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Ibovespa Futuro opera com alta na contramão de NY antes do payroll nos EUA

Foco dos investidores é tentar determinar quando o Fed começará a cortar a taxa básica de juros

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro abriu em baixa nesta sexta-feira (8), mas virou após meia hora de negócios, na contramão dos índices futuros de NY, que caem, com investidores globais de olho no relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos.

O dado americano poderá ajudar a definir a trajetória de política monetária do Federal Reserve (Fed), a poucos dias da próxima reunião do banco central americano.

A expectativa é de que o relatório do Departamento do Trabalho, que será publicado às 10h30 (de Brasília), mostre que o crescimento do emprego nos EUA ganhou força em novembro.

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O payroll provavelmente aumentou em 180 mil empregos no mês passado, depois de o número de vagas ter subido em 150 mil em outubro, de acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas. A previsão é de que a taxa de desemprego permaneça em 3,9%.

Na seara nacional, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) acatou pedido do governo para limitar contingenciamento de despesas a R$ 23 bilhões em 2024.

Apesar de não corroborar a tese defendida pelo Ministério da Fazenda, o relator utilizou a possibilidade de a LDO ressalvar algumas despesas para restringir os cortes ao valor desejado pelo governo. A mudança enfraquece a regra de contingenciamento como mecanismo de ajuste de curto prazo

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Às 9h32, o índice futuro com vencimento em dezembro operava com alta de 0,31%, aos 126.505 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa, com investidores à espera do payroll, que deve calibrar as apostas do mercado e orientar o Fed nas próximas decisões de política monetária.

Na semana próxima semana, o Fed realiza seu último encontro de política monetária do ano, com ampla expectativa de que deixará os juros estacionados na faixa atual de 5,25% a 5,50%.

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Agora, o foco dos investidores é tentar determinar quando o banco central começará a cortar a taxa básica de juros, com muitos operadores prevendo que esse processo possa iniciar no primeiro semestre do ano que vem.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,05%, S&P Futuro caía 0,07% e Nasdaq Futuro registrava queda de 0,20%.

Dólar hoje

O dólar comercial operava com baixa de 0,22%, cotado a R$ 4,898 na compra e R$ 4,899 na venda.

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O dólar futuro (DOLF24) para janeiro caía 0,20%, indo aos 4,913 pontos.

Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, opera com alta de 0,20%, a 103,75 pontos.

No mercado de juros, os contratos operavam sem direção única. O DIF24 opera com baixa de 0,02 pp, a 11,78%; DIF27, -0,01 pp, a 10,08%; DIF29, -0,01 pp, a 10,51%; DIF31 +0,01 pp, a 10,77%.

Exterior

Os mercados europeus operam em alta, impulsionadas pelas ações de luxo e energia, enquanto os investidores avaliam os dados de inflação da Alemanha e esperam por um importante relatório sobre o emprego nos EUA para reafirmar as expectativas de um pico nas taxas de juros globais.

Os dados mais recentes mostraram que a inflação alemã diminuiu em Novembro, reforçando a hipótese de um pico nas taxas de juro da zona euro.

Os principais impulsionadores da recuperação do mercado europeu são as expectativas crescentes de que o BCE começará a cortar as taxas no próximo ano devido à desaceleração da inflação e das economias europeias.

Ásia

Os mercados acionários da Ásia não tiveram direção única, nesta sexta-feira. Houve ganho contido em Xangai, mas Tóquio caiu mais de 1,5%, com a força do iene pesando sobre exportadoras do Japão, em meio a especulações sobre eventual aperto adiante na política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).

A Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,11%, em 2.969,56 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,13%, a 1.932,99 pontos.

O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em queda de 1,68%, em 32.307,86 pontos. O fortalecimento do iene penalizou ações de exportadoras japonesas. Além disso, dado oficial mostrou que a contração econômica do país foi maior que a antes estimada no terceiro trimestre, com baixa anualizada de 2,9%. Entre ações mais pressionadas, Toyota Industries caiu 5,4%, Toyota Tsusho recuou 4,9% e Ajinomoto, 4.8%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,07%, a 16.334,37 pontos. Ações do setor imobiliário também ficaram sob pressão nesse mercado, com Sunac recuando 19%, China Resources Land em baixa de 4,6% e China Overseas Land & Investment, de 3,9%.

Por outro lado, o índice Kospi, da Bolsa de Seul, registrou alta de 1,03%, a 2.517,85 pontos. Papéis de empresas de semicondutores e de biotecnologia estiveram entre os destaques. 

Commodities 

Os preços do petróleo sobem nesta sexta-feira, mas estão a caminho de cair 6% durante a semana, se aproximando das mínimas em seis meses, com os investidores preocupados com a fraca demanda por energia na Ásia, combinada com a alta produção de petróleo nos EUA.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com fortes ganhos, impulsionadas por uma série de fatores, como dados robustos de exportação da China, principal consumidor, especulação de estímulo econômico e demanda persistentemente otimista.

As exportações da China cresceram pela primeira vez em seis meses em novembro, sugerindo que as fábricas na segunda maior economia do mundo estão a atrair compradores por meio de preços com desconto para superar uma queda prolongada na procura.

As importações de minério de ferro do país no mês passado subiram 3,4% em relação aos níveis de outubro, mostraram dados alfandegários na quinta-feira.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para janeiro, SZZFU3, subiu 0,9%, para US$ 133,9 a tonelada.

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