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Ibovespa Futuro sobe com sinalizações de cortes de juros nos EUA e dados de inflação no radar

PIB dos EUA e tributação de fundos exclusivos no Brasil também estão no radar dos investidores

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta quarta-feira (29), com a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) finalmente anuncie o fim das altas de juros e com indicações de quando começarão as quedas, enquanto investidores repercutem dados de inflação e atividade.

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,59% em novembro, após ter registrado alta de  0,50% em outubro, informou nesta quarta-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, o índice acumula recuo de -3,89% no ano e queda de -3,46% em 12 meses.

Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,11% em outubro, acumulando assim a terceira alta mensal seguida, informou nesta quarta-feira (29) o IBGE. A medida de inflação “na porta da fábrica” também tinha sido de 1,11% em setembro ante agosto.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, segue agenda em Riad e partirá ainda nesta quarta para Doha. Na pauta econômica, investidores ainda ficam de olho na dívida pública de outubro.

Às 9h13, o índice futuro com vencimento em dezembro operava com alta de 0,27%, aos 127.510 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com alta, ampliando os ganhos da véspera, com expectativas reforçadas do fim do aperto monetário após comentários de membros do Fed.

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O diretor do Fed, Christopher Waller, disse na véspera (28) que está “cada vez mais confiante” de que o nível atual da taxa de juros do banco central é suficientemente restritiva e até sugeriu a possibilidade de cortes nas taxas nos próximos meses, caso a inflação continue a cair para mais perto da meta de 2% do Fed. Os comentários ajudaram a alimentar o otimismo dos investidores e a impulsionar as ações.

Os traders estarão atentos ao produto interno bruto do terceiro trimestre e o Livro Bege.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro avançava 0,26%, S&P Futuro subia 0,36% e Nasdaq Futuro registrava alta de 0,47%.

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Dólar hoje

O dólar comercial operava com leve queda de 0,06%, cotado a R$ 4,869 na compra e na venda, após fechar em baixa na véspera, acompanhando o recuo firme da moeda norte-americana no exterior, após um novo dia de queda das taxas de juros dos títulos dos EUA, na esteira de novos dados econômicos.

Já o dólar futuro (DOLZ23) para dezembro caía 0,01%, indo aos 4,872 pontos.

Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, avançava 0,09%, a 102,84 pontos.

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No mercado de juros, os contratos operavam com forte baixa. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 11,89%; DIF27, -0,08 pp, a 10,16%; DIF29, -0,08 pp, a 10,55%; DIF31 -0,07 pp, a 10,76%.

Exterior

Os mercados europeus operam com alta, com as ações regionais recuperando impulso positivo e com investidores seguindo a repercussão dos comentários dos membros do conselho do Fed na véspera.

O clima econômico se recuperou ligeiramente em novembro tanto na zona do euro como na União Europeia. O Indicador de Sentimento Econômico (ESI, na sigla em inglês) subiu 0,3 ponto na área da moeda comum, para 93,8 pontos, e cresceu 0,5 pontos no bloco econômico como um todo, para 93,7 pontos, informou nesta quarta-feira a Comissão Europeia.

O Indicador de Expectativas de Emprego (EEI), ao contrário, diminuiu moderadamente em ambas as áreas – -0,5 ponto na UE, para 101,8 e -0,7 ponto na área do euro, pra 102,1 pontos.

Os dados preliminares de inflação da Alemanha em novembro estão previstos para esta manhã, com consenso LSEG prevendo uma queda mensal de 0,1% e alta anual de 3,5%.

Ásia

Os mercados acionários da Ásia tiveram pregão em geral negativo, nesta quarta-feira. Na China, preocupações sobre o setor imobiliário voltaram a pesar, enquanto em Tóquio a força do iene pressionou ações de exportadoras japonesas.

A Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,55%, em 3.021,69 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,79%, a 1.977,05 pontos.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou queda de 0,26%, para 33.321,22 pontos. A força do iene prejudica ações de exportadoras japonesas, o que pressionou esses papéis. Entre ações hoje em foco, Seven & i Holdings caiu 3,8%, Kawasaki Kisen Kaisha teve baixa de 3,25% e Mizuho Financial Group, de 3,1%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em baixa de 2,08%, em 16.993,44 pontos, com ações do setor de tecnologia sob pressão. Meituan caiu 12% diante da projeção de perda de fôlego no crescimento nos meses finais desde ano, mesmo após balanço sólido relativo ao terceiro trimestre, enquanto Alibaba perdeu 2,2% e JD.com, 1,6%. Montadoras também caíram em Hong Kong, com BYD em baixa de 3,3% e Li Auto, de 3,4%.

Commodities

As cotações do petróleo operam no campo positivo, enquanto uma tempestade na região do Mar Negro perturbava as exportações de petróleo do Cazaquistão e da Rússia, aumentando os receios de aperto na oferta, enquanto os investidores aguardavam uma decisão crucial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que poderá aprofundar ou prolongar os cortes na produção.

As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho, com a dinâmica do mercado respondendo à intervenção contínua do governo e aos dados desencorajadores da indústria.

Enquanto isso, o minério de ferro de janeiro, SZZFF4, referência da Bolsa de Cingapura , subiu 0,8%, para US$ 128,40 por tonelada métrica, após cair até 3% na sessão anterior.

O planejador estatal da China disse na segunda-feira que realizou uma pesquisa sobre os índices de preços de diversas commodities, incluindo aço e minério de ferro, para manter um mercado saudável.

A medida tomada pelo centro de monitoramento de preços da Comissão de Desenvolvimento e Reforma ocorreu após a emissão de dois alertas sobre o reforço da supervisão do mercado de minério de ferro na semana passada.

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