Lucro líquido da Berkshire Hathaway, de Buffett, salta 536% no 1º tri, para US$ 35,5 bi; ganhos operacionais sobem 12,6%

Warren Buffett aponta que investidores devem se concentrar mais nos lucros operacionais, menos voláteis; caixa sobe para US$ 130,6 bilhões

Equipe InfoMoney

(Drew Angerer/Getty Images)

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A Berkshire Hathaway, conglomerado de seguros e investimentos administrado pelo bilionário Warren Buffett, registrou salto do lucro no primeiro trimestre de 2023 (1T23), em parte graças a uma recuperação no negócio de seguros.

O lucro líquido do conglomerado, que inclui ganhos com investimentos de curto prazo, teve alta de 536,2%, para US$ 35,5 bilhões no trimestre, ante US$ 5,58 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.

A alta do lucro reflete uma recuperação no primeiro trimestre dos investimentos em ações, como papéis da Apple, e receitas.

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O lucro líquido da Berkshire pode ser volátil de trimestre para trimestre porque a empresa tem grandes investimentos em ações e é obrigado a incluir ganhos ou perdas de investimentos não realizados nos documentos. Embora isso seja um impulso para seus resultados quando os mercados estão em alta, prejudicou os lucros da Berkshire no mesmo período do ano passado.

Assim, Buffett, CEO da empresa, diz aos investidores que se concentrem nos lucros operacionais, não nos gerais, já que os lucros totais incluem ganhos e perdas de papel no portfólio de ações da Berkshire e não refletem o poder de lucro principal da empresa.

O lucro operacional, que abrange os ganhos dos negócios de sua propriedade, foi de US$ 8,065 bilhões no primeiro trimestre. Isso representa um aumento de 12,6% em relação aos US$ 7,16 bilhões do ano anterior.

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O número foi impulsionado pela seguradora de automóveis Geico, que voltou à lucratividade após cerca de seis trimestres de perdas. A Geico reportou US$ 703 milhões em ganhos, já que prêmios médios mais altos e menores gastos com publicidade contribuíram para o número positivo, mesmo quando as frequências de sinistros caíram.

O lucro em subscrição de seguros no geral chegou a US$ 911 milhões, bem acima dos US$ 167 milhões do ano anterior, ou um avanço de 445%. A receita de investimentos em seguros também saltou 68%, para US$ 1,969 bilhão, de US$ 1,170 bilhão um ano antes.

O negócio ferroviário da empresa, BNSF, e sua empresa de energia, registraram quedas nos lucros na base de comparação anual. As operações classificadas em “outros negócios controlados” e “não controlados” tiveram ligeiro aumento em relação ao mesmo período do ano anterior.

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O caixa da Berkshire aumentou 2%, para US$ 130,616 bilhões, de US$ 128 bilhões no quarto trimestre de 2022.

Os resultados trimestrais da empresa foram divulgados no mesmo dia da reunião anual de acionistas do conglomerado, um evento conhecido como “Woodstock para Capitalistas”.

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As ações Classe A da Berkshire subiram 4,9% este ano até o fechamento de sexta-feira, ficando atrás do avanço de 7,7% do S&P 500. No entanto, a ação está apenas 3% abaixo do recorde histórico.

A Berkshire ainda anunciou ter recomprado um total de US$ 4,4 bilhões em ações no primeiro trimestre, um aumento em relação ao mesmo período do ano passado. O motivo é que o conglomerado de Buffett encontrou poucas opções de negócios de sucesso – pelos quais o megainvestidor é conhecido –, em meio à turbulência dos mercados internacionais.

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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