Petrobras (PETR4) quer seguir na Braskem, mas não torná-la estatal; ação BRKM5 dispara

Bloomberg — A Petrobras (PETR3;PETR4) não está interessada em transformar a Braskem (BRKM5) em uma empresa estatal e a alta administração sinalizou que faria sentido para a produtora de petroquímicos ter um parceiro estratégico, de acordo com pessoas a par do assunto.

As ações da Braskem subiram até 9,8%, para R$25,7 (US$5,26) na quinta-feira (10), fechando em alta de 6,84%, a R$ 24,99. A notícia foi divulgada inicialmente pelo jornal Valor Econômico.

Em uma ligação privada com analistas na quinta-feira, o presidente executivo da Petrobras, Sergio Caetano Leite, disse que a empresa petrolífera controlada pelo Estado brasileiro considera a petroquímica um negócio estratégico, já que a transição para a energia verde pode tornar a gasolina menos lucrativa.

“Todas as grandes empresas integradas têm uma divisão petroquímica relevante”, disse ele na sexta-feira durante uma chamada de resultados.

A Petroleo Brasileiro SA, como é formalmente conhecida, é a segunda maior acionista da Braskem. Ela tem direitos de tag-along e direitos de preferência para a participação de controle na Braskem, que o conglomerado de engenharia Novonor SA está sendo pressionado a vender.

As autoridades da Petrobras disseram que vão aguardar a decisão da Novonor antes de tomar qualquer atitude, de acordo com as pessoas. A Petrobras disse em um e-mail que ainda está avaliando a melhor estratégia para o setor petroquímico e para a Braskem.

Desde maio, a Novonor recebeu ofertas não vinculantes pela Braskem da Unipar Carbocloro SA, da J&F Investimentos SA, e uma terceira da Abu Dhabi National Oil Co. e da Apollo Global Management. A Petrobras não vê avanço em nenhuma das ofertas e planeja manter pelo menos sua participação atual na empresa, disse a pessoa.

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