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Ibovespa sobe 1,37% e supera 116 mil pontos, com juros nos EUA, China e menor aversão ao risco

Falas de dirigentes do Federal Reserve sinalizando que ciclo de alta dos juros nos EUA está encerrado foram destaques no dia

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou em alta de 1,37% nesta terça-feira (10),  aos 116.736 pontos, acompanhando o que foi visto no exterior, com notícias positivas provindas dos Estados Unidos e da China minimizando o temor ainda existente de uma escalada dos conflitos no Oriente Médio.

Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,40%, 0,52% e 0,58%.

“Mesmo ainda sob as incertezas da extensão do conflito Israel-Hamas, o Ibovespa voltou a subir e acompanhou o cenário internacional de forte queda dos treasuries yields, após mais um membro do Federal Reserve, desta vez Raphael Bostic (Fed Atlanta, afirmar que os juros já estariam em um patamar suficientemente restritivo”, contextualiza Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

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“Com sinalizações como essa, o mercado começa a desmontar de vez as apostas de um novo aumento dos juros pelo Fed na próxima reunião, algo que chegou a ser precificado há poucas semanas”, completa.

Os treasuries yields para dez anos perderam 13,3 pontos-base, pagando 4,649%, e os para dois anos recuaram 12,6 pontos, a 4,953%.

O especialista explica ainda que menores juros nos Estados Unidos favorecem a renda variável, além de distensionar os juros em outros países e fortalecer as suas moedas.

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Matheus Pizzani, economista da CM Capital, pontua que o dia foi marcado também por uma menor aversão ao risco para além do recuo dos treasuries. Segundo ele, o afastamento da possibilidade de uma escalada do conflito no Oriente Médio também ajudou os mercados.

“A leitura atual é que o conflito ficará restrito aos dois protagonistas e não envolverá outros países, como o Irã, o que poderia afetar, dentre outras coisas, o mercado internacional de petróleo”, contextualiza. O barril de petróleo Brent teve baixa de 0,69%, a US$ 87,54, e o VIX, considerado o “índice do medo”, recuou 3,90%, aos 17,01 pontos.

Por fim, ainda no cenário internacional, analistas também destacam que houve notícias positivas vindas da China, após a informação de que o gigante asiático estuda a emissão de US$ 137 bilhões em dívida governamental para investir em infraestrutura. Com essa notícia, as ações ordinárias da Vale (VALE3), por exemplo, subiram 0,60%.

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Toda a menor aversão ao risco, trouxe um alívio para a curva de juros brasileira. Os DIs para 2025 perderam 9,5 pontos-base, a 10,75%, e os para 2027,  13 pontos, a 10,76%. As taxas dos contratos para 2029 foram a 11,25%, com menos 12 pontos, e as dos para 2031, a 11,56%, com menos nove pontos.

“Os ativos mais sensíveis à oscilação de taxa de juros, assim como a queda do dólar, no dia de hoje frente as principais moedas trouxeram oxigênio para setores como varejo e aéreo”, fala Alan Martins. “A expectava de juros mais controlados após falas mais tranquilas vindas dos membros do FOMC, trouxe apetite para os mercados que precisavam mostrar sinais de altas após uma semana anterior de perdas generalizadas”.

Entre as maiores altas da Bolsa brasileira, ficaram as ações ordinárias da CVC (CVCB3), com mais 16,48%, as do GPA (PCAR3), com mais 9,33%, e as do Magazine Luiza (MGLU3), com mais 6,99%. Os papéis preferenciais da Gol (GOLL4) e da Azul (AZUL4) subiram, respectivamente, 7,26% e 7,41%.

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O recuo dos juros nos Estados Unidos também derrubou o dólar mundialmente, com o DXY, índice que mede a força da divisa americana frente a outras de países desenvolvidos, caindo 0,29%, aos 105,78 pontos. Frente ao real a queda foi de 1,44%, a R$ 5,056 na compra e na venda.

“O dólar teve uma queda pelo terceiro dia no Brasil, sobre influencia do exterior, onde a moeda americana cai pelo terceiro dia. Foi por conta, principalmente, dos comentários feitos por dirigentes do Federal Reserve de que o juros pode não subir mais nos Estados Unidos”, diz Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank.

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