PetroRecôncavo (RECV3) aguarda reforma tributária para eventualmente acelerar dividendos

Petroleira busca se posicionar como negócio de crescimento orgânico e de remuneração razoável aos acionistas

Felipe Alves

Publicidade

A diretoria da Petrorecôncavo (RECV3) se mostrou positiva com os resultados do 2º trimestre e avalia que a distribuição de dividendos este ano pode ser acelerada, dependendo do resultado da reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional.

Segundo o diretor financeiro da petroleira júnior, Rafael Cunha, é preciso acompanhar o que será estabelecido pela reforma tributária no ponto que se refere aos proventos para, então, avaliar se será necessário fazer uma distribuição acelerada de dividendos ainda este ano.

Questionado sobre a alocação de capital da empresa, Cunha destacou que a Petrorecôncavo busca se posicionar como um negócio de crescimento orgânico, mas também com uma empresa que paga remuneração razoável a seus acionistas.

Continua depois da publicidade

“Como estamos em 2023, um ano muito pesado em termos de fluxo de caixa relacionado às aquisições, a ideia é manter a empresa capitalizada”, afirmou a analistas.

Conforme Cunha, no fim deste ano, o plano básico da empresa é fazer uma distribuição de proventos, possivelmente como JCP, e uma complementação no ano seguinte.

“Ano que vem vamos ter passado dessa fase de aquisições relevantes e grande parte do caixa ficará disponível para distribuição de proventos”, acrescentou.

Continua depois da publicidade

Petrorecôncavo (RECV3): balanço do segundo trimestre

No segundo trimestre, a PetroRecôncavo (RECV3) teve lucro líquido de R$ 177,64 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), avanço de 35,6% na base de comparação anual.

A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 658 milhões entre abril e junho, uma queda de 4,7% frente o 2T22.

Ao final da sessão desta sexta-feira, após o balanço, as ações da PetroRecôncavo fecharam com queda de 2,43%, cotadas a R$ 23,20.

Continua depois da publicidade

De acordo com o CEO da empresa, Marcelo Magalhães, a petroleira mostrou grande resiliência na operação e entregou um trimestre sólido, apesar dos fatores externos não controláveis, como os preços do petróleo no mercado internacional, o valor da taxa de câmbio e restrições de natureza comercial.

Troy Patrick Finney, Diretor de Operações, destacou ainda o novo recorde de produção de julho, fruto do trabalho de otimizações na Bahia e em Potiguar. A empresa chegou a um aumento significativo de produção no ativo Potiguar, frente à média histórica.

Mais destaques operacionais

A empresa pontuou a analistas ainda que realizou a entrega de mais três equipamentos de grande porte e agora está muito próxima de ter seu “parque de equipamentos ideal”, disse o CEO, Marcelo Magalhães.

Continua depois da publicidade

“Após anos de crescimento não orgânico, a petroleira está em fase de organização interna para depender cada vez menos de terceiros e ter um maquinário próprio. Essa padronização da frota tem gerado resultados positivos, com ganhos de eficiência em produção e manutenção. A estrutura verticalizada da empresa é o modelo ideal e uma vantagem competitiva muito relevante para o futuro da operação”, disse.

Ele ressalta que, com este modelo, a empresa poderá executar mais com menos equipamento e menos pessoas.

“Termos a nossa estrutura verticalizada nos proporciona não apenas custos menores, mas flexibilidade e autonomia muito grande em fazer o que temos feito, que é incrementar nosso programa de trabalho para o desenvolvimento dos nossos campos com foco em redução de custos e aumento do fluxo de caixa livre”, ressalta Marcelo Magalhães.

Continua depois da publicidade

Redução de custo por barril

De acordo com o CFO Rafael Cunha, a companhia segue no objetivo de reduzir o custo por barril no segundo semestre. No 2T23, o custo médio de produção por BOE foi de US$ 13,54, ainda abaixo do desejado.

Os efeitos extraordinários no lifting cost do 2T23 devem se normalizar ao longo do ano, segundo a companhia.

Isso deverá acontecer levando em conta a desinterdição do Polo Bahia Terra, reduzindo custos com transporte de fluidos; a completa integração operacional dos campos de Tiê e Tartatura, com os ganhos de sinergia que deverão ser capturados; e a redução de despesas pré-operacionais relacionadas à mobilização de novos equipamentos.

Alavancagem confortável

De acordo com Rafael Cunha, a companhia está em posição de alavancagem bastante confortável. Isso dá espaço para a companhia captar oportunidades de M&A que possam surgir ou então captar mais recursos, se for necessário, diz o CFO.

Com saldo caixa encerrado em junho em US$ 163 milhões, a companhia contratou novo financiamento em julho no valor de US$ 60 milhões. A segunda parcela da aquisição da Maha Energy vence em agosto, quando a empresa deverá pagar US$ 55,2 milhões.

“O fluxo de caixa livre da empresa aliado a um baixo leverage deixa a empresa confortável para novas oportunidades que temos certeza que vão aparecer, para que estejamos numa posição muito forte para tomar proveito de oportunidades”, reforçou Magalhães.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.