmente, que há possibilidade de uma perspectiva mais forte de oferta, causada pelo fenômeno El Niño.

SLCE3: safra 23/24 deve trazer menores preços para soja e milho

De acordo com a equipe agro do Itaú BBA, portanto, há uma perspectiva de um cenário de oferta e demanda mais folgadas para os grãos no curto prazo.

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A visão é, “em parte, apoiada por uma revisão ascendente das expectativas para as safras nos EUA, Argentina e Brasil (especialmente Rio Grande do Sul), impulsionadas pelo impacto geralmente positivo do El Niño na produtividade nessas regiões”, explicam.

Entre as mudanças de projeção do banco estão as reduções de preços, nas safras 2023/24, para US$ 13,80, do bushel de soja e, para R$ 50,00, da saca de milho.

Para 2025/2026, entretanto, as previsões de preços estão mantidas: US$ 12,50 para soja e R$ 65,00 para a saca de milho.

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“Localmente, os investidores parecem um pouco mais preocupados com uma potencial redução na área plantada de milho de segunda safra para a colheita 2023/24”, destaca o BBA.

Analistas estão otimistas com longo prazo

O banco pontua, porém, que segue otimista com a companhia no longo prazo, mesmo que no curto prazo “o caminho seja mais turbulento.”

“Permanecemos otimistas em relação à margem de Ebitda ajustada consolidada da empresa, prevendo 35% para 2024; 34% para 2025; e uma normalização para 30%, a partir de 2026 em diante”, pontua o banco.

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A visão é que as margens podem ser mais altas por mais tempo graças ao modelo de negócios cada vez mais tecnológico da empresa, que garante redução de custos; e por conta do banco de terras da SLC, que estaria mais próximo da maturidade, sendo composto por fazendas com maior produtividade.

Para o próximo ano, no entanto, o BBA entende que o Ebitda virá 17% abaixo das estimativas anteriores, em R$ 2,9 bilhões para 2024, e em R$ 2,8 bilhões em 2025.

BBA aponta suas preferência do setor

Assim, a preferência para o setor está em nomes que não sofram restrições de liquidez, como o BBA considera ser o caso da SLC. A escolha do banco, nesse sentido, atualmente, é por 3tentos (TTEN3).

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A top pick do BBA (3tentos) opera com alta de 3,4% na sessão desta terça, cotada a R$ 14,18. No apanhado de 2023, o papel se valorizou 53% e vem de desempenho positivo também nos últimos 12 meses (+29%).

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