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SÃO PAULO – Contando mais uma semana em geral positiva, os mercados começam a despertar certa confiança na retomada – mesmo que ainda tímida, mesmo que ainda incerta. Por isso, as centenas de opiniões cautelosas vão, pouco a pouco, dividindo espaço com algum otimismo.
Sherry Cooper, economista-chefe do Bank of Montreal Capital Markets, confere boa parte do crédito ao presidente do Fed. “Bernanke é claramente o melhor porta-voz da Administração Obama”.
Para Sherry, o Banco Central dos EUA mostra compromisso com a impressão de moeda para recompra de títulos de longo prazo e de papéis lastreados em hipotecas. Em complemento, “o programa Talf (Term Asset-Backed Loan
Facility) recém-introduzido facilitará as condições de crédito”.
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Pode dar certo
Os analistas do Goldman Sachs perguntam: “o que pode dar certo para a economia mundial?”. Felizmente, ao menos no campo hipotético, são várias as respostas:
- O consumo de norte-americanos, britânicos e alemães retoma força.
- A derrocada do setor imobiliário dos EUA encontra sua inflexão.
- O Talf se torna um sucesso.
- Aumenta a cooperação internacional.
- Os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) voltam a empolgar.
No campo factual
Enquanto as hipóteses não são validadas ou rejeitadas, cabe atenção à agenda externa das próximas sessões. A quinta-feira (26) apresenta uma nova versão do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA referente ao quarto trimestre de 2008. Na sexta, saem renda e gastos pessoais, além da inflação medida pelo núcleo do PCE (Personal Consumption Expenditures).
Mais modesto, o calendário brasileiro conta com dados regulares de inflação, além da Pesquisa de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na quinta-feira.
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Sinais da ata
Segundo os economistas da corretora Ativa, o Copom (Comitê de Política Monetária) “se mostrou até de certo modo surpreendido, assim como o mercado também foi, pelos fortes efeitos da crise na atividade e, principalmente, pelos resultados divulgados da produção industrial”.
Arthur Carvalho e Marcos Fantinatti apostam em corte de 1 ponto percentual em abril, ou mais. Caso a mediana de expectativas para a inflação caia até a próxima reunião, “a possibilidade de um corte de 1,5 ponto passa a ser maior”.
O real
Subindo 1,57%, o real marcou sua terceira semana seguida de valorização contra o dólar, mediante sinais favoráveis a ativos de risco. Com isso, a moeda brasileira registra em 2009 uma das melhores performances relativas dentre as divisas mais negociadas.
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