Refinaria da Petrobras interditada, opção de venda da Marfrig e outras notícias no radar

Confira o que está no radar dos investidores nesta segunda-feira 

Marcos Mortari

(Agência Petrobras)
(Agência Petrobras)

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SÃO PAULO – Refinaria da Petrobras que pegou fogo na semana passada é impedida de retomar operações pela ANP e investidores da Marfrig são surpreendidos com opção de venda. 

Confira o que está no radar dos investidores nesta segunda-feira (27):

Petrobras (PETR3; PETR4)

A ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis) interditou a refinaria Replan, da Petrobras, para evitar novos acidentes. Para o retorno das operações, a companhia deve encaminhar à agência documentos e informações que comprovem condições de segurança adequadas. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Petrobras mantém o plano de retomar a operação da refinaria Replan, nos próximos dias, mesmo após decisão da ANP.

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A Petrobras informou nesta segunda-feira (27) que já está providenciando documentos e informações necessárias para a “retomada segura” da operação nas unidades não impactadas por um incêndio ocorrido há uma semana, segundo comunicado.

“A Petrobras aguardará a desinterdição das instalações pela agência, mantendo a perspectiva de início do processo produtivo para os próximos dias, uma vez que já estava tomando medidas similares às solicitadas pela ANP”, disse a estatal.

“Estimamos uma perda de R$100 milhões/dia enquanto as operações da Replan ficam paralisadas”, calculam os analistas da XP Research.

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Além disso, a empresa informou que deu início à nova fase em processos para a cessão de participações da companhia em três campos de produção de óleo e gás, na qual estará aberta a propostas vinculantes pelos ativos.

Entram na nova fase a cessão de toda participação da estatal no campo de Baúna (área de concessão BM-S-40), em águas rasas na Bacia de Santos, e o processo para cessão de 50%, sem transferência da operação, de direitos e obrigações de exploração e produção do campo de Tartaruga Verde (concessão BM-C-36) e do Módulo III do campo de Espadarte, ambos em águas profundas na Bacia de Campos.

Vale (VALE5)

A Vale limitará a sua produção anual de minério de ferro a 400 milhões de toneladas, informou o presidente da empresa, Fábio Schvartsman, ao jornal Estado de S. Paulo em entrevista publicada no domingo. De acordo com o executivo, a empresa tem capacidade para produzir até 450 milhões de toneladas anualmente, mas só usará essa capacidade extra no caso de aumento dos preços do minério.

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Gerdau (GGBR4)

A Gerdau informou que seu conselho de administração aprovou a venda de suas operações e ativos na Índia detidos por meio da subsidiária Gerdau Hungria KFT y Cia Sociedad Regular Colectiva, por  US$ 120 milhões. Os ativos serão vendidos para a Blue Coral Investment Holdings e a Mountainpeak Investment Holdings.

“A lógica desse desinvestimento é clara para nós: foco nas Américas, saída dos mercados asiáticos que não são mais uma plataforma de crescimento para a empresa, foco em unidades de maior retorno, aumentando a desalavancagem. Acreditamos que o mercado dará as boas vindas a este movimento e mantemos nossa alta convicção de compra na Gerdau”, afirmam os analistas do BTG Pactual.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR4)

O diretor-presidente do Grupo Pão de Açúcar, Peter Estermann, disse ao jornal francês Les Echos que o GPA não está negociando com a Amazon a venda da Via Varejo. “A Amazon tem um acordo com o Casino na França, mas não há negociações em andamento no Brasil”, disse Estermann. 

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Marfrig (MRFG3)

Os acionistas minoritários da National Beef, que detêm 49% das ações da Marfrig, receberam o direito de vendê-las para a empresa pelo “valor justo” a partir de 2023. A opção de venda, que pode vir a custar bilhões de reais, não estava em nenhum dos documentos divulgados pela empresa.

CCR (CCRO3)

A Andrade Gutierrez desistiu de vender a CCR. “Tem se noticiado muito isso, e não é verdade”, disse ao Valor Econômico o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Gustavo Coutinho. Há pouco mais de um mês, com dificuldade para negociar com credores o pagamento de dívida vencida em abril, a empreiteira teria aberto um processo competitivo para vender sua fatia na empresa a fundos de pensão americanos e canadenses, conforme apurou o jornal.

CSN (CSNA3)

A CSN avisou que vai elevar os preços de todos os tipos de aço a partir de 3 de setembro e que pedirá atualização dos valores em linha com o que já praticou ao resto do negociação dos contratos semestrais de fornecimento com as montadoras. De acordo com Luis Fernando Martinez, diretor comercial da CSN, o reajuste ficará entre 25% e 30% para as montadoras em 2019. Em setembro, distribuição e indústria receberão nova alta de 10,25%, após aumento de 12,25% para laminados a quente e a frio e de 10,75% para zincados em agosto.

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Hypera (HYPE3)

As negociações de um acordo de delação premiada entre João Alves Queiroz Filho, conhecido como Júnior, fundador da Hypera Pharma (antiga Hypermarcas) e a PGR (Procuradoria Geral da República) caminham em um ritmo mais lento que o esperado, segundo informações do colunista do jornal “O Globo” Lauro Jardim. 

A Hypera teve o nome citado na Operação Lava Jato em junho de 2015. Segundo depoimento do ex-diretor de relações institucionais do grupo, Nelson Mello, a empresa teria repassado R$ 30 milhões para parlamentares do MDB por meio dos operadores Lúcio Funaro e Milton Lyra. O objetivo dos repasses era garantir a atuação desses políticos em temas de interesses da Hypera no Congresso. 

Triunfo (TPIS3)

A companhia informou que, no transporte rodoviário, o total de veículos equivalentes pagantes chegou a 100,492 milhões entre janeiro e julho, volume 3,1% menor em comparação com o mesmo período do ano passado. O maior recuo ocorreu na Concepa (-5,4%). Todos os segmentos tiveram desempenho negativo, e a concessionária fez referência à greve dos caminhoneiros, que atingiu todo o país em maio. Já no segmento aeroportuário, também foi vista variação negativa no aeroporto de Viracopos: -4,2% em circulação de aeronaves entre janeiro e julho deste ano, na comparação com 2017.

TIM Participações (TIMP3)

A empresa de telefonia anunciou uma mudança em sua estrutura organizacional. Segundo comunicado, as diretorias de marketing, vendas, atendimento, mercado corporativo e mercado residencial, e os respectivos responsáveis passaram a se reportar diretamente ao CEO Sami Foguel. O executivo Pietro Labriola encerra o período de expatriação no Brasil, depois de três anos como COO (Chief Operating Officer).

“Não esperamos impacto relevante no papel que já sofreu bastante nos últimos meses (inclusive com rumor de saída do Pietro)”, afirmam os analistas do BTG Pactual, em relatório.

Valid (VLID3)

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo vai digitalizar documento de veículos.

“Importante ressaltar que matéria se refere ao certificado de registro do veículo (CRLV), cujo impacto seria zero para a Valid, que é responsável pela emissão das CNHs. O barulho da semana passada era a respeito de uma possível eliminação da obrigação de se renovar as CNHs impressas (a cada 5 anos), que ai sim poderia impactar a empresa”, destacam os analistas BTG Pactual, em relatório. 

O time de análise do BTG informa que não espera mudanças no curto prazo, pelas seguintes razões: (i) é um negócio altamente lucrativo para os estados e como a maioria está em péssima situação financeira, não podem perder esse tipo de receita; e (ii) capacidade dos motoristas de continuar dirigindo deve ser testada de tempos em tempos e mesmo um processo simplificado exigiria alguém que o administre. Por fim, o BTG diz que as ações parecem atrativas e o sell-off recente pode ser uma boa oportunidade de compra.

Bancos

A alta inadimplência nos financiamentos imobiliários provocada pela crise aumentou o número de imóveis retomados pelos bancos. Segundo levantamento divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo, do início de 2014 pra cá, as cinco maiores instituições financeiras do País retomaram R$ 11,5 bilhões em imóveis por falta de pagamento. Essas instituições têm o volume recorde de R$ 13,7 bilhões em imóveis à espera de um interessado, cifra que cresceu 745% em quatro anos e meio. O setor estima que a cifra corresponde a cerca de 70 mil casas e apartamentos.

Especialistas chamam atenção para o risco de uma elevação no número de imóveis nas mãos dos bancos seja acompanhado por uma queda de preços, o que reduz a possibilidade de a instituição reaver o dinheiro emprestado. Outro problema para as companhias é o custo de manutenção e a redução de capital para empréstimo em outras operações.

Banco Pine (PINE4)

O conselho de administração da companhia elegeu o diretor Eduardo Magalhães Fonseca como novo diretor de relações com investidores.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.